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sábado, 28 de junho de 2014

88 - Sou católico e estou na universidade! E agora?


As universidades foram fundadas na Idade Média, pela Igreja Católica, a fim de ensinar as pessoas. Mas, entrando de abismo em abismo, parece que elas estão enlouquecidas. O que está acontecendo?
Antes de qualquer coisa, é importante dizer que as escolas foram concebidas pelo Cristianismo para que as pessoas conhecessem, contemplassem e servissem a Verdade. O projeto cristão para a educação não era apenas que as pessoas aprendessem as coisas, mas que verdadeiramente se santificassem.
Infelizmente, com a fundação da universidade – que quase sempre é reputada como um grande mérito da Igreja –, começou a buscar-se não mais a verdade, mas um diploma. Então, com a substituição gradativa do conhecimento pela autopromoção, experimentou-se uma terrível derrocada no nível dos estudos.
Grandes mudanças no seio da sociedade também estimularam a decadência do ambiente universitário. Com o processo acelerado de industrialização, surgiu a necessidade de mão-de-obra para as fábricas. Como consequência, aquilo que era uma formação intelectual tornou-se um conhecimento eminentemente prático, para formar trabalhadores. Após a Segunda Guerra Mundial, a situação mudou totalmente de figura: a faculdade serviria não mais para buscar a verdade – como idealizava a Igreja –, nem para formar bons cidadãos – como queriam os renascentistas –, nem sequer para forjar mão-de-obra, mas tão somente para ensinar “atitudes sociais” aceitáveis para um projeto de “engenharia” da sociedade. O nome desse projeto é marxismo.
O marxismo é um movimento que tem em vista desmontar a sociedade tal como a conhecemos. A princípio, a ideia era fazer isso por meio de revoluções. Depois, um grupo de pensadores – que integrou a conhecida Escola de Frankfurt – viu que isso era impossível, pois o chamado “proletariado” estava alienado por uma cultura, que precisaria ser destruída primeiro.
Na Alemanha, os filósofos Karl Korsch e Georg Lukács fundaram, com a ajuda do empresário Felix Weil, o Instituto para Pesquisa Social (Institut für Sozialforschung). Juntamente com vários pensadores, eles criaram a “teoria crítica”, que tinha como finalidade investigar toda a cultura ocidental e destruí-la. Korsch pegou emprestadas do pensamento de Karl Marx as noções de infraestrutura e superestrutura. Aquela seria as relações econômicas; esta, as instituições geradas por elas, tais como o direito, a família, a universidade, a escola etc. A superestrutura serviria tão somente para alienar as pessoas, submetendo-as aos interesses da classe dominante. A solução, então, seria utilizar a filosofia – considerada pelos marxistas como “instituição burguesa” – para destruir a própria filosofia ocidental. O trabalho da Escola de Frankfurt era este: destruir e criticar, até não restar pedra sobre pedra. Não sem razão Max Horkheimer, um dos diretores do Instituto, só contratava professores que tivessem, em suas palavras, “aquele ódio por tudo o que está de pé”.
A maioria dos professores das universidades, conscientemente ou não, são adeptos desse pensamento marxista e revolucionário. Ao invés de estar em sala de aula para ensinar os alunos, eles usam a sua profissão para escandalizar os estudantes e desorientá-los. O que deveria ser um caminho para encontrar-se com a Verdade torna-se, antes, um “descaminho”, justamente a fim de acabar com a ideia de que as verdades existem.
Aparentemente, as universidades não têm nada que ver com o “sexo livre”. No entanto, são o ambiente propício para estimular esse comportamento e ridicularizar quem, de alguma forma, destoe dele. Herbert Marcuse, um dos autores da Escola de Frankfurt, idealizava, por exemplo, a “perversão polimorfa”, pela qual todas as pessoas usariam o sexo indiscriminadamente, tratando-o de forma “não generativa” – ou seja, dissociando-o a abertura à vida para usá-lo tão somente como gratificação.
Theodor Adorno, por sua vez, ao formular o conceito de “personalidade autoritária”, criou a “Escala F”, de “fascismo”, que associava as ideias conservadoras das pessoas a supostas “tendências autoritárias” que elas tinham. Como solução para esse “problema”, seria necessário dessensibilizar os indivíduos, a fim de transformar o seu modo de pensar. Ora, não é exatamente este o projeto que é seguido à risca nas universidades? Tratar como “doente” e “fascista” o pensamento alheio, só por ser contrário à ideologia marxista?
Como reagir diante desse verdadeiro bombardeiro à fé e às convicções morais que moldaram o Ocidente?
Antes de qualquer coisa, é preciso “preparar o terreno”, por assim dizer. Quando um professor ataca a Igreja em sala de aula, provocando os alunos que porventura sejam católicos, o que ele quer é justamente o conflito, não a busca da verdade – na qual ele sequer acredita. Por isso, nessa situação, ao invés de discutir com o professor, é importante estudar: não como quem está atrás de um diploma, mas como alguém sedento pela Verdade. Além disso, é preciso identificar pessoas de boa vontade ao redor e, de alguma forma, ensiná-las. Combater sozinho contra um professor mal-intencionado é muitas vezes contraproducente. Com um grupo de pessoas preparadas para desmascarar o ideólogo, é muito mais fácil agir.
Ao fim, o que se propõe é um trabalho genuíno de evangelização que leve as pessoas, pouco a pouco, ao encontro com a Verdade. Não se trata do caminho para a mudança da universidade como um todo, mas já é um caminho para a mudança da própria mentalidade.
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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Hospital do Vaticano faz descoberta pioneira com células-tronco.


O “Bambino Gesù” descobre técnica de manipulação que permite o transplante de medula para crianças com leucemia sem necessidade de doador compatível.

A descoberta científica do hospital do Vaticano promete salvar a vida de milhões de crianças no mundo inteiro. A notícia foi divulgada pelo hospital pediátrico da Santa Sé, “Bambino Gesù” (“Menino Jesus”), com sede em Roma. Segundo a direção do hospital, os resultados foram apresentados à revista científica internacional “Blood”, e poderiam ser “um marco na cura de muitas doenças no sangue”.

O hospital anunciou, em uma coletiva de imprensa, que a manipulação decélulas-tronco, em ausência de um doador compatível, permite otransplante de um pai ou mãe ao seu filho. A descoberta é importante para curar crianças com problemas  de imunodeficiência, doenças genéticas, leucemia e tumores no sangue.

“Estamos orgulhosos de apresentar este sucesso dos pesquisadores do Hospital ‘Bambino Gesù’, conscientes de que o protocolo dos nossos laboratórios é um marco na terapia de muitas doenças no sangue”, confirmou o professor Bruno Dallapiccola, diretor científico do hospital da Santa Sé.
Para a aplicação no campo da leucemia, a técnica aplicada pela equipe do professor Franco Locatelli, responsável pela Onco-hematologia e Medicina Transfusional do hospital, foi apresentada no último mês de dezembro em New Orleans, durante o congresso da Sociedade Americana de Hematologia (ASH).

O transplante de células-tronco adultas é uma cura que salva a vida de milhões de crianças que sofrem tumores do sangue, bem como de crianças que nascem sem as adequadas defesas do sistema imunológico. Por muitos anos, o único doador que se podia ter era um irmão ou irmã do paciente. O problema é que dois irmãos são idênticos somente em 25% dos casos.
Diante da impossibilidade de ter doadores na família, existem bancos de dados  internacionais com 20 milhões de doadores voluntários de medula óssea. Mesmo assim os  bancos de sangue para estes casos dão disponibilidade de apenas 600 mil unidades no mundo.
O problema se agrava quando 30 ou 40% dos pacientes não encontram um doador compatível, além do mais, considerando o tempo de seleção de um doador e a conclusão de todos os exames para identificar outro doador fora da família.
A técnica do hospital da Santa Sé foi aplicada em 23 pequenos pacientes. Os resultados, segundo afirmou a instituição, demonstram que a probabilidade de cura definitiva para estas crianças doentes é de 90%, ou seja, igual à técnica que emprega a medula de um irmão do paciente completamente compatível geneticamente.

A descoberta da manipulação das células-tronco é uma esperança para milhões de crianças que podem ser salvas com um transplante de medula. É possível salvar crianças na Ásia, África ou América do Sul, que não têm “representantes” nos registros de doadores de medula óssea e que, por meio desta técnica, poderão finalmente ter acesso a um transplante de maneira rápida e “virtualmente aplicável a todos os casos”