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sábado, 30 de março de 2013

Evolução?


Alguém identifica alguma evolução? "Só eu vejo uma decadente involução"? É a longa caminhada da vaca para o brejo...

A descida do Senhor à mansão dos mortos

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.

Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.

Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.

Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.

Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar de teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso.

Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.

Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.

Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os
tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade”.

De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo - Séc.IV

sexta-feira, 29 de março de 2013

Inimigos da cruz de Cristo?



Os acontecimentos que hoje são vividos pela Igreja, profundamente angustiantes e sinistros, são paradoxalmente repletos da Beleza e esplendor da Glória Divina. O Amor fez-se Carne e nós o Crucificamos! Vendemo-lo à preço de escravos; trinta míseras e pífias moedas de prata.
Engana-se quem crê que todos estes acontecimentos tenebrosos que vivemos na semana santa, e de modo mais específico na Sexta da paixão do Senhor, estão trancafiados num passado bimilenar submersos em toneladas de acontecimentos históricos, como simplórios papeletes sob um pilha de livros. A Cruz Visita-nos hoje! A Igreja é uma realidade diacrônica; transcende o tempo e é inabarcável, e embora transcenda o tempo, ela contém o tempo.
Fico perplexo ao constatar a quantidade de pessoas que renegam tão doce presente do Altíssimo: a visita da Cruz!
Porém, como encontrar na Cruz uma consolação? Como associar essa imagem do Homem/Deus coberto sob um manto de sangue e chagas á um instrumento deveras salutar e eficaz para a santificação das almas? Como criar uma analogia entre o rosto cuspido, escarnecido e dilacerado com a Beleza da Glória Divina? A resposta está contida numa expressão, que atualmente tornou-se descartável e obsoleta, mas que pendurada na Cruz adquire o seu sentido pleno: esta expressão é o amor! O amor é o pontífice entre a carne dilacerada que torna a imagem de Jesus na Cruz uma imagem de horror e a beleza da Glória Divina. O Ato de Jesus de doar-se até a morte no madeiro da cruz, em obediência à Deus, torna explícita não somente a atitude de extremo amor conosco, pecadores que somos, mas extremo amor com Deus Pai. Poderíamos dizer que é uma dupla prova de amor de Jesus permitir-se ser pregado no alto da Cruz por obediência à Deus e amor aos homens? A obediência não é uma manifestação de amor?
A obra de amor de Deus deu-se o verbo encarnou-se e se fez homem, “recapitulou em si toda a longa série de homens, dando-nos em resumo a salvação, de forma que o que tínhamos perdido em Adão, isto é, a imagem e semelhança de Deus, o recuperássemos em Jesus Cristo” (Adversus heareses III, 18,1) . Lemos na carta de São Paulo aos romanos: “Com efeito, Cristo morreu e ressuscitou para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rom 14,9)
Mas qual o significado da Cruz de Cristo para nós atualmente? Como podemos associarmo-nos hoje à Páscoa de Cristo?
O venerável beato João Paulo II, redigiu uma belíssima carta apostólica intitulada Salvicis Doloris, o sentido cristão para o sofrimento humano. O Papa João Paulo II inicia sua reflexão acerca do sofrimento humano com uma expressão de São Paulo: “Completo na minha carne o que falta ao sofrimentos de Cristo, pelo seu Corpo que é a Igreja” (Cl 1,24). Este versículo poderia ser corroborado pela fala de São Paulo na carta aos gálatas; “Estou crucificado com cristo!” – con crucifixus crucis. Eis a forma de vivermos a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo; associando-nos à sua morte; morrendo com a Majestade no alto do seu Trono – a Cruz –assim poderemos com Ele ressuscitar em Sua Glória e acertadamente exclamar “corações ao Alto!”
O Papa Bento XVI escreve sucinta e magnificamente:” não tem direito de cantar aleluia na ressurreição, quem não sofreu as dores da paixão!”. Poderíamos nós completarmos com alguns enxertos: não tem direito de cantar aleluia na ressurreição, quem não foi com Cristo ao Horto das oliveiras em sua agonia mortal; ou quem não partilhou das humilhações que Cristo sofreu; ou quem se recusou pôr-se debaixo do peso cortante e ardente dos flagelos que açoitavam-No sobre a coluna; ou quem não viveu com Jesus o momento humilhante de sendo inocente ser trocado por um fascínora.”
Quando a Cruz nos visita, é mais honorável e salutar abraça-la como digno imitador de Cristo, e com ela nos ombros, caminhar para a ressurreição, pois se dela corrermos, pelo seu peso seremos esmagados. 


Quantos de nós não nos tornamos verdadeiros inimigos da Cruz de Cristo ao primeiro alerta de dor ou sofrimento em nossas vidas? Lembremo-nos que em toda a Sagrada Escritura apenas os que não possuíam fé clamavam para que Deus os cumulasse de milagres, tirando-os de seus suplícios, vamos aos exemplos: Retornando ao livro do Gênesis no capítulo 22, onde somos brindados com a narração do angustiante sacrifício de Isaac, Abraão, seu pai, poderia ter clamado á Deus para que o livrasse daquela angústia que certamente dilacerava seu coração por ter de, por obediência à Deus - obediência esta que lhe foi incutida pela fé - sacrificar seu único filho. Ao invés disso, pôs-se a caminho sob o peso daquela Cruz que lhe foi imposta sobre os ombros, pondo seu nos braços de seu filho Isaac, o madeiro com o qual consumaria o sacrifício. Os Santos Padres veem nesta passagem a belíssima prefiguração da morte de Jesus no madeiro, pois assim como Cristo subiu um monte, carregando o madeiro para o seu sacrifício, Isaac também o fez. Inevitável é também criar uma analogia entre Abraão e a Virgem santíssima, entre a fé dos dois e entre os martírios vividos pelos dois de terem de pela Fé, entregar o seu filho ao sacrifício.
Poderíamos aludir também ao belíssimo trecho do livro de Daniel, capítulo 3, com o louvor dos 3 jovens da fornalha, cântico este que é recitado solenemente nas orações das Laudes no Domingo da I semana do saltério. Interessante é quem em 40 versículos- quase 2 páginas – não há nem um pedido sequer para livrá-los do suplício, isto porque sua fé fez com que um anjo do senhor torna-se a fornalha fresca como brisa da tarde.
Ainda em Daniel, agora no capítulo 6, encontramos a narração acerca do arremesso de Daniel á cova dos Leões, pela sua fidelidade ao Deus Vivo. Daniel passa uma noite inteira em companhia de Leões ferozes que tiveram suas bocas seladas pelas mãos dos Anjos de Deus, porém não há sequer um relato de que o mesmo tenha suplicado para que Deus o livrasse da sua “cruz”.
Saltando até os Atos dos Apóstolos, não verificamos vestígios de homens de fé, clamando por milagres que os livrem das cadeias, dos exílios, das flagelações, dos lapidamentos, das visitas da Cruz em suas vidas. O que podemos perceber, é que a cruz é abraçada com louvor nos lábios de quem a abraça. Apenas vemos este chamamento de milagres nos lábios de quem ainda não conhece a função salvífica da Cruz e dos gemidos que emanam do alto da Cruz. Os martírios e os sofrimentos eram vistos pelos heróis da fé, como uma ponte segura que os conduzia ao coração do Mártir por excelência, que é Jesus Cristo, ou devemos negar que os sofrimentos de um Pe Pio de Pietrelcina o configuram à Cristo? No entanto não há na biografia do santo ou no seu epistolário, um relato em que o místico clamasse a Deus a cura dos seus estigmas interiores, pois dos exteriores ele tinha vergonha.
Clamar por milagres é errado? Sim e não; é errado quando não há tentativas de tomar a sua Cruz e seguir Jesus até o calvário. E é certo clamar por milagres, quando este milagre clamado objetiva a aquisição de forças para carregar a cruz com dignidade até o calvário, para então participar da Glória da ressurreição. É certo clamar por milagres quando não se esquece de abraçar a Cruz, pois na maioria das vezes, a Cruz é uma prova de amizade de Jesus para nós; como se Ele dissesse: “quero que sejas como Eu!”.  “Se é assim que o Senhor trata seus amigos, não é a toa que o Senhor tem poucos amigos” disse uma Santa.
Para o cristão, fugir da cruz não é uma opção, porém aceita-la com amor é a oportunidade de sermos fiéis ao chamamento de Cristo;” quem quiser vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua Cruz e me siga.”.
Penso que nossos exemplos de como viver a Cruz encontram-se na vida dos Santos, principalmente dos Santos Mártires, pois olhando para eles e rogando-lhes a intercessão, reavivar-se-ia a espiritualidade do martírio, esta, apagada há muito da piedade católica. Como não ver algo de salvífico em santo Inácio de Antioquia, que afirmou que atiçaria as feras caso elas se acovardassem em devorá-lo, no coliseu romano, pois queria ele ser trigo puro de Cristo, moído nos dentes das feras? Como não ver um sinal Eucarístico nos relato do martírio do Venerável Bispo de Esmirna, São Policarpo, que quando queimado sobre uma pilha de lenha, relataram os narradores de seu martírio que o fogo não o consumia, mas assava-o como pão puro de Cristo? Ora devemos nos acautelar para que não nos tornemos inimigos da Cruz de Cristo, pois tomando com amor as nossas cruzes, podemos dizer juntamente com um Eucarístico São Paulo: “Já não sou eu quem vivo; é Cristo que vive em mim!” Gl 2,20. O slogan “Pare de Sofrer” nunca foi tão irracional!
Encerro com as sapientíssimas e lúcidas palavras do santo padre, Papa Francisco sobre a Cruz: “Este Evangelho continua com uma situação especial. O próprio Pedro que confessou Jesus Cristo com estas palavras: Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo, diz-lhe: Eu sigo-Te, mas de Cruz não se fala. Isso não vem a propósito. Sigo-Te com outras possibilidades, sem a Cruz. Quando caminhamos sem a Cruz, edificamos sem a Cruz ou confessamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor: somos mundanos, somos bispos, padres, cardeais, papas, mas não discípulos do Senhor.
Eu queria que, depois destes dias de graça, todos nós tivéssemos a coragem, sim a coragem, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor, que é derramado na Cruz; e de confessar como nossa única glória Cristo Crucificado. E assim a Igreja vai para diante.” Papa Francisco, homilia em Santa Missa com os Cardeais .


quinta-feira, 28 de março de 2013

Cem anos de pedofilia

Na Grécia e no Império Romano, o uso de menores para a satisfação sexual de adultos foi um costume tolerado e até prezado. Na China, castrar meninos para vendê-los a ricos pederastas foi um comércio legítimo durante milênios. No mundo islâmico, a rígida moral que ordena as relações entre homens e mulheres foi não raro compensada pela tolerância para com a pedofilia homossexual. Em alguns países isso durou até pelo menos o começo do século XX, fazendo da Argélia, por exemplo, um jardim das delícias para os viajantes depravados (leiam as memórias de André Gide, “Si le grain ne meurt”).

Por toda parte onde a prática da pedofilia recuou, foi a influência do cristianismo — e praticamente ela só — que libertou as crianças desse jugo temível.

Mas isso teve um preço. É como se uma corrente subterrânea de ódio e ressentimento atravessasse dois milênios de história, aguardando o momento da vingança. Esse momento chegou.

O movimento de indução à pedofilia começa quando Sigmund Freud cria uma versão caricaturalmente erotizada dos primeiros anos da vida humana, versão que com a maior facilidade é absorvida pela cultura do século. Desde então a vida familiar surge cada vez mais, no imaginário ocidental, como uma panela-de-pressão de desejos recalcados. No cinema e na literatura, as crianças parecem que nada mais têm a fazer do que espionar a vida sexual de seus pais pelo buraco da fechadura ou entregar-se elas próprias aos mais assombrosos jogos eróticos.

O potencial politicamente explosivo da idéia é logo aproveitado por Wilhelm Reich, psiquiatra comunista que organiza na Alemanha um movimento pela “libertação sexual da juventude”, depois transferido para os EUA, onde virá a constituir talvez a principal idéia-força das rebeliões de estudantes na década de 60.

Enquanto isso, o Relatório Kinsey, que hoje sabemos ter sido uma fraude em toda a linha, demole a imagem de respeitabilidade dos pais, mostrando-os às novas gerações como hipócritas sexualmente doentes ou libertinos enrustidos.

O advento da pílula e da camisinha, que os governos passam a distribuir alegremente nas escolas, soa como o toque de liberação geral do erotismo infanto-juvenil. Desde então a erotização da infância e da adolescência se expande dos círculos acadêmicos e literários para a cultura das classes média e baixa, por meio de uma infinidade de filmes, programas de TV, “grupos de encontro”, cursos de aconselhamento familiar, anúncios, o diabo. A educação sexual nas escolas torna-se uma indução direta de crianças e jovens à prática de tudo o que viram no cinema e na TV.

Mas até aí a legitimação da pedofilia aparece apenas insinuada, de contrabando no meio de reivindicações gerais que a envolvem como conseqüência implícita.

Em 1981, no entanto, a “Time” noticia que argumentos pró-pedofilia estão ganhando popularidade entre conselheiros sexuais. Larry Constantine, um terapeuta de família, proclama que as crianças “têm o direito de expressar-se sexualmente, o que significa que podem ter ou não ter contatos sexuais com pessoas mais velhas”. Um dos autores do Relatório Kinsey, Wardell Pomeroy, pontifica que o incesto “pode às vezes ser benéfico”.

A pretexto de combater a discriminação, representantes do movimento gay são autorizados a ensinar nas escolas infantis os benefícios da prática homossexual. Quem quer que se oponha a eles é estigmatizado, perseguido, demitido. Num livro elogiado por J. Elders, ex-ministro da Saúde dos EUA (surgeon general — aquele mesmo que faz advertências apocalípticas contra os cigarros), a jornalista Judith Levine afirma que os pedófilos são inofensivos e que a relação sexual de um menino com um sacerdote pode ser até uma coisa benéfica. Perigosos mesmo, diz Levine, são os pais, que projetam “seus medos e seu próprio desejo de carne infantil no mítico molestador de crianças”.

Organizações feministas ajudam a desarmar as crianças contra os pedófilos e armá-las contra a família, divulgando a teoria monstruosa de um psiquiatra argentino segundo a qual pelo menos uma entre cada quatro meninas é estuprada pelo próprio pai.

A consagração mais alta da pedofilia vem num número de 1998 do “Psychological Bulletin”, órgão da American Psychological Association. A revista afirma que abusos sexuais na infância “não causam dano intenso de maneira pervasiva”, e ainda recomenda que o termo pedofilia, “carregado de conotações negativas”, seja trocado para “intimidade intergeracional”.

Seria impensável que tão vasta revolução mental, alastrando-se por toda a sociedade, poupasse miraculosamente uma parte especial do público: os padres e seminaristas. No caso destes somou-se à pressão de fora um estímulo especial, bem calculado para agir desde dentro. Num livro recente, “Goodbye, good men”, o repórter americano Michael S. Rose mostra que há três décadas organizações gays dos EUA vêm colocando gente sua nos departamentos de psicologia dos seminários para dificultar a entrada de postulantes vocacionalmente dotados e forçar o ingresso maciço de homossexuais no clero. Nos principais seminários a propaganda do homossexualismo tornou-se ostensiva e estudantes heterossexuais foram forçados por seus superiores a submeter-se a condutas homossexuais.

Acuados e sabotados, confundidos e induzidos, é fatal mais dia menos dia muitos padres e seminaristas acabem cedendo à geral gandaia infanto-juvenil. E, quando isso acontece, todos os porta-vozes da moderna cultura “liberada”, todo o establishment “progressista”, toda a mídia “avançada”, todas as forças, enfim, que ao longo de cem anos foram despojando as crianças da aura protetora do cristianismo para entregá-las à cobiça de adultos perversos, repentinamente se rejubilam, porque encontraram um inocente sobre o qual lançar suas culpas. Cem anos de cultura pedófila, de repente, estão absolvidos, limpos, resgatados ante o Altíssimo: o único culpado de tudo é... o celibato clerical! A cristandade vai agora pagar por todo o mal que ela os impediu de fazer.

Não tenham dúvida: a Igreja é acusada e humilhada porque está inocente. Seus detratores a acusam porque são eles próprios os culpados. Nunca a teoria de René Girard, da perseguição ao bode expiatório como expediente para a restauração da unidade ilusória de uma coletividade em crise, encontrou confirmação tão patente, tão óbvia, tão universal e simultânea.

Quem quer que não perceba isso, neste momento, está divorciado da sua própria consciência. Tem olhos mas não vê, tem ouvidos mas não ouve.

Mas a própria Igreja, se em vez de denunciar seus atacantes preferir curvar-se ante eles num grotesco ato de contrição, sacrificando pro forma uns quantos padres pedófilos para não ter de enfrentar as forças que os injetaram nela como um vírus, terá feito sua escolha mais desastrosa dos últimos dois milênios.

O Globo, 27 de abril de 2002, Olavo de Carvalho - http://www.olavodecarvalho.org

Arnaldo, o Masturbador – um curioso caso de pedofilia intelectual.

Cá na Terra, vale lembrar também aos recém-chegados, mais de 80% dos pedófilos e mais de 90% dos sacerdotes condenados por abuso sexual de menores e pedofilia são homossexuais (como talvez fosse aquele padre mágico que Jabor diz ter-lhe roubado um beijo na boca).


Trinta razões de Arnaldo Jabor para propor o fim do celibato na Igreja Católica:

(Mas se quiser pular logo para o meu artigo, pode; e se tiver paciência para ler o dele no original, também.)

1) Os padres de seu colégio sofriam o "desespero da castidade".

2) O "desespero da castidade" dos padres de seu colégio era evidente em seus "rostos angustiados" e "berros severos e excessivos".

3) Os padres de seu colégio ficavam “zonzos de desejo” diante das lindas mães dos alunos.

4) O reitor de seu colégio estendia a mão para os alunos beijarem em fila.

5) Os padres de seu colégio condenavam o “vício solitário”.

6) Os padres de seu colégio comparavam os alunos viciados a Hitler, porque matavam, nos banheiros, “milhões de pessoas que poderiam nascer”.

7) Arnaldinho Jabor não achava muito legal ser considerado um genocida “em holocaustos de banheiro”.

8) Arnaldinho Jabor “sofria” nos banheiros, acariciando o seu “passarinho” em “humilhante solidão”.

9) No colégio de Arnaldinho, “o prazer era um crime”.

10) No colégio de Arnaldinho, tudo ficava “manchado de culpa”.

11) No colégio de Arnaldinho, “a sexualidade esmagada virava uma máquina de perversões”.

12) Hoje, neste mundo tão pornográfico, “fica cada vez mais absurdo que padres leiam ‘Playboys’ no escuro dos conventos”.

13) No conclave que elegeu o Papa Francisco, todos os cardeais pareciam a mesma pessoa.

14) As “décadas de abstinência sexual” dos cardeais eram evidentes nos “sulcos de tristeza” de seus “rostos acabados”.

15) Os “sulcos de tristeza” representavam “um vazio de prazeres não vividos, um vazio de corpos não beijados”.

16) O óbvio, segundo Jabor, é que a pedofilia é fruto do celibato.

17) Se ele disser o óbvio, porém, “as respostas serão adversativas, evasivas, afirmando que os pedófilos já viriam ‘prontos’ antes da ordenação, que o fenômeno é complexo etc. e tal”.

18) No colégio de Arnaldinho, um padre que fazia mágicas o levou para conhecer seu teatro de marionetes, criticou e penteou seu cabelo, e deu-lhe um beijo na boca.

19) Os dois padres para os quais Arnaldinho confessou o episódio não lhe deram muita bola.

20) Conclusão 1 de Arnaldinho: a pedofilia era um mal inevitável para a manutenção do celibato.

21) Conclusão 2 de Arnaldinho: havia “um corporativismo espiritual a defender práticas escusas”.

22) “Todo mundo” sabia de casos semelhantes no colégio de Arnaldinho.

23) As inúmeras proibições e preconceitos ainda levaram “muitos colegas de classe” de Arnaldinho a “uma saída homossexual aflita, torturada”.

24) O celibato foi instituído não “porque os padres casados tendiam a se distrair das tarefas religiosas”, como dizia o Papa Gregório VII em 1073, mas para “impedir que viúvas e filhos herdassem bens dos sacerdotes, que deviam ser repassados à Igreja”.

25) O celibato é “uma das grandes desvantagens” da Igreja Católica perante outras religiões.

26) As vocações para seminaristas “estão diminuindo muito”, porque eles não podem “do it”.

27) Rabinos, pastores protestantes, budistas e muçulmanos — todos podem “do it”.

28) A religião está virando cabide de emprego para quem passa fome ou busca um lugar social.

29) Os pentecostais estão “botando pra quebrar em bailes gospel e shows de Jesus Funk”, e a Igreja Católica está mergulhando na Idade Média.

30) Chegou a hora de uma “teologia da libertação sexual”.

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Eis mais um rap autobiográfico de Arnaldo Jabor, onde qualquer coisa se mistura com qualquer coisa para justificar coisa nenhuma em nome de outra coisa. É o drama amplificado da experiência pessoal a serviço de uma causa política oculta.

Os padres supostamente sofrem, berram, condenam, pervertem-se e pervertem as crianças, beijam-nas e são beijados por elas por causa do celibato. Logo, a pedofilia é fruto do celibato. Uma coisa assim muito óbvia no universo de Jabor, onde prestar contas à realidade é uma burocracia intergaláctica a ser evitada.

Imagine o trabalho que daria pegar uma nave espacial para os Estados Unidos, por exemplo, onde a presença de pedófilos é de duas a dez vezes mais alta entre os pastores protestantes do que entre padres católicos, segundo os estudos de Philip Jenkins. Se a maioria dos pastores protestantes “do it” com suas esposas, como é que a pedofilia poderia ser fruto do celibato?

Eis um dos itens - tão aborrecido quanto tirar passaporte e visto — que Jabor teria de explicar, caso admitisse, é claro, que um dado da realidade não é uma das respostas “adversativas” ou “evasivas”, afirmando “que o fenômeno é complexo”, como ele induz os atuais e futuros habitantes de seu universo a pensar que são as únicas respostas disponíveis nas galáxias.

A diferença básica entre o universo de Jabor e a realidade é que, no primeiro, só os padres católicos são pedófilos, e na segunda a pedofilia é menos frequente entre os padres católicos do que entre os membros de qualquer outra comunidade humana, como, por exemplo, a dos professores de educação física (6 mil condenados nos EUA no mesmo período em que apenas cem sacerdotes o foram, segundo Jenkins) e a dos assistentes sociais da ONU (400 queixas de refugiados da África Ocidental só em 2001, segundo Judith Reisman; mais outras centenas, quiçá milhares a cada ano, segundo os relatórios recentes da entidade britânica Save The Children. Sim: há inúmeros casos de “sexo por comida”. Sim: aquela ONU que agora luta pelos “direitos sexuais” das crianças de 10 anos).

Cá na Terra, vale lembrar também aos recém-chegados, mais de 80% dos pedófilos e mais de 90% dos sacerdotes condenados por abuso sexual de menores e pedofilia são homossexuais (como talvez fosse aquele padre mágico que Jabor diz ter-lhe roubado um beijo na boca), o que nos leva então a mais uma diferença entre seu universo e a realidade: no primeiro, a pedofilia dos padres católicos é fruto do celibato; e, no segundo, sobretudo da infiltração de agentes das organizações gays nos departamentos de psicologia dos seminários, onde dificultam a entrada dos postulantes dotados de vocação para a coisa e forçam o ingresso em massa de homossexuais, como demonstrou o repórter americano Michael S. Rose no livro Goodbye, good men. Se a leitura — pelo menos a dos artigos do filósofo Olavo de Carvalho e do sociólogo italiano Massimo Introvigne — fosse prática comum no universo de Jabor, ele nem precisaria vir à Terra para saber alguns dos motivos reais da diminuição das “vocações para seminaristas”.

Mas em Jaborlândia pega tão mal acusar gays de qualquer coisa ruim quanto pega bem apontar um interesse financeiro por trás daquilo que lhe desagrada, seja a guerra do Iraque para garantir o controle americano sobre as reservas de petróleo, seja a instituição do celibato para preservar o patrimônio da Igreja. Quando ouço aqui os ecos desse tipo de acusação alienígena, fico imaginando mártires como Santo Inácio de Antioquia se deixando devorar pelos leões do Coliseu romano só para garantir uns trocados para sua paróquia. E penso: se Jabor acusa os EUA de entrar em guerra por petróleo, e depois, sem um pingo de vergonha, acusa Bush de destruir a economia dos EUA com a guerra; depois de acusar a Igreja de instituir o celibato para herdar os bens dos sacerdotes, quem será que ele condenaria se a Igreja tivesse falido? O Papa Gregório VII?

Ah sim, eu já ia me esquecendo: Jabor não acusa os gays, mas sugere que a homossexualidade foi uma saída “aflita, torturada” de seus colegas de classe para os preconceitos e proibições de seu colégio. Isso mesmo: viraram gays porque sofriam; e viraram gays sofridos (assim como Jabor sofria no banheiro). Ou seja: não eram necessariamente gays de verdade, apenas buscavam uma saída, sabe? No fim das contas, Jabor está admitindo que certas pessoas podem ter relações homossexuais por pura neurose, o que o tornaria um reacionário defensor — em caso de coerência terráquea — do tratamento psicanalítico para pessoas que apenas “estão” gays. Mas cadê os petistas, gayzistas e feicebuquianos para chamar Jabor de “homofóbico”? O que diriam se Marco Feliciano, Silas Malafaia ou Jair Bolsonaro insinuassem tal coisa? No universo de Jabor, vale tudo para atacar a Igreja, até cometer alguns atos falhos de militante.

Tudo porque “o prazer era um crime”, é claro. Que religião é essa afinal que faz até os Arnaldinhos da vida se sentirem culpados por acariciar seus “passarinhos” em “humilhante solidão”? Ora, precisamos de uma “teologia da libertação sexual”, para que ninguém mais se sinta culpado de nada e, tal qual Verissimo contra as indecências do BBB, Jabor possa escrever uma centena de crônicas (ou raps) denunciando a pornografia e o sexo de consumo que ele ajuda a disseminar desde os anos 60, não sem admitir, lá no meio de uma delas, que “sem o pecado ficamos insuportavelmente livres” (embora “insuportavelmente delinquentes” fosse a expressão mais correta; mas seria demais esperá-la do autor.)

A base do ódio anticristão é a aversão à culpa, de modo que quem não a suporta — quem não se aceita como pecador em busca da perfeição de Cristo, com “as imperfeições dos que vão progredindo”, como dizia Santo Agostinho — precisa aderir ao coro que demoniza a Igreja opressora e seus padres pervertidos, como se não tivesse sido o cristianismo a influência fundamental para o recuo da pedofilia na Grécia, no Império Romano, na China, na Argélia, no mundo islâmico e onde mais ela era tolerada ou legítima até alguns séculos atrás; como se os escândalos atuais de pedofilia não fossem também efeito da atuação interna e externa de seus inimigos, e como se ela não estivesse hoje impregnada em todo este mundo pornográfico dos "zonzos de desejo" justamente graças a pedófilos intelectuais como Arnaldo, o Masturbador, cujos raps, veiculados em grandes jornais, rádios e TVs, têm o poder de abduzir milhões de menininhos desinformados para um universo mental à parte, onde eles podem “do it” à vontade com seus (deles) neurônios em nome do incrível “mundo melhor” da ONU, no qual os únicos culpados são os cristãos, conservadores, reacionários que insistem em defendê-los.

Não que os menininhos sejam as únicas vítimas, é claro. No Brasil revolucionário e feicebuquiano, ainda há milhões de adultos que entram em fila alegremente para reverenciar os Arnaldinhos e beijar-lhes a mão manchada de cuspe.


Felipe Moura Brasil é o sofrido autor do Blog do Pim, onde analisa os raps de Arnaldinho Jabor em “humilhante solidão”.

Fonte: http://www.midiasemmascara.org

A Idade Média existiu? (Parte I)


Prof Ricardo Costa - Professor Associado II da UFES, Acadêmico correspondente no exterior da "Reial Acadèmia de Bones Lletres de Barcelona", Membro da Society for the Study of the Crusades and the Latin East (SSCLE), do Institut Virtual Internacional de Traducció (IVITRA - Universitat d'Alacant), da Associação Brasileira de Estudos Medievais (ABREM), do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP), do Grupo de Trabalho Filosofia na Idade Média (ANPOF), da Sociedade Brasileira de Filosofia Medieval, do Principium (Núcleo de Estudo e Pesquisa em Filosofia Medieval, UEPB), do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) da Ufes e e do Programa de Doctorado Internacional Transferencias Interculturales e Históricas en la Europa Medieval Mediterránea da Facultad de Filosofía y Letras da Universitat d Alacant (UA-Espanha).

Apóio o Deputado Marco Feliciano porque vivo em uma DEMOCRACIA .


Neste vídeo uma cidadã explica porque defende a permanência do Deputado Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Trpiduo Pascal - Papa Bento XVI

O presente texto é uma transcrição de uma audiência proferida pelo então Papa Bento XVI, em vépera de Quinta Feira Santa.

Queridos irmãos e irmãs!

Já chegamos ao coração da Semana Santa, cumprimento do caminho quaresmal. Amanhã entraremos no Tríduo Pascal, os três dias santos em que a Igreja faz memória do mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus. O Filho de Deus, depois de se ter feito homem em obediência ao Pai, tornando-se em tudo semelhante a nós excepto no pecado (cf. Hb 4, 15), aceitou cumprir até ao fim a sua vontade, de enfrentar por amor a nós a paixão e a cruz, para nos tornar partícipes da sua ressurreição, para que possamos viver n'Ele para sempre, na consolação e na paz. Por conseguinte, exorto-vos a acolher este mistério de salvação, a participar intensamente no Tríduo pascal, fulcro de todo o ano litúrgico e momento de graça especial para cada cristão; convido-vos a procurar nestes dias o recolhimento e a oração, de modo a haurir mais profundamente desta nascente de graça. A este propósito, em vista das iminentes festas, cada cristão está convidado a celebrar o sacramento da Reconciliação, momento de adesão especial à morte e ressurreição de Cristo, para poder participar com mais proveito na Santa Páscoa.

A Quinta-Feira Santa é o dia no qual se faz memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. Durante a manhã, cada comunidade diocesana, reunida na Igreja Catedral em volta do Bispo, celebra a Missa crismal, na qual são abençoados o sagrado Crisma, o Óleo dos catecúmenos e o Óleo dos enfermos. A partir do Tríduo pascal e durante todo o ano litúrgico, estes Óleos serão usados para os Sacramentos do Baptismo, da Confirmação, das Ordenações sacerdotais e episcopais e da Unção dos Enfermos; nisto evidencia-se como a salvação, transmitida pelos sinais sacramentais, brota precisamente do Mistério pascal de Cristo; com efeito, nós somos remidos com a sua morte e ressurreição e, mediante os Sacramentos, bebemos daquela mesma fonte salvífica. Durante a missa crismal, amanhã, realiza-se também a renovação das promessas sacerdotais. Em todo o mundo, cada sacerdote renova os compromissos que assumiu no dia da Ordenação, para ser totalmente consagrado a Cristo na prática do sagrado ministério ao serviço dos irmãos. Acompanhemos os nossos sacerdotes com a nossa oração.

Na tarde de Quinta-Feira Santa tem efectivo início o Tríduo pascal, com a memória da Última Ceia, durante a qual Jesus instituiu o Memorial da sua Páscoa, cumprindo o rito pascal judaico. Segundo a tradição, cada família judaica, reunida à mesa na festa de Páscoa, come o cordeiro assado, fazendo memória da libertação dos Israelitas da escravidão do Egipto; assim no cenáculo, consciente da sua morte iminente, Jesus, verdadeiro Cordeiro pascal, oferece-se a si mesmo pela nossa salvação (cf. 1 Cor 5, 7). Pronunciando a bênção sobre o pão e o vinho, Ele antecipa o sacrifício da cruz e manifesta a intenção de perpetuar a sua presença no meio dos discípulos: sob as espécies do pão e do vinho, Ele torna-se presente de modo real com o seu corpo oferecido e com o seu sangue derramado. Durante a Última Ceia, os Apóstolos são constituídos ministros deste Sacramento de salvação; Jesus lava-lhes os pés (cf. Jo 13, 1-25), convidando-os a amarem-se uns aos outros como Ele os amou, dando a vida por eles. Repetindo este gesto na Liturgia, também nós somos chamados a testemunhar com os factos o amor do nosso Redentor.

Por fim, a Quinta-Feira Santa, é encerrada com a adoração eucarística, na recordação da agonia do Senhor no Jardim do Getsémani. Tendo deixado o Cenáculo, Ele retirou-se para rezar, sozinho, diante do Pai. Naquele momento de comunhão profunda, os Evangelhos narram que Jesus sentiu uma grande angústia, um tal sofrimento que o fez suar sangue (cf. Mt 26, 38). Consciente da sua iminente morte de cruz, Ele sente uma grande angústia e a proximidade da morte. Nesta situação, sobressai também um elemento de grande importância para toda a Igreja. Jesus diz aos seus: permanecei aqui e vigiai; e este apelo à vigilância diz respeito precisamente a este momento de angústia, de ameaça, na qual chegará o momento proditório [traiçoeiro], mas diz respeito a toda a história da Igreja. É uma mensagem permanente para todos os tempos, porque a sonolência dos discípulos não era só um problema daquele momento, mas é o problema de toda a história. A questão reside no que consiste esta sonolência, em que consistiria a vigilância à qual o Senhor nos convida. Diria que a sonolência dos discípulos ao longo da história é uma certa insensibilidade da alma ao poder do mal, uma insensibilidade a todo o mal do mundo. Não nos queremos deixar perturbar demasiado por estas coisas, queremos esquecê-las: pensamos que talvez não é tão grave, e esquecemos. E não se trata apenas de insensibilidade ao mal, quando deveríamos vigiar por fazer o bem, para lutar pela força do bem. É insensibilidade a Deus: eis a nossa verdadeira sonolência; esta insensibilidade pela presença de Deus que nos torna insensíveis também ao mal. Não ouvimos Deus – incomodar-nos-ia – e assim, naturalmente, também não ouvimos a força do mal e permanecemos no caminho do nosso bem-estar. A adoração nocturna da Quinta-Feira Santa, o estar vigilantes com o Senhor, deveria ser precisamente o momento para nos fazer reflectir acerca da sonolência dos discípulos, dos defensores de Jesus, dos apóstolos, de nós, que não vemos, não queremos ver toda a força do mal, e que não queremos entrar na sua paixão pelo bem, pela presença de Deus no mundo, por amor ao próximo e a Deus.

Depois, o Senhor começa a rezar. Os três apóstolos — Pedro, Tiago, João — dormem, mas de vez em quando acordam e ouvem o refrão desta oração do Senhor: «Não seja feita a minha vontade, mas a Tua». O que é esta minha vontade, o que é esta tua vontade, de que o Senhor fala? A minha vontade é «que não deveria morrer», que lhe seja poupado este cálice do sofrimento: é a vontade humana, da natureza humana, e Cristo sente, com toda a consciência do seu ser, a vida, o abismo da morte, o terror do nada, esta ameaça do sofrimento. E Ele mais do que nós, que sentimos esta natural repulsa à morte, este medo natural da morte, ainda mais do que nós, ele sente o abismo do mal. Sente, com a morte, também todo o sofrimento da humanidade. Sente que tudo isto é o cálice que deve beber, que se deve dar a si mesmo, aceitar o mal do mundo, tudo o que é terrível, a repulsa de Deus, todo o pecado. E podemos compreender como Jesus, com a sua alma humana, se sente aterrorizado perante esta realidade, que sente em toda a sua crueldade: a minha vontade seria não beber o cálice, mas a minha vontade está subordinada à tua vontade, à vontade de Deus, à vontade do Pai, que é também a verdadeira vontade do Filho. E assim Jesus transforma, nesta oração, a repulsa natural, a repulsa do cálice, da sua missão de morrer por nós; transforma esta sua vontade natural em vontade de Deus, num «sim» à vontade de Deus. O homem em si é tentado a opor-se à vontade de Deus, a ter a intenção de seguir a própria vontade, de se sentir livre unicamente se é autónomo; opõe a própria autonomia contra a heteronomia de seguir a vontade de Deus. Eis o drama da humanidade. Mas na verdade esta autonomia é errada e este entrar na vontade de Deus não é uma oposição a si, não é uma escravidão que violenta a minha vontade, mas é entrar na verdade e no amor, no bem. E Jesus puxa a nossa vontade, que se opõe à vontade de Deus, que procura a autonomia, puxa esta nossa vontade para o alto, rumo à vontade de Deus. Este é o drama da nossa redenção, que Jesus puxa para o alto a nossa vontade, toda a nossa repulsa à vontade de Deus e a nossa repulsa à morte e ao pecado, e une-a à vontade do Pai: «Não seja feita a minha vontade, mas a Tua». Nesta transformação do «não» em «sim», nesta inserção da vontade criatural na vontade do Pai, Ele transforma a humanidade e redime-nos. E convida-nos a entrar neste seu movimento: sair do nosso «não» e entrar no «sim» do Filho. A minha vontade existe, mas é decisiva a vontade do Pai, porque esta é a verdade e o amor.

Mais um elemento desta oração que me parece importante. As três testemunhas conservaram — como se lê na Sagrada Escritura — a palavra judaica ou aramaica com a qual o Senhor falou ao Pai, chamou-o: «Abbà», pai. Mas esta fórmula, «Abbà», é uma forma familiar da palavra pai, uma forma que se usa só em família, que nunca se usou em relação a Deus. Aqui vemos no íntimo de Jesus como fala em família, fala verdadeiramente como Filho com o Pai. Vemos o mistério trinitário: o Filho que fala com o Pai e redime a humanidade.

Mais uma observação. A Carta aos Hebreus deu-nos uma profunda interpretação desta oração do Senhor, deste drama do Getsémani. Diz: estas lágrimas de Jesus, esta oração, este brado de Jesus, esta angústia, tudo isto não é simplesmente uma concessão à debilidade da carne, como se poderia dizer. Precisamente assim realiza o cargo do Sumo Sacerdote, porque o Sumo Sacerdote deve levar o ser humano, com todos os seus problemas e sofrimentos, à altura de Deus. E a Carta aos Hebreus diz: com todos estes brados, lágrimas, sofrimentos, orações, o Senhor levou a nossa realidade a Deus (cf. Hb 5, 7 ss.). E usa esta palavra grega «prosferein», que é o termo técnico para o que o Sumo Sacerdote deve fazer para oferecer, para elevar as suas mãos.

Precisamente neste drama do Getsémani, onde parece que a força de Deus já não está presente, Jesus desempenha a função do Sumo Sacerdote. Além disso diz que neste acto de obediência, isto é, de conformação da vontade natural humana com a vontade de Deus, é aperfeiçoado como sacerdote. E usa de novo a palavra técnica para ordenar sacerdote. Precisamente assim se torna realmente o Sumo Sacerdote da humanidade e abre desta forma o céu e a porta da ressurreição.

Se reflectirmos sobre este drama do Getsémani, podemos ver também o grande contraste entre Jesus com a sua angústia, com o seu sofrimento, em confronto com o importante filósofo Sócrates, que permanece pacífico, sem se perturbar diante da morte. E este parece ser o ideal. Podemos admirar este filósofo, mas a missão de Jesus era outra. A sua missão não era esta total indiferença e liberdade; a sua missão consistia em carregar sobre si os nossos sofrimentos, todo o drama humano. E por isso precisamente esta humilhação do Getsémani é essencial para a missão do Homem-Deus. Ele carrega o nosso sofrimento, a nossa pobreza, e transforma-a segundo a vontade de Deus. E assim abre as portas do céu, abre o céu: esta tenda do Santíssimo, que até agora o homem fechou a Deus, está aberta a este sofrimento e obediência. Estas são algumas observações para a Quinta-Feira Santa, para a nossa celebração da noite da Quinta-Feira Santa.

Na Sexta-feira Santa fazemos memória da paixão e da morte do Senhor; adoraremos Cristo Crucificado, participaremos dos seus sofrimentos com a penitência e com o jejum. Dirigindo «o olhar para aquele que trespassaram» (cf. Jo 19, 37), poderíamos haurir do seu coração dilacerado que efunde sangue e água como de uma nascente; daquele coração, do qual brota o amor de Deus por todos os homens, recebemos o seu Espírito. Por conseguinte, acompanhemos também nós na Sexta-feira Santa Jesus que sobe ao Calvário, deixemo-nos guiar por Ele até à cruz, recebamos a oferenda do seu corpo imolado. Por fim, na noite do Sábado Santo, celebraremos a solene Vigília Pascal, na qual nos é anunciada a ressurreição de Cristo, a sua vitória definitiva sobre a morte que nos interpela a ser n'Ele homens novos. Participando nesta santa Vigília, a Noite central de todo o Ano Litúrgico, faremos memória do nosso baptismo, no qual também nós fomos sepultados com Cristo, para poder ressuscitar com Ele e participar no banquete do céu (cf. Ap 19, 7-9).

Queridos amigos, procurámos compreender o estado de ânimo com que Jesus viveu o momento da prova extrema, para compreender o que orientava o seu agir. O critério que guiou cada opção de Jesus durante toda a sua vida foi a firme vontade de amar o Pai, de ser um com o Pai, e ser-lhe fiel; esta decisão de corresponder ao seu amor levou-o a abraçar, em todas as circunstâncias, o projecto do Pai, a fazer seu o desígnio de amor que lhe foi confiado de recapitular n'Ele todas as coisas, para reconduzir tudo a Ele. Ao reviver o Tríduo santo, disponhamo-nos a aceitar também nós na nossa vida a vontade de Deus, conscientes que na vontade de Deus, mesmo se parece difícil, em contraste com as nossas intenções, encontra-se o nosso verdadeiro bem, o caminho da vida. A Virgem Mãe nos guie neste itinerário, e nos obtenha do seu Filho divino a graça de poder empregar a nossa vida por amor a Jesus, ao serviço dos irmãos. Obrigado.

Papa Bento XVI - Audiência Geral - 20 de abril de 2011

Fonte: http://www.vatican.va

sábado, 23 de março de 2013

Perseguição anti-cristã.


Onde gritam agora os paladinos da liberdade de expressão e do combate à intolerância? Quem, de posse de suas faculdades intelectuais, poderá negar que há uma perseguição anti-cristã em curso neste país? Em todos os seus encontros com parlamentares, o Deputado Jean Wyllys serra seus punhos e range seus dentes de ódio anti-cristão, vomita seus impropérios, e baba de raiva contra a religião cristã, porém, não se ouve uma voz, daquelas que falavam de liberdade de expressão e de tolerância, de quando defendíamos, apoiados no artigo quinto da nossa constituição, a liberdade de nos expor-mos de acordo com nossas convicções religiosas e doutrinais com relação á prática homossexual. 

Dado isto, devo alertar o distinto deputado: O império Romano derramou tanto sangue cristão, que fez brotar dos lábios de Tertuliano que o Sangue dos mártires é semente de novos cristãos, e assim foi; O arianismo tentou destruir a Igreja com sua heresia, e hoje resume-se à muitas, porém apenas, páginas de livros de história; As invasões bárbaras atentaram contra a Pax Romana e contra a Igreja, e além de deparar-se com bispos  e monges com a robustez de muralhas - como quando Átila teve sua altivez esmagada contra uma pedra chamada Papa São Leão Magno - foram convertidos, educados e civilizados pela Igreja; A Revolução Francesa com seu ódio maçônico revolucionário e anti-clerical desfez-se diante de algo Chamado Corpo de Cristo; O comunismo viu seus muros ruírem e suas botas sujas de sangue serem penduradas, com o auxílio potente do braço eclesiástico na figura do Papa João Paulo II, restando-lhe hoje atuar de forma velada, submerso no mar de ignorância intelectual dos povos, ignorância esta gerada pelo próprio comunismo , para depois, como criança medrosa,  esconder-se sob ela!

E por que isto, Sr deputado? Explico: por que um certo Jesus, O Verbo de Deus feito carne, que nós, Católicos,  chamamos de Nosso Senhor Jesus Cristo; aquele pelo qual todas as coisas foram feitas e que entregou-se na Cruz pelos nossos pecados - inclusive pelos seus - disse à um pescador chamado Pedro, predecessor de todos os Papas: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela!

Logo deputado, se quer odiar os Cristãos, entra na fila!

Pax Christi

Diogo Pitta

Marcos Feliciano Abandona Sessão ✰ Rachel Sheherazade ✰ 20.03.2013


Parabéns à Veneráve Jornalista !

sábado, 16 de março de 2013

Fala da Psicóloga Tatiana Lionço, sem cortes, durante o IX Seminário LGBT.


Para quem duvidava, ou ainda duvida, eis as palavras da "psicóloga"Tatiana Lionço, à respeito da sexualidade infantil. Segundo a mesma, se seu filho ou filha, iniciar uma brincadeira sexual, com outra criança do mesmo sexo, não seria benéfico para a formação sexual da criança, intervir em tal ato. Segundo a psicóloga, a homossexualidade, nesta cena, é vista apenas pelos olhos maléficos dos pais.

Lembro-me de um trecho do magnífico livro do então Padre Joseph Ratzinger, "Introdução ao Cristianismo", em que ele narra a cena de uma pequena cidade, na qual chega um circo, com um famoso palhaço. Todos acorriam à este circo para gargalhar com o tal palhaço. Certo dia, de portas fechadas, o circo é acometido por um furuioso incêndio, e o palhaço consegue escapar e corre deseperadamente pela cidade alertando à todos: " O circo está em chamas! O circo está em Chamas!" O povo, acostumado a vê-lo em meio à palhaçadas, não o leva a sério, pois o mesmo estava vestido de palhaço. 

Pois bem, está acontecendo! 

Caminhar, edificar e confessar...

"Vejo que estas três Leituras têm algo em comum: é o movimento. Na primeira Leitura, o movimento no caminho; na segunda Leitura, o movimento na edificação da Igreja; na terceira, no Evangelho, o movimento na confissão. Caminhar, edificar, confessar.

Caminhar. «Vinde, Casa de Jacob! Caminhemos à luz do Senhor» (Is 2, 5). Trata-se da primeira coisa que Deus disse a Abraão: caminha na minha presença e sê irrepreensível. Caminhar: a nossa vida é um caminho e, quando nos detemos, está errado. Caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que Deus pedia a Abraão, na sua promessa.

Edificar. Edificar a Igreja. Fala-se de pedras: as pedras têm consistência; mas pedras vivas, pedras ungidas pelo Espírito Santo. Edificar a Igreja, a Esposa de Cristo, sobre aquela pedra angular que é o próprio Senhor. Aqui temos outro movimento da nossa vida: edificar.

Terceiro, confessar. Podemos caminhar o que quisermos, podemos edificar um monte de coisas, mas se não confessarmos Jesus Cristo, está errado. Tornar-nos-emos uma ONG sócio-caritativa, mas não a Igreja, Esposa do Senhor. Quando não se caminha, ficamos parados. Quando não se edifica sobre as pedras, que acontece? Acontece o mesmo que às crianças na praia quando fazem castelos de areia: tudo se desmorona, não tem consistência. Quando não se confessa Jesus Cristo, faz-me pensar nesta frase de Léon Bloy: «Quem não reza ao Senhor, reza ao diabo». Quando não confessa Jesus Cristo, confessa o mundanismo do diabo, o mundanismo do demónio.

Caminhar, edificar-construir, confessar. Mas a realidade não é tão fácil, porque às vezes, quando se caminha, constrói ou confessa, sentem-se abalos, há movimentos que não são os movimentos próprios do caminho, mas movimentos que nos puxam para trás.

Este Evangelho continua com uma situação especial. O próprio Pedro que confessou Jesus Cristo com estas palavras: Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo, diz-lhe: Eu sigo-Te, mas de Cruz não se fala. Isso não vem a propósito. Sigo-Te com outras possibilidades, sem a Cruz. Quando caminhamos sem a Cruz, edificamos sem a Cruz ou confessamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor: somos mundanos, somos bispos, padres, cardeais, papas, mas não discípulos do Senhor.

Eu queria que, depois destes dias de graça, todos nós tivéssemos a coragem, sim a coragem, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor, que é derramado na Cruz; e de confessar como nossa única glória Cristo Crucificado. E assim a Igreja vai para diante.

Faço votos de que, pela intercessão de Maria, nossa Mãe, o Espírito Santo conceda a todos nós esta graça: caminhar, edificar, confessar Jesus Cristo Crucificado. Assim seja."

Santo Padre, Papa Francisco I

Homilia de 14 de março de 2013

http://www.vatican.va/

quarta-feira, 13 de março de 2013

Papa Francisco!


Breve Biografia do Santo Padre, Papa Francisco I

O novo pontífice é o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, que nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936. É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina e sem Ordinário do rito próprio.

O Papa jesuíta se formou como técnico químico, mas depois escolheu o caminho do sacerdócio e entrou para o seminário de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus. Completou os estudos humanistas no Chile e em 1963, voltou para Buenos Aires e se formou em filosofia na Faculdade de Filosofia do Colégio máximo San José, de São Miguel.
  • De 1964 a 1965, ensinou literatura e psicologia no Colégio da Imaculada de Santa Fé e, em 1966, ensinou essas mesmas matérias no Colégio do Salvador, em Buenos Aires.
  • De 1967 a 1970 estudou teologia na Faculdade de Teologia do Colégio máximo San José, de São Miguel, onde se formou.
  • Em 13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote.
  • Em 1970-1971, completou a terceira aprovação em Alcalá de Henares (Espanha), e em 22 de abril de 1973 fez a profissão perpétua.
  • Foi mestre de noviços em Villa Barilari, San Miguel (1972-1973), professor na Faculdade de Teologia, Consultor da Província e Reitor do Colégio máximo. Em 31 de julho de 1973, foi eleito provincial da Argentina, cargo que desempenhou por seis anos.
  • De 1980 a 1986, foi reitor do Colégio máximo e das Faculdades de Filosofia e Teologia dessa mesma Casa e pároco da Paróquia de São José, na Diocese de San Miguel.
  • Em março de 1986, viajou para a Alemanha para completar sua tese de doutorado. Foi enviado pelos seus superiores ao Colégio do Salvador e passou para a igreja da Companhia na cidade de Córdoba, como diretor espiritual e confessor.
  • Em 20 de maio de 1992, João Paulo II o nomeou Bispo titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires. Em 27 de junho do mesmo ano, recebeu na catedral de Buenos Aires a ordenação episcopal das mãos do Cardeal Antonio Quarracino, do Núncio Apostólico Dom Ubaldo Calabresi e do Bispo de Mercedes-Luján, Dom Emilio Ogñénovich.
  • Em 3 de junho de 1997 foi nomeado Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires e em 28 de fevereiro de 1998 Arcebispo de Buenos Aires por sucessão à morte do Card. Quarracino.
  • É autor dos livros: «Meditaciones para religiosos» del 1982, «Reflexiones sobre la vida apostólica» del 1986 e «Reflexiones de esperanza» del 1992.
  • É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina que não podem contar com um Ordinário de seu rito. Grão-Chanceler da Universidade Católica Argentina.
  • Relator-Geral adjunto da 10ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (outubro de 2001).
  • De novembro de 2005 a novembro de 2011 foi Presidente da Conferência Episcopal Argentina.
  • Foi criado Cardeal pelo Beato João Paulo II no Consistório de 21 de fevereiro de 2001, titular da Igreja de São Roberto Bellarmino.

É Membro:
  • das Congregações: para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; para o Clero; para os Institutos de vida consagrada e as Sociedades de vida apostólica;
  • do Pontifício Conselho para a Família:
  • da Pontifícia Comissão para a América Latina. 
Fonte: http://www.cnbb.org.br