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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O mistério do olhar de Jesus

Padre Roberto


Que o nosso coração arda de amor por Jesus a cada dia. Hoje, há muitos estudos, mas nos falta o amor para acreditar que comungar o Senhor é deixar a misericórdia entrar em nós e nos curar. Talvez, este amor nunca tenha sido buscado, pois, muitas vezes, buscamos apenas a inteligência e a razão. No entanto, precisamos do amor que vai além da razão.O mistério admirável da nossa fé não é para ser compreendido, pois é mistério de fé. Esses dias, o Papa [Bento XVI] falou do deboche ao sagrado, porque colocaram um sapo na cruz. Zombam do sagrado, daquilo que é fé.Jesus disse que o seu corpo e o seu sangue seriam alimentos; disse que Sua carne seria verdadeira comida e Seu sangue verdadeira bebida, mas, hoje, as pessoas têm banalizado o corpo e o sangue de Jesus. Para recebê-Lo é preciso ter uma alma sensível ao amor d'Ele.
A liturgia tem que retornar ao sentido do sagrado, principalmente na Santa Missa. Você precisa ter o desejo de comungar Jesus.
Coloque o seu olhar em Deus e Ele colocará, em seu coração, tudo que você necessita. Precisamos do olhar de Cristo; precisamos deixá-Lo ver o nosso coração.Você se lembra do "bom ladrão"? Quem o ensinou que, aquele que estava ao seu lado na cruz, era Jesus? A inteligência dos escritores da lei e dos estudiosos não foi suficiente para que eles reconhecessem Jesus. O "bom ladrão" não tinha nenhum conhecimento da Sagrada Escritura, mas, na cruz, Ele recebeu o olhar de Cristo e este olhar encheu de fé o coração dele. Filho e filha, esse olhar perpassou o coração do ladão, deu-lhe todo compreendimento e resgatou o sentido da vida dele. Eu conheço ministros de Eucaristia que fizeram curso, mas tratam o Santíssimo como uma "coisa". Você precisa deixar o Santíssimo penetrar o olhar em sua alma. Não queira compreender Deus no altar; vá ao encontro d'Ele, não com a razão, mas com a sua fé. Vá ansioso pelo olhar do Pai.O profeta Isaías diz que Jesus, na Cruz, estava como um verme; não como um homem. Os fariseus que tinham conhecimento do escrito não foram sensíveis para ver o Filho de Deus. O "bom ladrão", mesmo vendo Jesus na cruz, acreditou que ali estava o Filho de Deus. Assim como nós, que vemos o pão e vinho mais uma vez consagrado, precisamos ver Deus que se dá em alimento. O "bom ladrão", no último momento da sua vida, recebeu o olhar de Jesus e teve a vida.Tenha os seus olhos fixos em Jesus Eucarístico; não podemos desviar o nosso olhar d'Ele. Peçamos a graça de nos encontrar com o olhar Eucarístico de Jesus. Hoje, tudo leva ao menosprezo do que é sagrado, do que é santo.

Na Eucaristia, Deus se esconde no véu do sacramento.

Padre Roberto Lettieri

Fundador da Fraternidade Toca de Assis que tem como principal carisma a adoração ao Santíssimo Sacramento e o acolhimento aos mais necessitados. Prega diversos encontros e retiros por todo o Brasil.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Maria, o Ventre Santo

“Naquele tempo, perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: "Mulher, este é o teu filho". Depois disse ao discípulo: "Esta é a tua mãe". Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.” (Jo 19, 25-26)
Nesta passagem da sagrada escritura, percebemos um chamado imperativo de Jesus ao Discípulo que ele amava; “ Esta é tua Mãe...”. Entenda que, em momento algum, Jesus pergunta ao discípulo se ele aceita tomar Maria por mãe, porém como disse, é imperativo. Maria Santíssima é hoje para alguns, causa de descrença e preconceito para conosco, os Cristãos Católicos, pois muito se fala de adoração de imagens, idolatria e falsos Deuses, porém, o preconceito e a imagem errônea que se faz da nossa fé, não deixa que a atenção devida seja dada à este trecho da Sagrada Escritura, e tantos outros, onde é explícito o chamado de Deus para que amemos e acolhamos Maria.
Uma passagem clássica, é a passagem das Bodas de Caná, onde estão Maria, Jesus e seus discípulos como convidados para as festa.

“E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.
E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.
Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.” (Jo 2, 2-5)


Quando acaba o vinho, Maria percebe e Diz aos serventes; “ Fazei o que ele Voz disser.”. E é exatamente o que Maria nos diz hoje, em nossas dificuldades, nos momentos em que necessitamos de sua intercessão, ela nos diz constantemente “ Fazei o que ele Voz disser.”. Jesus, como filho exemplar e obediente, nunca se furtaria a realizar um pedido de sua mãe. Ao acolher Maria, é Jesus quem estamos acolhendo, pois Maria o gerou dentro de seu ventre, e nós, no momento em que comungamos o Corpo Santo de Cristo, nos igualamos, mesmo que momentaneamente, à Maria, pois Cristo neste momento está dentro de nós, em toda sua plenitude, em toda sua Divindade e Santidade, logo, excluir Maria deste projeto eterno que é a Nova e Eterna Aliança pelo Corpo e Sangue de Cristo, é uma falha lastimável, pois ela é o meio pelo qual, o Deus amado se fez carne, se fez como nós. Por ela, Deus quis que a salvação se iniciasse, por ela, quis Deus que seu filho Jesus fosse educado e alimentado, eram dela as lagrimas derramadas ao ver seu filho amado ser espancado e flagelado ao extremo e depois crucificado. Foi ela, que aos pés da Cruz, aceitou o discípulo amado por filho quando dito por Jesus, "Mulher, este é o teu filho. Aceitemos também, Maria, a Virgem Santa, Pura e Imaculada por nossa Mãe, e levemos para nossos lares, este Sacrário vivo, pois do mesma maneira que Cristo veio ao mundo pelo seu ventre, ele se vem as nossas vidas, pelo Ventre santo de Maria.

A Paz de Cristo


Diogo Pitta - diogopitta@bol.com.br

domingo, 14 de setembro de 2008

Frases para a vida...


Frases do Prof. Lejeune ( pesquisador francês que identificou a origem genética da chamada Síndrome de Down)



‘’Se um óvulo fecundado não é por si só um ser humano, ele não poderia tornar-se um, pois nada é acrescentado a ele.”

”Penso pessoalmente que diante de um feto que corre um risco, não há outra solução senão deixá-lo correr esse risco. Porque, se se mata, transforma-se o risco de 50% em 100% e não se poderá salvar em caso nenhum. Um feto é um paciente, e a medicina é feita para curar… Toda a discussão técnica, moral ou jurídica é supérflua: é preciso simplesmente escolher entre a medicina que cura e a medicina que mata”.

“A sociedade não tem que lutar contra a doença, suprimindo o doente.” “Um único critério mede a qualidade de uma civilização: o respeito que ela prodiga aos mais fracos de seus membros. Uma sociedade que esquece isso está ameaçada de destruição. A civilização consiste, muito exatamente, em fornecer aos homens o que a natureza não lhes deu. Quando uma sociedade não admite os deserdados, ela vira as costas à civilização” .

”Logo que os 23 cromossomos paternos trazidos pelo espermatozóide e os 23 cromossomos maternos trazidos pelo óvulo se unem, toda a informação necessária e suficiente para a constituição genética do novo ser humano se encontra reunida”.

”O fato de que a criança se desenvolve em seguida durante 9 meses no seio de sua mãe, em nada modifica a sua condição humana.” ”Assim que é concebido, um homem é um homem”. ”Não quero repetir o óbvio, mas na verdade, a vida começa na fecundação. Quando os 23 cromossomos masculinos se encontram com os 23 cromossomos femininos, todos os dados genéticos que definem o novo ser humano já estão presentes. A fecundação é o marco da vida”.

”…Se logo no início, justamente depois da concepção, dias antes da implantação, retirássemos uma só célula do pequeno ser individual, ainda com aspecto de amora, poderíamos cultivá- la e examinar os seus cromossomos. E se um estudante, olhando-a ao microscópio não pudesse reconhecer o número, a forma e o padrão das bandas desses cromossomos, e não pudesse dizer, sem vacilações, se procede de um chimpanzé ou de um ser humano, seria reprovado. Aceitar o fato de que, depois da fertilização, um novo ser humano começou a existir não é uma questão de gosto ou de opinião”.

“A natureza humana do ser humano, desde a sua concepção até à sua velhice não é uma disputa metafísica. É uma simples evidência experimental.” “No princípio do ser há uma mensagem, essa mensagem contém a vida e essa mensagem é uma vida humana”.


Professor Felipe Aquino


Bíblia: livro da revelação de Deus

Jesus é a plenitude da revelação e é em torno dele que se desenvolvem todos os temas da Bíblia. Ele é o Messias prometido, Rei vitorioso, Sabedoria eterna que vem a este mundo para salvar a humanidade através de um sacrifício. Deus e homem verdadeiro sua figura é delineada de modo especial através dos Profetas. Fatos e figuras anunciam aspectos de sua atividade salvífica. Percebe-se então uma espinha dorsal no Livro Santo, ou seja, determinadas mensagens que constituem o que é principal na revelação divina tudo girando em torno do Verbo Encarnado.

Em primeiro lugar o pecado do homem e a promessa de um Redentor. O velho Adão será salvo pelo novo Adão (Rom 5,14), pois, no dizer paulino: Onde o pecado avultou a graça sobejou (Rom 5, 20). É de se notar além disto que esta salvação se processa numa situação de recolhimento interior. Como se lê na passagem de Elias no Horeb. Deus não estava no grande e impetuoso furacão, nem no terremoto, nem no fogo, mas no murmúrio de uma brisa suave (I Reis 19 12).

Esta só pode ser percebida no silêncio. O profeta Oséias descreve a atitude divina que seduz e conduz ao deserto para falar ao coração (Os 2, 16). É que no contato íntimo com o Ser Supremo longe do bulício do mundo sé se percebe o essencial. O barulho dispersa, espalha. O silêncio recolhe, recupera. As grandes verdades só são comunicadas através do recolhimento que gera paz, tranqüilidade, imperturbabilidade.

João Batista (Lc 1,80; 3,2) e Jesus (Mt 4,1-11) amavam a solidão. Adite-se o tema da morada de Deus junto dos homens e dentro de cada um. No Antigo Testamento o Templo de Salomão é descrito com pormenores. Retumbante foi a frase de São João: O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14). Jesus acrescenta dois aspectos: Se alguém me ama, meu Pai o amará, viremos a ele e nele faremos nossa morada (Jo 14,23) e na casa de meu Pai há muitas moradas (Jo 14,2). Há, pois, uma íntima união do homem com a divindade bem simbolizada no mistério de uma habitação comum.

O Criador, porém, é um Deus que cuida de sua criatura. É o Pastor zeloso bem descrito no célebre salmo 23 (22) e com o qual Cristo se identifica com pormenores consoladores (Jo 10,1 ss). Ele não quer nenhuma turbulência a envolver suas ovelhas e lhes garante total segurança. Adite-se que o Senhor Altíssimo oferece alimento aos seres racionais como o maná no deserto (Ex 16,13-31), como a multiplicação dos pães operada por Jesus que se fez, ele mesmo, o pão vivo descido do céu, penhor da vida eterna (Jo 6,32 ss).

Quer no Vetero Testamento, quer no Novo, o símbolo expressivo da videira aparece com um significado profundo. Ela é plantada cuidadosamente por Deus, ela é amada por Javé e Jesus com ela se identifica, dizendo em seguida que seus seguidores são os ramos. União vital honrosíssima para o homem. (Jo 15,1). São dezoito passagens bíblicas que enchem de conforto o leitor por meio de uma comparação realmente expressiva com esta planta.

Todas estas facetas da revelação têm como denominador comum a Aliança estabelecida por Deus com o homem que se tornou parceiro da divindade na obra de sua própria salvação. Dentro destas perspectivas, ler a Bíblia, rezar com a Bíblia fica muito mais fácil por se ater exatamente a mensagens fundamentais da Escritura que então, sim, se torna para o crente útil para tudo.


Seu Irmão: Eduardo Rocha Quintella

Bacharel em Teologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora/ Minas Gerais



diogopitta@bol.com.br

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Silêncio Interior

Conta-se que certa vez, um monge noviço veio interrogar o Abade ( monge maior ), sobre o que deveria fazer para tornar-se santo:
-Abade, como devo proceder para tornar-me santo? Respondeu-lhe o mestre: " Vai às catacumbas e insulta os mortos !
Assim foi feito pelo noviço, e ao retornar o Abade indagou: " Fizeste o que te disse?"
- Sim! Eles ( os mortos ) nada me disseram...
- Então retorne às catacumbas e os elogie e os exalte... disse o Abade;
O noviço retornou às catacumbas e os exaltou, e novamente, nada ocorreu...
Então, ele retornou ao Abade, indignado por não ter tido respostas e indagou;
- " Mestre, os mortos não me respondem, nem quando eu os insulto, tampouco quando eu os elogio, não vejo como isto pode me tornar mais santo..."
Pacientemente, o Abade respondeu: " Se queres ser santo, seja como os mortos, tanto em meio à elogios e louvores dirigidos a ti, quanto à ofensas, injustiças e calúnias, recolhe-te imediatamente ao teu silêncio interior e entrega isto à Deus, que ele saberá o que fazer...”

A Paz de Cristo


Diogo Pitta - diogopitta@bol.com.br

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Como evangelizar os meus filhos?

Antes de dizer a seu filho "Jesus te ama", diga-lhe: "eu te amo".

A Igreja ensina que os primeiros catequistas são os pais. É no colo deles que toda criança deve aprender conhecer a Deus, aprender a rezar e dar os primeiros passos na fé; conhecer os Mandamentos e os Sacramentos.
Os pais são educadores naturais, e os filhos assimilam seus ensinamentos sem restrições. Será difícil levar alguém para Deus, se isto não for feito, em primeiro lugar, pelos pais. É com o pai e a mãe que a criança tem que ouvir em primeiro lugar o nome de Jesus Cristo, sua vida, seus milagres, seu amor por nós, sua divindade, sua doutrina… Eles são os responsáveis a dar-lhes o Batismo, a Primeira Comunhão, a Crisma e a catequese.
Quando fala aos pais sobre a educação dos filhos, São Paulo recomenda: “Pais, não exaspereis os vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e na doutrina do Senhor” (Ef 6, 4). Aqui está uma orientação muito segura para os pais. Sem a “doutrina do Senhor”, não será possível educar. Dom Bosco, grande “pai e mestre da juventude”, ensinava que não é possível educar sem a religião. Seu método seguro de educar estava na trilogia: amor - estudo - religião.
Nunca esqueci o Terço que aprendi a rezar aos cinco anos de idade, no colo de minha mãe. Pobre filho que não tiver uma mãe que lhe ensine a rezar! Passei a vida toda estudando, cheguei ao doutorado e pós – doutorado em Física, e nunca consegui esquecer a fé que herdei de meus pais; é a melhor herança que deles recebi. Não é verdade que a ciência e a fé são antagônicas; essa luta só existe no coração do cientista que não foi educado na fé, desde o berço.
Os pais não devem apenas mandar os seus filhos à igreja, mas, devem levá-los. É vendo o pai e a mãe se ajoelharem, que um filho se torna religioso, mais do que ouvindo muitos sermões. A melhor maneira de educar, também na fé, é pelo exemplo. Se os pais rezam, os filhos aprender a rezar; se os pais vivem conforme a lei de Deus, o filhos também vão viver assim, e isto se desdobra em outros exemplos. Os pais precisam rezar com os filhos desde pequenos, cultivar em casa um lar católico, com imagens de santos em um oratório, o crucifixo nas paredes, etc.; tudo isso vai educando os filhos na fé. Alguém disse um dia, que “quando Deus tem seu altar no coração da mãe, a casa toda se transforma em um templo.”
Não apenas leve seu filho à Igreja, mas ensine-o a rezar; leve-o ao grupo de oração, aos Encontros da fé, leia com ele a Biblia e lhe explique, etc. Tudo isso vai moldando a sua fé.
Um aspecto importante da educação religiosa de nossos filhos está ligado com a escola. Infelizmente hoje se ensina muita coisa errada em termos de moral nas escolas; então, os pais precisam saber e fiscalizar o que seus filhos aprendem ali. Infelizmente hoje o Governo está colocando até máquinas para distribuir “camisinhas” nas escolas. Os filhos precisam em casa receber uma orientação muito séria sobre a péssima “educação sexual” que hoje é dada em muitas escolas, afim de que não aprendam uma moral anti-cristã. Outro cuidado que os pais precisam ter é com a televisão; saber selecionar os programas que os filhos podem ver, sem violência, sem sexo, sem massificação de consumo, etc. Hoje temos boas tvs religiosas. A televisão tem o seu lado bom e o seu lado mau. Cabe a nós saber usá-la. Uma criança pode ficar até cerca de 700 horas por ano na frente de um televisor ligado. Mais uma vez aqui, é a família que será a única guardiã da liberdade e da boa formação da criança. Os pais precisam saber criar programas alternativos para tirar as crianças da frente da TV; brinquedos, jogos, estórias, etc. Da mesma forma a internet; os pais não podem descuidar dela.
Mas, para levar os filhos para Deus é preciso também saber conquista-los. O que quer dizer isso? Dar a eles tudo o que querem, a roupa da moda, a camisa de marca, o tênis caro…? Não, você conquista o seu filho com aquilo que você é para o seu filho, não com aquilo que você dá a ele. Você o conquista dando-se a ele; dando o seu tempo, o seu carinho, a sua atenção, ajudando-o sempre que ele precisa de você. Saint Exupéry disse no Pequino Príncipe: “Foi o tempo que você gastou com sua rosa que fez ela ser tão importante para você”.
Diante de um mundo tão adverso, que quer arrancar os filhos de nossas mãos, temos de conquistá-los por aquilo que “somos” para eles. É preciso que o filho tenha orgulho de seus pais. Assim será fácil você o levar para Deus. Muitos filhos não seguem os pais até a Igreja porque não foram conquistados pelos pais.
Conquistar o filho é respeitá-lo; é não o ofender com palavras pesadas e humilhantes quando você o corrige; é ser amigo dos seus amigos; é saber acolhe-los em sua casa; é fazer programas com ele, é ser amigo dele.

Enfim, antes de dizer a seu filho “Jesus te ama”, diga-lhe: “eu te amo".

Felipe Aquinofelipeaquino@cancaonova.com

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Comunicação pobre, relacionamento vazio...


Situações mal resolvidas apenas tornam nosso convívio frio

Encontrar a pessoa certa - que corresponda exatamente a tudo aquilo que gostamos ou não de fazer e que entenda perfeitamente nossos sentimentos diante de uma situação contrária - pode parecer ideal, mas pouco provável.
Cada indivíduo tem uma resposta diferente para determinada situação. Conhecer nossos limites e controlar as fraquezas de nossos temperamentos pode ser a “pitada” certa para dar equilíbrio aos nossos relacionamentos.
Muitas vezes, dentro do convívio do casal, vai acontecer algo que nos tire do sério. Nessas horas, as circunstâncias podem nos levar a atitudes tempestivas, as quais trarão à tona um comportamento pouco conhecido pelo nosso cônjuge. Por isso, saber que ninguém é um “super-homem” em virtudes ou uma “mulher maravilha” em compreensão nos permite conhecer as “misérias” do outro; e isso faz parte dos desafios de uma vida a dois.
Na partilha das realidades da vida conjugal percebemos as particularidades de temperamentos do cônjuge. Freqüentemente, ouvimos alguém dizer que, por medo das reações do outro diante de certa circunstância, preferiu se calar em vez de expor suas idéias e reivindicações em prol da harmonia desejada.
Há pessoas que lidam mais facilmente com os desafios; outras são mais racionais ou têm facilidade para assumir a liderança das coisas, e assim por diante. Entretanto, ninguém é puramente virtude, pois também trazemos conosco nossos defeitos. Entendendo que um relacionamento acontece numa “via de mão dupla”, precisamos estar atentos para não exigir do outro somente atitudes de perfeição, quando reconhecemos em nós mesmos defeitos, os quais podem ser corrigidos com a disposição em sermos melhores por causa do outro.
Nosso cônjuge é a pessoa mais indicada para apontar aquilo em que precisamos nos empenhar a fim de melhorar nosso temperamento; o que, conseqüentemente, acaba refletindo no convívio a dois.
Não é nada agradável ouvir que cometemos um engano nisso ou naquilo, especialmente de quem amamos; afinal, nosso próprio conceito é de ser alguém irrepreensível. No entanto, um bom relacionamento traz sinais de sucesso quando o casal se dispõe a viver a honestidade, sobretudo, de maneira respeitosa na franqueza dos diálogos. As atitudes defensivas ou a recusa de conversar sobre aquilo que o outro julga importante dizer em nada ajudará no crescimento dos laços entre os casais. Num convívio em que a comunicação entre as pessoas é pobre, os vínculos facilmente se enfraquecem e favorecem a desconfiança e a falta de respeito; atropelando, quase sempre, o direito e a integridade do outro.
Situações mal resolvidas apenas tornam nosso convívio frio. Antes mesmo que escoem pelos ralos os anos de amizade e comprometimento, a melhor atitude é falar sobre aquilo que parece não estar indo bem, a fim de encontrar uma saída, juntos, para uma situação que está tirando a paz no convívio.
Quando podemos contar com o interesse e a disposição do outro para nos ajudar a equacionar os impasses, a solução não parece ser tão impossível quanto parecia ser num primeiro instante.
Assim, juntos e com a boa vontade de quem quer nutrir o amor, conseguiremos nos moldar às necessidades do outro para o comum do novo estado de vida, para o qual somos impelidos a viver.
Um abraço,

José Eduardo Moura
webenglish@cancaonova.comMissionário da Comunidade Canção Nova, trabalhando atualmente na na Fundação João Paulo II no Portal Canção Nova.