Translate

sábado, 24 de agosto de 2013

Johann Sebastian Bach e a Missa em Si menor



Disse Otto Maria Carpeux , em seu Livro de Ouro da História da Música, sobre Johann Sebastian Bach, que por um momento esqueceram-se de que era homem, filho de homem, nascido de mulher, isto devido á sua autoridade quase divina que assumiu o príncipe da Turíngia. Segundo Carpeux, só de Cantatas, foram compostas 295, sendo que até nós, conservaram-se apenas 198, pois o resto foi perdido por seu filho, herdeiro de suas obras e detentor de uma intemperança moral atroz.

Carpeux, em sua magistral obra sobre História da música, enumera algumas obras de Bach, as mais proeminente, porém, dentre estas proeminentes obras, ele destaca uma, como sendo uma catedral invisível; a mais alta cátedra que jamais foi construída. Refere-se ele à Missa em Si Menor de Johann Sebastian Bach 



Sobre esta, assim se expressa:

“Fracassaram as tentativas de verificar os traços de um criptocatolicismo na mentalidade de Bach. Mas é verdade que o mestre não se fechou dentro dos limites algo estreitos da sua Igreja. Como membro da Sociedade das Ciências em Leipzig, deve ter conhecido e apreciado a filosofia de Leibniz; Albet Schweitzer chega a falar em racionalismo Cristão ( Glauebiger racionalismus). Certamente, Bach aprovou as iniciativas, infelizmente fracassadas, daquele filósofo de promover a união entre as Igrejas separadas. E essa atitude facilitou-lhe aquele trabalho que causou a maior estranheza aos protestantes: para fim puramente prático, para obter o título de Hofkapellmeister   (maestro da Corte Real), escreveu o maior músico protestante, uma Missa Católica, dedicando-a ao Rei da Saxônia, que se tinha formalmente convertido ao Catolicismo romano, para poder eleger-se rei da Polônia. Bach teria agido por oportunismo, assim como seu rei, ao qual ele quis agradar? Decididamente não. A Missa em Si menor (1733 – 1738), de dimensões tão grandes que nunca poderia ser executada durante o serviço sacro, é uma obra de inspiração protestante: é uma coleção de grandes cantatas que interpretam, trecho por trecho, o texto litúrigico latino. Um tema como Agnus Dei é especificamente Bachiano, dir-se-ia, Luterano. Certos trechos dão a impressão de uma imensa festa popular em igreja tão grande como nunca a ideou a imaginação de um arquiteto. Outros trechos, paracem reflexo direto da harmonia – e do poder – das vozes angélicas do Céu. Nesses momentos já não se pensa em protestantismo ou catolicismo. As palavras unam Sanctam Catholicam et Apostolicam Ecclesiam, no Credo, Bach manda cantá-las conforme a melodia do coral gregoriano, que é anterior á separação das Igrejas; Como se quisesse manifestar a esperança de reunião da cristandade perante o trono de deus. A Missa em si menor, também chamada Hohe Messe (tradução inexata de Missa Solennis), é a maior obra de Bach, e talvez, a maior obra de toda a Música Ocidental. Uma catedral invisível, a mais alta que foi jamais construída” 

CARPEUX, Otto Maria - Livro de Ouro da História da Música, ed. Pocket Ouro, pp. 118-119

domingo, 4 de agosto de 2013

O que a ONU tem a ver com o aborto?


Não é fácil falar desse grande movimento abortista. A coisa parece tão grande, (e de fato é grande) que quando começamos a desmembrar todas as coisas, chega a parecer uma maluca teoria da conspiração. Mas não é. O que estou escrevendo de forma sintética aqui no blog está amparado em diversos documentos recolhidos ao longo dos anos por aqueles que trabalham na Defesa da Vida. A verdade é que a indústria do aborto algo é demoníaco. Digo sem medo, pois é o demônio quem luta para tirar a vida dos filhos de Deus. 

Em 2004, quando ainda era missionário da Canção Nova, recebi em uma sexta feira a tarde, a missão de gravar um programa Trocando Ideias em São Paulo com o Monsenhor Michel Schooyans. A gravação seria no sábado em São Paulo pela manhã de forma que passei a noite buscando informações sobre quem era este senhor e por que ele era tão importante para realizarmos este grande esforço.

A resposta foi muito satisfatória: Michel Schooyans é Doutor em filosofia e teologia e é um sacerdote da arquidiocese de Mechelen-Bruxelas. Foi professor da Université Catholique de Louvain, professor visitante em várias universidades americanas, ex-professor da Universidade Católica de São Paulo, e tem muitos livros sobre filosofia política, as ideologias contemporâneas, as políticas populacionais e realizou várias missões no terceiro mundo. Membro da Pontifícia Academia de Ciências Sociais do Vaticano, do Instituto Real de Relações Internacionais, em Bruxelas, o Instituto de política demográfica, em Paris, o Population Research Institute, em Washington.
Na época, o Mons. Schooyans havia feito um grande trabalho junto a ONU, sobretudo quanto à política demográfica por alguns anos, a pedido do Vaticano. Suas revelações para mim foram bombásticas: A ONU quer implantar a política de controle populacional no mundo!

Segundo ele, no decorrer dos últimos quarenta anos, a ONU organizou várias grandes conferências dedicadas a programas de controle da população. Dentro das recentes, as mais conhecidas são a do Rio (1992) sobre o meio ambiente, no Cairo (1994) sobre população e desenvolvimento, de Pequim (1995) sobre a mulher.

Monsenhor Michel Schooyans
A do Cairo, por exemplo, elaborou um pano de ação de vinte anos para frear o crescimento da população mundial, especialmente nos países pobres. Nesta conferência, a ONU manifestou a adesão ao controle demográfico e definiu conceitos totalmente novos para o mundo, conceitos estes que já vinham sendo defendidos pelas grandes fundações internacionais.

Para executar esses programas, agências da ONU, com o Banco Mundial, o FNUAP, a Organização Mundial da Saúde, dispõem de recursos enormes, vindo dos países ricos, sobretudo dos Estados Unidos (via a USAID) e da União Européia. Contam também com a colaboração de Organizações não governamentais (ONGs), tais como a IPPF (cuja filial no Brasil é a BEMFAM) e o Population Council. Os governos nacionais dos próprios países pobres cooperam na execução desses programas, especialmente através de esterilizações em massa de mulheres. Só no Nordeste do Brasil, e já em 1992, se estimava que 37% das mulheres casadas entre 15 e 44 anos estavam esterilizadas.

Entre as novas diretrizes estabelecidas no documento de conclusão emitido pela ONU, provenientes da conferência encontram-se estas:
  • O conceito de saúde reprodutiva, considerado como algo mais do que a simples ausência de doenças;
  • O direito das mulheres ao acesso a serviços de abortos quando a prática não for contrária à lei;
  • A urgência das ONG’s, ainda que não sejam constituídas por profissionais da saúde, de cooperar e supervisionar (ou pressionar) os governos na prestação dos serviços de saúde reprodutiva (incluindo o serviço ao aborto legal);
  • Os direitos reprodutivos, que derivam do conceito de saúde reprodutiva, como um novo tipo de direito humano (que futuramente poderia incluir o direito ao aborto);
Em 1996 a ONU promoveu, informalmente, a famosa Reunião de Glen Cove, numa ilha próxima a Nova York, onde reuniu as recém criadas ONG’s e movimentos feministas. Ali se estabeleceu o plano de gradual pressão sobre os vários países, em especial sobre os da América Latina, no sentido de acusá-los de violarem os direitos humanos ao não legalizarem o aborto. Entre outras metas para implantarem o aborto no mundo estava a de conseguir fazer com que o direito ao aborto entrasse oficialmente na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Na raiz desses programas, há uma ideologia: a ideologia da segurança demográfica. Essa reinterpreta a antiquada oposição Leste (comunista) – Oeste (capitalista) em termos de oposição Norte (rico) – Sul (países pobres). O Norte, que representa 20% da humanidade e cuja população envelhece dramaticamente e tem pavor do crescimento da população jovem do Sul, que representa 80% da humanidade. O Norte quer então conter, isto é bloquear, o crescimento da população do Sul e sonegar-lhe os saberes de ponta que abririam aos países pobres o caminho da valorização, por eles mesmo, dos seus recursos naturais.

As raízes dessa ideologia se encontram nas teses, sempre desmentidas, de Malthus (“A produção alimentícia não pode acompanhar o crescimento da população; deixemos agir a seleção natural que elimina os mais fracos”), do utilitarismo neoliberal (o homem vale o que vale o mercado), das éticas do direito ao prazer individual sem limites, da reformulação da teoria do espaço vital: O Sul é o “quintal” do Norte.

Para saber mais sobre as denúncias do Monsenhor Michel Schooyans, clique aqui

http://domvob.wordpress.com

A Igreja Católica e a escravidão




 Nestes últimos dias, ocorreu um debate, na Rede Globo, onde reuniram-se um sacerdote católico, um pastor, um ateu e um umbandista. Foi levantada a questão sobre o suposto apoio da Santa Igreja Católica à escravidão. Diante da falta de uma resposta que saciasse a sede de informações de muitas pessoas, católicas ou não, compartilho um artigo magnífico sobre o tema, do Historiador Ricardo da Costa. Espero que apreciem sem moderação...





Por Ricardo Costa
Texto comentado pelo Jornal Gazeta do Povo
Ricardo da COSTA
Texto encomendado pelo Jornal Gazeta do Povo - See more at: http://www.ricardocosta.com/artigo/igreja-catolica-e-escravidao#sthash.0Px1T8MA.dpuf

Vivemos em uma época conturbada. Qualquer coisa afirmada levianamente ganha auréola de verdade. Por exemplo, recentemente, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse que sessenta por cento dos congressistas brasileiros utilizavam serviços de prostitutas e que, por isso, eles gostariam de gozar essa atividade em “locais mais seguros”. Conclusão: para o deputado, deveríamos regulamentar a vida das meninas.3 Rapidamente a notícia ganhou as manchetes dos jornais. Contudo, dias depois, Wyllys voltou atrás – em uma matéria infinitamente menor, claro: disse que baseou sua afirmação em sua “percepção da sociedade brasileira”, e que, de fato, desconhecia casos de pagamento de prostitutas por colegas.4

Bem, cito o deputado do PSOL porque o próprio se valeu de um trecho de uma mensagem do papa Bento XVI no XLVI Dia Mundial da Paz para mais uma de suas afirmações bombásticas. O papa defendera a “estrutura natural do matrimônio” – a união entre um homem e uma mulher – quando negou que quaisquer outras formas radicalmente diversas de união fossem igualmente consideradas, pois elas “prejudicam, desestabilizam e obscurecem a função insubstituível do casamento”. Fazer essa equiparação constituía uma “ofensa contra a verdade da pessoa humana e uma ferida grave infligida à justiça e à paz”. Parafraseando o papa, o deputado afirmou que “ferida grave infligida à justiça e à paz foi a escravidão de negros africanos apoiada pela Igreja Católica”.5

Nesse caso, Jean Wyllys não está só. Essa é uma das acusações costumeiras feitas à Igreja. Teria ela, segundo seus detratores, apoiado o sistema escravocrata, especialmente o ocorrido na África no período moderno (séculos XVI-XIX). Isso é verdade? Não. A verdade é exatamente o contrário disso. Vamos (mesmo que brevemente) aos fatos?

Na Bíblia há várias passagens relativas a escravos (especialmente o Antigo Testamento). Quase sempre são prescrições atenuantes. Por exemplo: não se deve entregar um escravo fugitivo6, nem utilizá-lo em tarefas degradantes ou serviços desnecessários7; ao escravo é reservado o dia de descanso (sábado).8 Em resumo: apesar de reconhecer a escravidão, a religião a atenuava. Essa foi basicamente a herança do mundo antigo no que diz respeito aos preceitos religiosos.

Com a ascensão social e política da Igreja na Idade Média e a consequente cristianização das monarquias, a pressão a favor dos pobres, das mulheres e dos escravos tornou-se maior. Por exemplo, uma lei do século VI (sob influência da Igreja) afirmava que nenhum escravo poderia ser preso caso estivesse em um altar católico: seu dono deveria pagar uma pesada multa caso fizesse isso. Nesses séculos conhecidos pelos especialistas como Alta Idade Média (V-X) o Catolicismo que se difundiu na Europa pressionou aquelas sociedades a considerar a escravidão algo ultrajante aos seres humanos, já que, pela fé em Jesus Cristo, somos todos filhos de Deus.9

Apesar disso, a escravidão só lentamente diminuiu – para dar lugar, pouco a pouco, à servidão. Com ela, a dignidade humana estava muito acima da escravidão. Nessa, o escravo era uma coisa que falava; naquela, o servo tinha deveres (e muitos!) – mas também direitos (como, por exemplo, a inalienabilidade da terra).

Mas os homens são dificilmente civilizados (e com revezes regulares). Mesmo com a pregação regular da Igreja, na Europa medieval a escravidão continuou tão comum que teve que ser reiteradamente condenada pela Igreja (Concílios de Koblenz, em 922, de Londres, em 1022, e no Conselho de Armagh, ocorrido na Irlanda em 1171). Naquele Concílio de Londres, por exemplo, foi decidido: “Que futuramente, na Inglaterra, ninguém queira entrar naquele comércio nefasto no qual estavam acostumados a vender homens como animais irracionais” (artigo 27).

O problema era que as antigas leis romanas, seu código civil, reorganizado nos anos 529-534 pelo imperador bizantino Justiniano I como Corpus Iuris Civilis (Conjunto do Direito Civil), regulamentava a escravidão. Segundo ele, embora o estado natural da Humanidade fosse a liberdade, os direitos dos povos poderiam, no entanto, substituir a lei natural e escravizar pessoas. Basicamente um escravo era: 1. alguém cuja mãe era escrava, 2. qualquer pessoa capturada em batalha, 3. qualquer um que se vendeu para pagar uma dívida (fato comum nos primeiros séculos medievais).

Com a ascensão do Cristianismo, o direito também se cristianizou. Os advogados medievais, a partir do século XI, chegaram à conclusão que a escravidão era contrária ao espírito cristão. Isso para cristãos (e que não me venha nenhum fariseu acusar a Igreja de não legislar para não cristãos). Em contrapartida, por exemplo, foi o Islã quem difundiu largamente a escravidão. Vejamos isso com mais pormenor.

Começo com uma citação do grande historiador Fernand Braudel (1902-1985): “O tráfico negreiro não foi uma invenção diabólica da Europa. Foi o Islã, desde muito cedo em contato com a África Negra através dos países situados entre Níger e Darfur e de seus centros mercantis da África Oriental, o primeiro a praticar em grande escala o tráfico negreiro (...). O comércio de homens foi um fato geral e conhecido de todas as humanidades primitivas. O Islã, civilização escravista por excelência, não inventou, tampouco, nem a escravidão nem o comércio de escravos”.10

Aqui chegamos à escravidão negra. Muitos séculos ANTES da chegada dos brancos europeus à África, tribos, reinos e impérios negros africanos praticavam largamente o escravismo, exatamente como os berberes (e demais etnias muçulmanas). Os europeus do século XVI tinham verdadeiro pavor de deixar o litoral ou mesmo desembarcar de seus navios e avançar para longe da costa e capturar escravos. Estes eram trazidos pelos próprios africanos, que tinham grandes mercados espalhados pelo interior do continente, abastecidos por guerras entre as tribos, ou mesmo puro sequestro. Isso pode ser facilmente comprovado, por exemplo, com a descrição do império de Mali feita pelo cronista muçulmano Ibn Batuta (1307-1377), um dos maiores viajantes da Idade Média, e o depoimento de al-Hasan (1483-1554) sobre Tumbuctu, capital do império de Songai. Ademais, havia tribos africanas que praticavam sacrifícios humanos, naturalmente de escravos. Às vezes, para interromper a chuva, mulheres negras (e escravas) eram crucificadas.11

Entrementes, a Igreja Católica, reiteradamente, condenava a escravidão. Há inúmeras bulas papais a respeito: Sicut Dudum (1435) – Eugênio IV manda libertar os escravos das ilhas Canárias; em 1462, Pio II instrui os bispos a pregarem contra o tratamento de escravos negros etíopes, e condena a escravidão como um “crime tremendo”; Paulo III, na bula Sublimus Dei (1537) recorda aos cristãos que os índios são livres por natureza (isto é, ao contrário dos negros, eles não praticavam a escravidão); em 1571 o dominicano Tomás de Mercado declarou desumana e ilícita a escravidão; Gregório XIV (Cum Sicuti, de 1591) e Urbano VIII (Commissum nobis, de 1639) condenaram a escravidão. 12

Paro no século XVII. Há muito mais.13 Mas qual é o resumo da ópera? Devemos estudar o passado, não inventá-lo.

Notas
  • 1. Esse é o texto integral. Para o Jornal, por motivos de espaço, ele foi diminuído.
  • 2. Paris: Firmin Didot Frères, 1839. “Embora tenha caído em desuso o artigo da primitiva lei sobre a escravidão, que prescrevia aos brasileiros mandarem batizar seus negros novos dentro de um determinado prazo, deixou, entretanto, vestígios de seu objetivo moral no coração dos proprietários indígenas. É raro, com efeito, encontrar-se hoje em dia um negro que não seja cristão; por outro lado, do ponto de vista político, esse freio de uma religião tão tolerante torna-se também uma garantia para os senhores obrigados a dirigir uma centena de escravos reunidos. A observância desse costume é tanto mais fácil para o citadino quanto circulam nas ruas alguns velhos negros livres, corretores de profissão, professores dos princípios da religião católica e que são principalmente apreciados porque têm a vantagem de falar várias línguas africanas, o que facilita os progressos dos novos catecúmenos (...) É em geral o escravo mais antigo que serve de padrinho e nas casas ricas concede-se essa honra aos mais virtuoso. Entretanto, isso não acarreta nenhuma obrigação em relação ao escravo e o senhor se desobriga de seus escrúpulos mediante uma simples esmola oferecida à Igreja.” – Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Jean Baptiste Debret. Belo Horizonte: Itatiaia, 1978, Tomo II, Volume III, Prancha 8, p. 166.
  • 3. “Eu diria que 60% da população masculina do Congresso Nacional faz uso dos serviços das prostitutas, então acho que esses caras vão querer fazer uso desse serviço em ambientes mais seguros”. Internet.
  • 4. Folha de São Paulo, sexta, 18 de janeiro de 2013. Internet.
  • 5. Tweeter.
  • 6. “Não entregarás a seu senhor o servo que, tendo fugido dele, se acolher a ti” – Deuteronômio 23:15.
  • 7. “Porque são meus servos, que tirei da terra do Egito; não serão vendidos como se vendem os escravos. Não te assenhorearás dele com rigor, mas do teu Deus terás temor.” – Levítico 25:42-43.
  • 8. “Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhum trabalho nele, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro que está dentro de tuas portas; para que o teu servo e a tua serva descansem como tu.” – Deuteronômio 5:14.
  • 9. “Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” – Gálatas 3:22-28.
  • 10. BRAUDEL, Fernand. Gramática das Civilizações. São Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 138.
  • 11. COSTA, Ricardo da. “A expansão árabe na África e os Impérios Negros de Gana, Mali e Songai (sécs. VII-XVI)”. In: NISHIKAWA, Taise Ferreira da Conceição. História Medieval: História II. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009, p. 34-53. 
  • 12. Documentos oficiais da Igreja contra a escravidão.
  • 13. Indico, como um excelente resumo da posição da Igreja, a leitura da Carta Apostólica In Supremo, de 03 de dezembro de 1839, sobre a condenação da escravidão dos indígenas e do comércio dos negros. Site. Há também uma obra com fontes primárias sobre o tema: BALMES, Jaime. A Igreja Católica em face da escravidão. São Paulo: Centro Brasileiro de Fomento Cultural, 1988 (agradeço ao Prof. Samuel Cardoso Santana pela indicação).
http://www.ricardocosta.com