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domingo, 4 de agosto de 2013

O que a ONU tem a ver com o aborto?


Não é fácil falar desse grande movimento abortista. A coisa parece tão grande, (e de fato é grande) que quando começamos a desmembrar todas as coisas, chega a parecer uma maluca teoria da conspiração. Mas não é. O que estou escrevendo de forma sintética aqui no blog está amparado em diversos documentos recolhidos ao longo dos anos por aqueles que trabalham na Defesa da Vida. A verdade é que a indústria do aborto algo é demoníaco. Digo sem medo, pois é o demônio quem luta para tirar a vida dos filhos de Deus. 

Em 2004, quando ainda era missionário da Canção Nova, recebi em uma sexta feira a tarde, a missão de gravar um programa Trocando Ideias em São Paulo com o Monsenhor Michel Schooyans. A gravação seria no sábado em São Paulo pela manhã de forma que passei a noite buscando informações sobre quem era este senhor e por que ele era tão importante para realizarmos este grande esforço.

A resposta foi muito satisfatória: Michel Schooyans é Doutor em filosofia e teologia e é um sacerdote da arquidiocese de Mechelen-Bruxelas. Foi professor da Université Catholique de Louvain, professor visitante em várias universidades americanas, ex-professor da Universidade Católica de São Paulo, e tem muitos livros sobre filosofia política, as ideologias contemporâneas, as políticas populacionais e realizou várias missões no terceiro mundo. Membro da Pontifícia Academia de Ciências Sociais do Vaticano, do Instituto Real de Relações Internacionais, em Bruxelas, o Instituto de política demográfica, em Paris, o Population Research Institute, em Washington.
Na época, o Mons. Schooyans havia feito um grande trabalho junto a ONU, sobretudo quanto à política demográfica por alguns anos, a pedido do Vaticano. Suas revelações para mim foram bombásticas: A ONU quer implantar a política de controle populacional no mundo!

Segundo ele, no decorrer dos últimos quarenta anos, a ONU organizou várias grandes conferências dedicadas a programas de controle da população. Dentro das recentes, as mais conhecidas são a do Rio (1992) sobre o meio ambiente, no Cairo (1994) sobre população e desenvolvimento, de Pequim (1995) sobre a mulher.

Monsenhor Michel Schooyans
A do Cairo, por exemplo, elaborou um pano de ação de vinte anos para frear o crescimento da população mundial, especialmente nos países pobres. Nesta conferência, a ONU manifestou a adesão ao controle demográfico e definiu conceitos totalmente novos para o mundo, conceitos estes que já vinham sendo defendidos pelas grandes fundações internacionais.

Para executar esses programas, agências da ONU, com o Banco Mundial, o FNUAP, a Organização Mundial da Saúde, dispõem de recursos enormes, vindo dos países ricos, sobretudo dos Estados Unidos (via a USAID) e da União Européia. Contam também com a colaboração de Organizações não governamentais (ONGs), tais como a IPPF (cuja filial no Brasil é a BEMFAM) e o Population Council. Os governos nacionais dos próprios países pobres cooperam na execução desses programas, especialmente através de esterilizações em massa de mulheres. Só no Nordeste do Brasil, e já em 1992, se estimava que 37% das mulheres casadas entre 15 e 44 anos estavam esterilizadas.

Entre as novas diretrizes estabelecidas no documento de conclusão emitido pela ONU, provenientes da conferência encontram-se estas:
  • O conceito de saúde reprodutiva, considerado como algo mais do que a simples ausência de doenças;
  • O direito das mulheres ao acesso a serviços de abortos quando a prática não for contrária à lei;
  • A urgência das ONG’s, ainda que não sejam constituídas por profissionais da saúde, de cooperar e supervisionar (ou pressionar) os governos na prestação dos serviços de saúde reprodutiva (incluindo o serviço ao aborto legal);
  • Os direitos reprodutivos, que derivam do conceito de saúde reprodutiva, como um novo tipo de direito humano (que futuramente poderia incluir o direito ao aborto);
Em 1996 a ONU promoveu, informalmente, a famosa Reunião de Glen Cove, numa ilha próxima a Nova York, onde reuniu as recém criadas ONG’s e movimentos feministas. Ali se estabeleceu o plano de gradual pressão sobre os vários países, em especial sobre os da América Latina, no sentido de acusá-los de violarem os direitos humanos ao não legalizarem o aborto. Entre outras metas para implantarem o aborto no mundo estava a de conseguir fazer com que o direito ao aborto entrasse oficialmente na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Na raiz desses programas, há uma ideologia: a ideologia da segurança demográfica. Essa reinterpreta a antiquada oposição Leste (comunista) – Oeste (capitalista) em termos de oposição Norte (rico) – Sul (países pobres). O Norte, que representa 20% da humanidade e cuja população envelhece dramaticamente e tem pavor do crescimento da população jovem do Sul, que representa 80% da humanidade. O Norte quer então conter, isto é bloquear, o crescimento da população do Sul e sonegar-lhe os saberes de ponta que abririam aos países pobres o caminho da valorização, por eles mesmo, dos seus recursos naturais.

As raízes dessa ideologia se encontram nas teses, sempre desmentidas, de Malthus (“A produção alimentícia não pode acompanhar o crescimento da população; deixemos agir a seleção natural que elimina os mais fracos”), do utilitarismo neoliberal (o homem vale o que vale o mercado), das éticas do direito ao prazer individual sem limites, da reformulação da teoria do espaço vital: O Sul é o “quintal” do Norte.

Para saber mais sobre as denúncias do Monsenhor Michel Schooyans, clique aqui

http://domvob.wordpress.com

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