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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Enxugar as chagas da Igreja (I)



No caminho do Calvário, há um grupo de mulheres que choram os horrores da Paixão de Cristo. Veem o Senhor ali jogado, "sem graça nem beleza para atrair nossos olhares" (Is 53, 2), e se compadecem. Cristo fala com elas: "Mulheres de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos… Porque se fazem assim no madeiro verde, que será no madeiro seco?" (Lc 23, 28-31). Palavras duras. Mas por quê? Não seriam, de fato, mulheres piedosas, demonstrando verdadeira compaixão pelas dores do Mestre? Não estariam elas, com suas lágrimas e lamentações, compartilhando um pouco dos sofrimentos do Senhor? Por que, então, Jesus parece tão severo e distante, repreendendo a manifestação eloquente de carinho e delicadeza feminina daquelas pobres mulheres?

O ser humano é naturalmente capaz de compadecer-se diante do sofrimento alheio. Jesus, que possui uma natureza "dotada igualmente das potências afetivas, sensitivas e das suas correspondentes paixões", chorou sobre o túmulo de Lázaro (cf. Jo 11, 35) e sentiu tristeza pela miséria de Jerusalém (cf. Lc 21, 20-24) [1]. O Catecismo ensina: "Os sentimentos ou paixões são as emoções ou movimentos da sensibilidade que inclinam a agir, ou a não agir, em vista do que se sentiu ou imaginou como bom ou como mau" [2]. A princípio, não há nada de errado no choro ou na tristeza em face de um acontecimento perturbador. Por outro lado, é de se preocupar com quem fica inerme ao ver as dores e as chagas do outro. A total passividade com os sofrimentos do próximo é contrária ao próprio ser do homem. De que maneira se pode, portanto, compreender a censura de Jesus àquele grupo de mulheres?

Ora, Jesus adverte contra uma piedade puramente sentimental, cuja raiz não progride para uma autêntica mudança de vida. O amor verdadeiro impele-nos à ação, a buscar o bem para o outro, pois "de nada serve lamentar, por palavras e sentimentalmente, os sofrimentos deste mundo, se a nossa vida continua sempre igual". Jesus não rejeita a piedade daquelas mulheres. Mas também não deixa de alertá-las para o risco do desespero e do desalento. Não foi, por acaso, o desânimo que vendou os olhos daqueles dois discípulos de Emaús, impedindo-os de perceber a presença do Salvador (cf. Lc 24, 16)? As lágrimas e a tristeza também não turvaram a visão de Maria Madalena (cf. Jo 20, 11-13)? Jesus censura justamente isto: o desespero que paralisa os cristãos e os retira do caminho para o céu.

Os sofrimentos da Igreja, ou seja, as chagas do Corpo de Cristo que se fazem presente ainda hoje na história da humanidade, são, sem dúvida, motivo de grande preocupação. Nos anos pós Concílio, quando já se desenhava um quadro de "tantas calamidades, tantos problemas, realmente tanta miséria: seminários fechados, conventos fechados, liturgia banalizada", muitas almas santas manifestaram perplexidade. Numa ocasião, percebendo o semblante pálido de São Josemaria Escrivá, o Padre Javier lhe perguntou: "Acontece-lhe alguma coisa, Padre?" — "Acontece-me… que me dói a Igreja", respondeu o santo [3]. O Bem-aventurado Paulo VI condenou, em inúmeras oportunidades, o espírito de "ruptura com a Tradição, mesmo doutrinal, que chegava a repudiar a Igreja pré-conciliar e a conceber uma Igreja nova, quase reinventada de dentro na sua constituição, no dogma, nos seus costumes e no direito" [4]. Contudo, nem São Josemaria nem Paulo VI se deixaram paralisar por esses problemas. Em vez de seguir a via das mulheres que choravam pelo caminho do calvário, seguiram o exemplo de Verônica, reparando as ofensas que se cometiam contra o Evangelho. É o exemplo que todos deveríamos seguir: "Verônica correspondeu ao amor de Cristo com a sua reparação; uma reparação admirável, porque veio de uma débil mulher que não temeu as iras dos inimigos de Cristo" [5]. Eis o exame de consciência que deveríamos fazer: "Imprime-se na minha alma [...] o rosto de Jesus, como no véu de Verônica?" [6].

Infelizmente, diante da crise da Igreja, muitos são arrebatados pela amargura, pelas profecias do desespero, "que anunciam acontecimentos sempre infaustos, como se estivesse iminente o fim do mundo". A tudo criticam, a tudo condenam, por tudo se encolerizam, sem, no entanto, mudarem de vida. Não percebem as palavras do apóstolo: "Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações" (Tg 1, 2). Ao contrário, caem no sentimentalismo das pobres mulheres e na cegueira dos discípulos de Emaús. E é justamente isso o que o diabo deseja, porque sabe que um povo sem esperança é um povo sem perspectiva, que sai do fronte de batalha mesmo antes de ela começar, por já se considerar um perdedor.

Certa vez, um sacerdote que murmurava pela tibieza de sua paróquia foi se aconselhar com São João Maria Vianney. O Cura d'Ars lhe perguntou: "Pregou? Rezou? Jejuou? Utilizou as disciplinas? Dormiu no chão? Se ainda não fez isso, não tem o direito de se queixar". Ora, Vianney aconselhava o sacerdote amigo a partir de sua própria experiência no vilarejo de Ars. Contam os biógrafos do santo que, antes de sua chegada, Ars era um local de verdadeira ignorância religiosa. Trabalhava-se aos domingos, frequentava-se bailes e tabernas, blasfemava-se sem qualquer temor e decência. E quais foram as armas de São João Maria Vianney para vencer a tudo isso? As armas do Evangelho: "Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum" (Mt 17, 20). Em menos de seis anos, Ars já não era mais a mesma.

A Igreja tem de viver a Paixão, sabemos, como Cristo viveu a sua. Somos chamados a enxugar o seu rosto e as suas chagas, do mesmo modo que fizeram Santa Verônica, São Josemaria, São João Maria Vianney e tantos outros santos ao longo desses dois mil anos de história. Pois a "prova da vossa fé produz a paciência [...] a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma" (Tg 1, 3).



Referências

  1. Pio XII, Carta Encíclica Haurietis aquas, 15 de maio de 1956, n. 21
  2. Catecismo da Igreja Católica, 1763
  3. Andrés Vázquez de Prada, O Fundador do Opus Dei, Vol. III. São Paulo: Quadrante, 2004, pp. 541
  4. Idem
  5. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus: Meditações para cada dia do ano. Vol. II. São Paulo: Quadrante, 2011, pp. 217
  6. Idem

domingo, 19 de julho de 2015

Bento XVI recebe mais um doutorado Honoris Causa


Castel Gandolfo, sexta-feira, 3 julho de 2015: Bento XVI recebe doutorado Honoris Causa da Pontifícia Universidade João Paulo II e da Academia de Música de Cracóvia.
Juntos novamente: na imagem, Bento XVI, seu fiel secretário George Gaiswen e o general Domenico Giani, comandante da Gendarmeria, chefe da segurança do Pontífice.
Imagem: L’Osservatore Romano.

sábado, 18 de julho de 2015

O deliqüente espancado, a capa ideológica e a Prudência.


A prudência é a virtude mais necessária à vida humana, pois viver bem consiste em agir bem. Ora, para agir bem é preciso não só fazer alguma coisa, mas fazê-lo também do modo certo, ou seja, por uma escolha correta e não por impulso ou paixão. Como a escolha visa aos meios para se conseguir um fim, para ser correta exigem-se duas coisas: o fim devido (debitum finem) e os meios adequados a esse fim … Quanto aos meios adequados a esse fim, importa que o homem esteja diretamente disposto pelo habitus da razão, porque aconselhar e escolher, que são ações relacionadas com os meios, são atos da razão. É necessário, pois, haver na razão alguma virtude intelectual que a aperfeiçoe, para que proceda com acerto em relação aos meios. Essa virtude é a prudência, virtude portanto necessária para bem viver." Suma Teológica P I-II,q.57

Santo Tomás de Aquino expõe-nos os princípios metafísicos da Prudência, uma das nobilíssimas virtudes cardeais, como sendo princípios necessários para bem escolhermos os meios adequados para obtermos êxito em determinado fim. 

Até que ponto, nossas escolhas estão ou não eivadas das mais inflamadas paixões? Nossas capacidades de retamente julgar nas ocasiões que nos exigem uma ação mais concreta e enfática podem estar obnubiladas pelas paixões?

Sim, pode. Aristóteles, na sua "Ética a Nicômaco",  ao falar da Temperança, fala da subordinação que as faculdades Racionais devem exercer sobre as faculdades irascíveis.

Notadamente, há na humanidade um desequilíbrio nestas duas faculdades, que quando em harmonia, nos auxiliam no "escolher retamente" os meios para melhor realizarmos as mais simples operações cotidianas.

O cristianismo tem uma reposta para este desequilíbrio entre razão e ira: o Pecado Original. Antes da queda de Adão e Eva por instigação da serpente maldita, o Homem (ha - Adam), era dotado de dons magníficos, dons preternaturais, e dentre estes, estava o reinado do dom da Integridade, dom este que lhes conferia absoluta harmonia entre a razão e os apetites sensitivos. (Gen 3,15)

Caídos nossos primeiros pais, a humanidade não mais conteve o mais breve e discreto vento de ira sobra a sua alma, e arderam-se de ódio uns contra os outros, e isto é absolutamente constatável pelo primeiro Fratricídio da História: O assassinato de Abel, pelas mãos de Caim. 

Podemos também agir com prudência, quando ao olharmos os fatos do passado, os pomos em paralelo com os acontecimentos hodiernos, para daí auferirmos algo, mesmo que breve, do futuro. Não se trata absolutamente de adivinhação ou vidência sensacionalista, mas previsões baseadas em evidências postas em acareação. 

Pois bem. Há alguns dias, fui surpreendido, ainda pela manhã, com a audaciosa e desonesta capa do jornal EXTRA, onde era noticiada a delapidação de um delinqüente que ao ser abordado assaltando um estabelecimento comercial, foi espancado até a morte, por uma população enfurecida. 

Por ser considerado "de direita", algumas pessoas julgam-me coadunante com aquela barbárie, o que de fato não o sou. Antes de ser de "direita" ou "conservador" - como o queiram -ou cristão! 

Sinceramente, assusta-me a possibilidade de que diante da mais ínfima acusação de ter incorrido nos crimes comuns da delinqüência, mesmo que na realidade não tenha cometido crime algum, um cidadão, um indigente ou mesmo um delinquente ipso facto, seja espancado até a morte!

Quero deixar claro que não sou adepto do protecionismo atávico com o qual a Esquerda presenteia a bandidagem, tampouco debulho-me em lágrimas quando algum traficante, utilizando a linguagem jurídico-penal, sofre "auto de resistência", mas creio que pela lógica, dois erros não constituem um acerto. Assassinar temerariamente e justiçamento com as próprias mãos são crimes. Obviamente, isto ,exclui a violência em legítima defesa, o que deve dar-se proporcionalmente ao ataque sofrido.

Recordo-me de um ocorrido datado da Idade das Luzes, quando do medo que causava aos medievos a heresia Cátara. Os cátaros eram adeptos do Maniqueísmo, a existência de dois princípios opostos: o do Bem e o do Mal, onde a alma teria sido criada pelo princípio bom, e a matéria, pelo princípio mal. Portanto, tudo o que gerava a matéria também era mal. Tal era a sanha dos cátaros contra a matéria e tudo o que gerava a matéria, que começaram a linchar mulher grávidas, pelo simples fato de estarem gerando matéria em seus ventres. Não bastasse essa barbaridade, a simples suspeita de uma mulher estar grávida, ou a simples suspeita de ser alguém cátaro, mesmo que este não o fosse, resultava não raramente em linchamento até a morte. A ação destes facínoras só arrefeceu-se quando da instituição pela Igreja do tribunal do Santo Ofício. Isso mesmo, o Santo Ofício existia para proteger as pessoas, ao contrário do que afirmam os arautos do mais ferrenho iluminismo anticlericalista. 

A capa do referido jornal, porém, era desonesta e ideológica: punha um assaltante; um marginal, que embora não tenha tido direito à julgamento segundo os devidos trâmites legais, não deixava de ser um marginal. Pô-lo como vítima da violência urbana, quando ele mesmo a havia praticado primeiro àquela ocasião é intelectualmente desonesto. Pior ainda, foi pô-lo em analogia com os negros que sofreram sob o jugo da escravidão. São situações diferentes: estes, nada roubaram, mas tiveram suas liberdade roubadas; aquele, roubou, e teve sua vida ceifada.

O que exorto a quem me pergunta sobre o ocorrido é: É prudente olhar para trás nas esteiras do tempo e contemplar que outrora estas práticas não deram certo. É prudente, mesmo sob o arder da fúria, deter o criminoso, quando possível, dar-lhe voz de prisão, e entregá-lo às autoridades, sejam elas competentes ou incompetentes. se incompetentes, e consequentemente coadunantes com a injustiça, tenhamos em nossas alma a certeza de que é melhor sofrer injustiça do que praticá-la.

Precisamos urgentemente de equilíbrio.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...

* Perdoem-me os erros de ortografia e concordância. Escrevo do celular, e quem tem dedos gigantescos entende o martírio que é digitar nestas benditas e minúsculas teclas... assim que puder, os corrijo.




quinta-feira, 16 de julho de 2015

Sobre a Consagração Total à Santíssima Virgem Maria


Perguntaram-me alguns amigos, o que era de fato a consagração total à Santíssima Virgem Maria, e qual seria a melhor forma de torná-la uma concreta vivência. Ocorreu-me num instante, tais palavras. Ei-las:

"A consagração Total à Santíssima Virgem Maria é um cheque em branco e assinado que damos à Nossa Senhora; ela decide o valor a ser posto no cheque!

É um contrato em branco assinado por quem se consagra, onde Ela escreve com suas purissimas mãos, as cláusulas que irão salvar-nos a alma no derradeiro julgamento! 

É um livro com as paginas dos últimos capítulos em branco,  onde deixam os consagrados que Ela escreva o resto das narrativas de sua caminhada rumo à Jesus Cristo.

A Consagração é,  em última análise,  viver radicalmente a Divina Providência em nossas almas, enquanto andamos pelos terrenos pedregosos das estradas rumo ao Céu!"

Salve Maria Santíssima

sábado, 11 de julho de 2015

O Santo Padre, o Comuno-indio-cocaleiro e o presente maldito: a Prudência do Papa contra a astúcia de Satanás!

Percorreram o mundo das redes sociais, as famigeradas imagens nas quais o Santo Padre, Sua ( e minha..rs..) Santidade, Papa Francisco, é presenteado com um tosco, bizarro e afrontoso presente: Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado sob a Foice e o Martelo, símbolo do mortífero comunismo.

Mal as fotos caíram na rede, logo pulularam centenas de milhares de “vaticanólogos”, “papólogos” e tantos “ólogos” quantos se possam pensar, alcunhando o Santo Padre de Comunista, Adulador de genocidas, dentre outros epípetos e alcunhas estapafúrdias. Fico intrigado com a capacidade que as pessoas possuem de emitir pareceres definitivos sobre temas delicados, sem a devida meditação, oração e discernimento.

Deixa-me igualmente intrigado, a quantidade de “Prefeitos da Congregação para a Doutrina de Fé”, que ex-nihilo surgem, emitindo as mais veementes sentenças sobre – vejam que loucura! – o Sumo Pontífice!

Obviamente que este que vos fala também encontra-se entre os que precisam meditar, orar e clamar ao Espírito Santo o devido discernimento das coisas, mas me ocorrem algumas reflexões as quais gostaria de humildemente partilhar.

O que esperavam os “ólogos” de serviço nos plantões dos tribunais das redes sociais que fizesse o santo Padre? Que cuspisse, quebrasse ou rejeitasse o presente?

Ora amigos, sabemos que o comuno-maluco-índio-cocaleiro-presidente da Bolívia, Evo Morales, há muito quer a Igreja banida das terras bolivianas para levar a diante seu projeto Socialista, seguindo à risca as instruções de Karl Marx. Ora, o que aconteceria com os católicos da Bolívia, caso o Papa, no fechar das cortinas de sua visita à Bolívia, quebrasse, cuspisse, ou rejeitasse diante das câmeras e do mundo, o maldito presente?

Na minha concepção - e aqui deixo claro que posso estar equivocado, porém, parece-me o mais acertado – o que o índio-comuno-maluco pretendia era criar um incidente diplomático, para ter fundamentos para cortar relações com a Santa Sé, e acirrar a perseguição aos católicos bolivianos. Logo, neste caso, creio que o Santo Padre foi prudente.

Se refletirmos com carinho, o mesmo aconteceu com Pio XII, porém em outras circunstâncias. Alguns acusam Pio XII de ter silenciado diante da barbárie Nazista sobre os Judeus. Porém, estudos minuciosos, expostos nos livros de Gordon Thomas e de Andreas Tornieri sobre o “Papa dos Judeus” (ou “Os Judeus do Papa”, como o faz Thomas), mostram que Pio XII não rechaçou Hitler publicamente, como certamente seu coração o impulsionava, devido ao receio que se acirrasse ainda mais o derramamento de sangue de Católicos e Judeus. Porém, os livros relatam que Pio XII promoveu a maior ação de acolhimento de Judeus perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial.

Ora, pergunto-me novamente: o que aconteceria com os católicos da Bolívia, caso o Santo Padre reprovasse publicamente o maldito presente?

Outrora, também Pio XI teve que ceder a acordos com Mussolini, o Tratado do Latrão, em nome da diplomacia. Parece-me que esquecem os “ólogos” de antenas ligadíssimas, que o Vaticano além de sede da Igreja de Cristo, é também um estado soberano com representações diplomáticas em quase todos os países do mundo, e que sua relação com esses países, influencia diretamente sobre a vida dos católicos daquele país. De maneira que administrar a Igreja Universal não é o mesmo que administrar uma paróquia provinciana.

Além do mais, há algo nesta história que fala mais do que palavras... isto:

E isto:


 E isto:


Tanto no vídeo, quanto nas fotos, o Papa fica visivelmente perplexo!


Como muito acertadamente expõe o blogueiro Jorge Ferraz, no seublog Deus lo Vult! :

 “O olhar de desprezo de Sua Santidade diante da paspalhice do boliviano cocaleiro é a mais eloquente declaração anticomunista que o Papa Francisco poderia dar. E, ao contrário do que acontece com entrevistas, diante de cara feia não dá pra tergiversar, pra distorcer, pra suscitar conflito interpretativo nem nada do tipo.

O semblante sisudo é inequívoco, universalmente compreensível, insofismável. O sorriso aguado posterior, protocolar, não elide a força do símbolo desta cara de desgosto. Aqui está a imagem que vale mais do que mil palavras. Aqui está o tratamento de asco e repulsa que o comunismo merece. Às claras, sem ruído, sem margem para má interpretação.”

E continua o Blogueiro:

“Porque, como muitos argutamente perceberam, sob uma determinada ótica a escultura é até apropriada: de fato, há mais de século a foice e o martelo vêm pregando Cristo na Cruz.”

Obviamente a citação acima representa uma troça com o ocorrido, mas que fala da histórica saga da Foice e do Martelo tentando destruir o sentido da Cruz.
Na verdade, creio que a guerra é contra a Cruz de Cristo. Sempre foi e sempre será!

Quanto a mim, prefiro - ao invés de murmurar e lançar anátemas contra o Papa - rezar pelo seu reinado e confiar no FATO de que a Bem-Aventurada Sempre Virgem Maria, (Aquela a qual sob os pés o Santo Padre depositou o "ícone de lúcifer" com o qual foi presenteado) SEMPRE cuida com exímia destreza materna, do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja. 

Ela, a esmagadora das heresias tem experiência em esmagar serpentes: o Papa não poderia ter deixado o tal objeto em lugar melhor!

 Viva o Papa!

Salve Maria Santíssima.