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sexta-feira, 27 de maio de 2011

A justiça de Nero


Quando pessoas supostamente ofendidas pelas palavras de um articulista se reúnem para mover um processo contra ele, pode ser que tenham intenção legítima. Quando, porém, planejam a instauração simultânea de milhares de processos separados, então o intuito, claramente, é o de arruinar a vida do réu, paralisar pelo terror quem pense como ele e, sobretudo, pressionar a opinião pública. No caso do bombardeio de ações judiciais arquitetado pelo movimento gay contra Dom Eugênio de Araújo Sales, a Defensoria Homossexual de São Paulo não esconde seu propósito de utilizar a justiça como instrumento de coação. "Na Argentina esse procedimento funcionou muito”, afirma um dos promotores da iniciativa: “Os grupos escolhiam cerca de cinco inimigos (julgados ‘homofóbicos') e abriam processos dizendo-se pessoalmente ofendidos. Isso fez o Legislativo enxergar a comunidade como um grupo muito bem articulado para prejudicar a imagem dos políticos e do país.” Não se trata, pois, de uma legítima reparação de danos, e sim de um ato publicitário destinado a chantagear um terceiro.
Mas isso não é tudo.
O que Dom Eugênio escreve é o que está na Bíblia, é o que a Igreja vem repetindo há dois mil anos e o judaísmo há cinco mil. São idéias que educaram a espécie humana e criaram civilizações inteiras. Ele não inventou nada disso e não aderiu a isso por diversão nem cobiça. Aderiu porque acreditava que as lições da Bíblia eram para o bem da humanidade, que justificavam uma vida de esforços ascéticos e o supremo sacritífio do celibato.
Já seus detratores falam em nome do que? Do homossexualismo. Que é homossexualismo? É uma “opção”, como eles mesmos dizem, um modo entre outros de obter gratificação sexual. Afeição entre indivíduos do mesmo sexo não configura homossexualismo. Este só entra em cena quando ao menos um dos envolvidos vê o corpo do outro como objeto de desejo e sonha em entregar-se com ele a práticas homoeróticas. Mesmo supondo-se que essas práticas sejam perfeitamente decentes, ninguém pode alegar que se dedica a elas por abnegação, por idealismo ou por qualquer outra razão meritória. Ninguém faz essas coisas para dar de comer aos pobres, amparar os aflitos, socorrer os doentes ou dar aos moribundos a esperança da ressurreição – ninguém as faz por aquelas razões que levam um ser humano a tornar-se padre, rabino, pastor. Faz porque acha gostoso, e ponto final. E toda escolha de gosto implica, como corolário incontornável, a liberdade de não gostar. A liberdade de achar ruim, feio e repugnante aquilo que os homossexuais acham bom e lindo e delicioso. Por definição, o que é objeto de desejo para um pode ser motivo de repulsa para outro. Querem ver?
“Um nojo. Uma aberração. Me dá vômito. Por que não vão fazer isso em outro lugar? Não vim aqui para ver uma coisa dessas.” Se você dissesse isso de dois barbudos vistos aos beijos e afagos num shopping center , diante de velhinhas e crianças, não escaparia de ser denunciado como criminoso. No caso citado, não há perigo de que isso aconteça: colhi essas palavras num site de homossexuais, proferidas contra as travestis e transexuais que pretendiam -- audácia! -- ser admitidas no recinto sacrossanto das saunas gays , ofendendo a delicada sensibilidade visual dos homossexuais ortodoxos. Comentando a disputa, o sr. Luiz Mott, do Grupo Gay da Bahia, afirma que ambos os lados são “igualmente respeitáveis”. A expressão de repulsa, como se vê, é uma atitude decente quando brota da preferência sexual. Se vem de convicções morais ou do amor a Deus, é um crime.
Por absurda que seja essa situação, ela não é uma novidade na História. No tempo de Nero e Calígula, as diversões homossexuais dos imperadores estavam sob a proteção da lei, enquanto o cristianismo e o judaísmo mal eram tolerados.
Esse padrão de julgamento ainda não é instituição no Brasil, mas o critério moral que o inspira já é dominante na nossa cultura. Quando uma nova moral se dissemina entre as classes letradas, tornar-se lei é apenas questão de tempo. Ainda viveremos sob a justiça de Nero. 

Olavo de Carvalho - O Globo, 24 de julho de 2004

Ahhh... a “Modernidade moderna.”


Não é novidade que o mundo moderno, ultimamente, tem mudado bastante e numa velocidade espantosa. Analisando estas mudanças, do ponto de vista da utilidade, podemos afirmar com segurança que boa parte destas mudanças vieram para melhor:
- A medicina está tão avançada que a expectativa de vida de um ser humano, hoje, aumentou assustadoramente para mais de 70 anos. Os que conseguem seguir à risca todas as recomendações de saúde prescritas e recomendadas, conseguem chegar à 90 anos sem maiores transtornos;
- O poderio bélico atual é uma realidade que seria inimaginável 50 anos atrás. Hoje é possível destruir uma cidade ou uma formiga, com uma precisão cirúrgica, sentado em uma poltrona do outro lado do mundo;
- A comunicação com certeza foi a que mais demonstrou avanço nas últimas décadas: internet, redes sociais, GPS, quase tudo hoje em dia se faz online, até brincar;
Em suma, devemos ser gratos por todos os benefícios que o mundo moderno nos proporcionou com as suas constantes mudanças.
Entretanto, me permito avaliar estas mesmas mudanças de outros pontos de vista. Sobretudo do ponto de vista moral. Sim, pois de que adiantaria, por exemplo, adquirirmos um avanço tecnológico espantoso, se este mesmo avanço representasse um retrocesso nos nossos costumes, de tal sorte que comprometesse o nosso bem estar pessoal ou coletivo?
“No microscópio”... reduzamos o nosso universo imaginário a um campo menor, para que possamos, com exemplos simples, vislumbrar com maior precisão:
Imaginemos, por exemplo, uma tribo silvícola, de costumes rústicos e simples, na qual ocorrem constantes conflitos por posse territorial e hierarquia. Estes conflitos estariam gerando sempre alguma violência; mortes inclusive. Diante deste quadro, qual seria a consequência de uma mudança (avanço) tecnológica do poderio bélico desta tribo? Certamente, os conflitos se intensificariam, gerando mais violência, mais mortes, etc. O que, em suma, representaria um retrocesso no processo civilizatório daquela tribo.
Da mesma forma, se fosse uma nação cujos avanços científicos na medicina levassem a um descuido com a saúde. “Já que a existe cura para tal doença, descuidemos de preveni-la.”, poder-se-ia pensar, imprudentemente.
Da mesma forma, um mundo em que a facilidade de comunicação levasse a constantes espionagens, motivando conflitos internacionais. Ou o oportunismo de alguma nação, diante da ampla divulgação de um ponto fraco de outra nação.
De fato, as mudanças sempre tiveram e sempre haverão de ter pontos positivos e negativos. Neste sentido, podemos avaliar a nossa sociedade hoje e verificar o que há de positivo (como já fizemos) e de negativo nas mudanças e avanços modernos. Seria um trabalho gigantesco, de quase infinitas páginas, apontar meticulosamente todos os problemas da sociedade moderna. Assim, reflitamos sobre um em especial, unicamente do ponto de vista moral.
Poderia ser considerado um avanço a quantidade de universidades que existem hoje. Qualquer um, sem observar o contexto, pensaria matematicamente: “Mais universidades = melhor ensino, melhor cultura, melhor a educação da população”. Só que, na prática, não é bem assim. A quantidade nunca foi sinônimo de qualidade. Assim como a opinião da maioria nunca constitui uma verdade. ("Ainda que um milhão de pessoas diga ou faça uma bobagem, continua sendo uma bobagem." - Voltaire).
Hoje, pelo menos no Brasil, existe um fenômeno chamado “Indústria das universidades”: a necessidade de capacitação do brasileiro era tão grande nos anos 80 que fez, então, os oportunistas de plantão encontrarem um “nicho”: o ensino superior de fácil acesso ao cidadão de média renda. O que deveria ser uma iniciativa pública, um dever moral de preparar intelectualmente a próxima geração, acabou se tornando um comércio, muito lucrativo. E no comércio, como sempre foi, “o cliente sempre tem razão”. Traduzindo: “Pagou! – Passou!”. Nas universidades públicas não é muito diferente. O critério de seleção é tão exigente que somente os alunos de classe média/alta, que podem pagar por um ensino melhor, são capazes de alcançar uma aprovação em processo seletivo. Uma vez dentro da universidade, seja pública ou privada, imagina-se que os alunos, pelo menos, receberiam o tão esperado ensino de qualidade, o diferencial em suas carreiras. Nada disso! O que eles recebem é uma lavagem cerebral pró-sistema. Todo tipo de bobagem é incutido na mente dos alunos, de forma sutil e gradual, sem que eles se dêem conta, tornando-os verdadeiras mulas que, já no presente, servem para puxar a carroça da ignorância coletiva. E o nome da sua classe passa a se chamar: “Massa de manobra” (social).
O resultado deste “avanço” quantitativo não poderia ser outro: uma geração de débeis mentais, que não conseguem pensar sozinhos, seguem a “vibe” das suas “tribos”: não estudam de fato. Sequer lêem coisas úteis, que dirá livros: estes nunca mesmo. Começam e terminam o curso falando “pobrema” e não conseguem nem mesmo escrever uma redação que faça sentido do início ao fim. Uma geração edonista, viciada em si mesma, escrava de prazeres de todos os tipos; não conseguem sequer conceber o altruísmo de sacrificar o seu conforto por um objetivo maior. Incapazes de discutir um assunto qualquer, por mais trivial que seja, sempre recorrendo a opiniões pré-formadas pela maioria ignorante (vulgarmente conhecida como filósofos de boteco) e atacando pessoalmente (ad hominem) quem ousa discordar de suas elucubrações sem sentido. Uma geração sem elam para lutar por interesses coletivos, só pensam em sexo 24 horas por dia. Não aceitam ser contrariados, não reconhecem as autoridades pré-constituídas, não respeitam as regras mais antigas do que eles, antes as carimbam com seu selo de “atrasado” ou “retrógrado”, e propõem uma alternativa que lhes convém, segundo seus prazeres pessoais. 
Não lhes importa minimamente (pois não conseguem enxergar a esta distância) as consequências de suas ideologias para o coletivo, ou à longo prazo. Se os privamos de sexo, por questão de equilíbrio moral, pelo menos a partir dos 14 ou 15 anos, se transformam em bestas apocalípticas indomáveis, destruindo a tudo e a todos que se interpõem em seu caminho. Acabam aprendendo a profissão “na mímica” dos estágios obrigatórios, em que só se aprende o mecânico (quando chega a isso) e não se vai além, com as pesquisas próprias do ambiente universitário. A música que estes mesmos jovens ouvem nem merece considerações; as letras de “funk” falam por si próprias. Não é de se espantar que não se conheça mais figuras do calibre de: Machado de Assis, Guimarães Rosa, Rui Barbosa, Fernando Pessôa. Eles até existem, mas permanecem no ostracismo de seus próprios blogs, colunas em pasquins; ou nem isso.
De um modo geral, se por um lado mais pessoas estão tendo acesso a universidades e formação “superior”, por outro lado o nível da formação caiu demais devido a fatores externos: interesses extra-classe que se aproveitam levianamente do crescimento demográfico dos universitários. Esta é, claramente, uma conseqüência ruim de um “avanço” social moderno.
Mas eu iria além; diria até que um “avanço” de qualquer natureza, que corresponda a um retrocesso moral, não é avanço em absoluto!
No caso em questão seria preferível moralizar as universidades; afim de que fosse garantido o ensino de verdadeiro nível superior. É claro que, para que isto acontecesse, seria preciso uma moralização geral da sociedade, desde os maiores cargos públicos até os bons costumes, que dão a referência de bom, mau, certo e errado à sociedade.
Mas o que seriam bons costumes? Certamente a sociedade moderna emitiria algum grunhido que fosse objetivamente os seus interesses individuais materiais. Certamente não têm a capacidade de legislar em causa própria. Então, qual seria a solução?
É patente na história da humanidade que toda sociedade necessita de uma referência, um substrato moral que indique o caminho mais adequado, justo e equilibrado. Este papel sempre foi exercido pela religião. Não digo qualquer religião, mas uma religião de verdade, que tenha pelo menos as características básicas para ser reconhecida como religião.
A sociedade moderna não reconhece a religião como uma necessidade social. Antes, a rebaixa ao nível da frivolidade que é própria dos histriônicos que, por ainda não terem se tornado 100% ateus, conservam ainda algum resquício de temência a um suposto ser superior, barbudo, sentado num trono em meio às nuvens, vigiando cada passo que damos aqui em baixo.
A religião é uma necessidade, sobretudo para a sociedade moderna, que caminha a passos largos, mas não faz ideia de “pra onde”: Deixai-os! São cegos guiando cegos. Ora, se um cego guia outro cego, os dois caem no buraco”. (Mateus 15, 14)
Vamos procurar entender porque a religião é tão necessária a uma sociedade:
Pelo princípio de que a natureza não frustra, ou seja - que não existe necessidade num ser que não corresponda a algo na natureza que supra esta mesma necessidade - precisamos reconhecer que a aspiração ao transcendente, comum em todas as sociedades humanas na história, só pode ser uma necessidade básica humana. A ideia de “Estado Laico” é absurda; simplesmente não existe tal coisa. Nunca houve na história uma sociedade que não tivesse, pelo menos em sua cultura, uma religião que tivesse como finalidade corresponder a esta necessidade humana básica pelo transcendente.
Historicamente, as religiões que obtiveram sucesso em suprir estas necessidades humanas são aquelas que apresentaram as seguintes características, segundo Luiz Gonzaga de Carvalho Neto:
- O conceito de Absoluto: limitar a ação humana segundo uma justiça;
- O conceito de Justiça: definição de certo e errado, seguindo parâmetros naturais;
- O conceito de Morte: resposta para este fenômeno irreversível, pressupondo a imortalidade da alma humana;
Uma religião, portanto, se faz necessária quando corresponde à estas características. Gerando no homem as seguintes aspirações, ou “inclinações religiosas”:
- A Curiosidade Intelectual;
- O Amor pelo Bem;
- O Temor do Sofrimento;
Enfim, a necessidade de uma religião vem de uma necessidade básica humana. Logo, as sociedades não deveriam ignorar que ao negligenciar a importância de uma religião que oriente os seus costumes, está fadada ao caos, pois perderá sua finalidade; não saberá mais para onde está indo.
Como diria o sábio iluminista: “Não importa aonde já chegou, mas onde está indo. Porém, se não sabes onde está indo, qualquer lugar serve.” (William Shakespeare)
Nunca foi prudente caminhar às cegas. Certamente é um perigo para a sociedade atual continuar com suas evoluções amorais, sem um objetivo claro que a defina como sociedade humana que busca a realização ontológica de seus integrantes.
Particularmente, não vejo opção melhor que o Cristianismo. Esta religião já provou para o mundo que é capaz de sustentar uma civilização inteira através das sólidas bases morais com as quais ajudou a construir a civilização ocidental. Neste sentido, recomendo insistentemente a obra de Thomas E. Woods Jr.: http://migre.me/4DZdu. É de cair o queixo!
Além disso, é a única religião que possui o suporte sustentáculo mais forte de todos, um que nenhuma outra religião ainda ousou apresentar: O próprio Deus, que se fez homem e falou conosco diretamente sobre a finalidade para a qual nos criou.
Nas palavras de sábio apóstolo está a orientação para quem deseja se encontrar na grande confusão do mundo moderno, que avança desenfreadamente, ao mesmo tempo em que regride: 
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito”, diz o Senhor através de Paulo (Romanos 12, 2).
Deus abençoe a todos!

PAX CHRISTI
Severus Máximus.
severuscm@gmail.com

terça-feira, 24 de maio de 2011

Enfim alguns olhos começam a se abrir...

A música diz sobre o martírio dos apóstolos. Primeiro nos diz que Tiago morreu à espada, até aí tudo bem, pois é bíblico (Atos 12,2). Depois nos diz que João foi jogado num caldeirão de óleo quente, mas de onde ela tirou esta informação? Em momento nenhum a Bíblia nos diz isso. Esta informação nos é dada pela Tradição da Igreja. Aqui temos uma forte contradição, pois os protestantes dizem que só acreditam no que está escrito na Bíblia...

Depois ela nos diz dos mártires mas tem um pequeno problema, todos os mártires da Igreja antiga eram católicos...
Após algumas palavras sobre o desejo dela de ser mártir, ela pega um livro verde chamado "Padres Apostólicos" da editora Paulus. Tanto o livro quanto a editora são católicos.
Ela, após mostrar o livro, cita o nome de alguns dos primeiros cristãos que são citados no livro. Vamos analisar cada um dos nomes.
  1. Clemente Romano ou Clemente de Roma ou Clemente I: Foi o 4º papa. Sucedeu Santo Anacleto na Igreja de Roma. Ele é o autor da carta da comunidade de Roma à comunidade de Corinto. A carta revela a existência da nítida e forte consciência do direito que a Igreja de Roma já possuía de intervir nas questões internas de outra comunidade.
  2. Inácio de Antioquia: Ele quem chama a Igreja de Católica pela primeira vez em 107 d.C. aproximadamente. Em sua carta aos esmirnenses diz: "Onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus também nos assegura a presença da Igreja católica".
    Além disso, ele diz em suas cartas aos Romanos: "Inácio, também chamado Teóforo, à Igreja que recebeu misericórdia pela grandeza do Pai altíssimo e de Jesus Cristo Seu Filho único, Igreja amada e iluminada pela vontade d’Aquele que escolheu todos os seres, isto é, segundo a fé e a caridade de Jesus Cristo nosso Deus, ela que também preside na região da terra dos romanos, digna de Deus, digna de honra, digna de ser chamada bem-aventurada, digna de louvor, digna de êxito, digna de pureza, e que preside à caridade na observância da lei de Cristo e que leva o nome do Pai"
  3. Policarpo de Esmirna: Policarpo foi bispo da Igreja Católica de Esmirna. Não se sabe muito sobre a vida deste bispo, sabe-se por Santo Irineu que Policarpo teve contatos com um "João" que muitos diziam ser o Apóstolo.
    Sabe-se ainda que, por volta de 160 d.C., Policarpo foi a Roma para conferenciar com o Papa Aniceto "sobre uma questão concernente à Páscoa" (Eusébio de Cesaréia, Histórias Eclesiásticas IV, 14,1).
  4. O Pastor de Hermas: Hermas era um comerciante cristão de condições bem simples. Para Eusébio e Orígenes era o mesmo Hermas que São Paulo cita (Romanos 16,14).
    Hermas escreveu uma obra chamada "O Pastor de Hermas" que segue o padrão apocalíptico. É uma obra de forte chamado a penitência.
  5. Pápias: Foi bispo de Hierápolis na Frígia, sua cidade natal. É autor de "Explicação das sentenças do Senhor" que exerceu considerável influência sobre Irineu, Hipólito e Vitorino de Pettau. Desta obra existem apenas 13 fragmentos conservados por Irineu e Eusébio de Cesaréia. Pápias dedicou sua obra à exegese das palavras e dos atos do Senhor.
    Segundo Irineu, Pápias era um personagem "muito arcaico", adepto de João e contemporâneo de Policarpo. Segundo Eusébio, era um pensador fraco e sustentava muitas idéias judeu-cristãs.
Após ela citar estes nomes, ela lê "Martírio de São Policarpo", atribuido a "Piônio de Esmirna" que morreu em 250 d.C. aproximadamente. A introdução diz: "A Igreja de Deus que vive como estrangeira em Esmirna, para a Igreja de Deus que vive como estrangeira em Filomélio e para todas as comunidades da santa Igreja católica que vivem como estrangeira em todos os lugares. Que a misericórdia, a paz e o amor de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo sejam abundantes."
Note que ela diz: "Irmão, naquela época não tinha igreja Protestante. Glória a Deus, Aleluia. Vamos aprender com nossos Pais"
Então vamos ver o que podemos aprender com esta carta sobre o Martírio de São Policarpo.
No capítulo IX a XI lê-se uma das passagens mais lindas desta carta. Policarpo, após ser preso, é interrogado pelo procônsul:
Levado até o procônsul, este lhe perguntou se ele era Policarpo. Respondeu que sim. E o procônsul procurava fazê-lo renegar, dizendo: "Pensa na tua idade", e tudo o mais que se costumava dizer, como: "Jura pela fortuna de César! Muda teu modo de pensar e dize: 'Abaixo os ateus! (Abaixo os Cristãos)'". Policarpo, contudo, olhava severamente toda a multidão de pagãos cruéis no estádio, fez um gesto para ela com a mão suspirou, elevou os olhos e disse: "Abaixo os ateus! (Abaixo os pagãos)"
O chefe da polícia insistia: "Jura, e eu te liberto. Amaldiçoa o Cristo!" Policarpo respondeu: "Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e ele não me fez nenhum mal. Como poderia blasfemar o meu rei que me salvou?"
Ele continuava a insistir, dizendo: "Jura pela fortuna de César!" Policarpo respondeu: "Se tu pensas que vou jurar pela fortuna de César, como dizes, e finges ignorar quem sou eu, escuta claramente: eu sou cristão. Se queres aprender a doutrina do cristianismo, concede-me um dia e escuta." O procônsul respondeu: "Convence o povo!"
Policarpo replicou: "A ti eu considero digno de escutar a explicação. Com efeito, aprendemos a tratar as autoridades e os poderes estabelecidos por Deus com o respeito devido, contanto que isso não nos prejudique. Quanto a esses outros, eu não os considero dignos, para me defender diante deles."
O procônsul disse: "Eu tenho feras, e te entregarei a elas, se não mudares de idéia." Ele disse: "Pode chamá-las. Para nós, é impossível mudar de idéia, a fim de passar do melhor para o pior; mas é bom mudar, para passar do mal à justiça."
O procônsul insitiu: "Já que desprezas as feras, eu te farei queimar no fogo, se não mudares de idéia." Policarpo respondeu-lhe: "Tu me ameaças com um fogo que queima por um momento, e pouco depois se apaga, porque ignoras o fogo do julgamento futuro e do suplício eterno, reservado para os ímpios. Mas por que tardar? Vai e faze o queres."
São Policarpo era um homem tão santo que "mesmo antes do martírio, ele já fora constantemente venerado pela sua santidade de vida" (Martírio de São Policarpo, XIII.2)
São Policarpo, estando no meio da pira, fez uma oração que dizia "Senhor, Deus todo-poderoso, Pai de teu Filho amado e bendito, Jesus Cristo, pelo qual recebemos o conhecimento do teu nome, Deus dos anjos, dos poderes de toda criação, e de toda geração de justos que vivem na tua presença!
Eu te bendigo por me teres julgado digno deste dia e desta hora, de tomar parte entre os mártires, e do cálice de teu Cristo, para a ressurreição da vida eterna da alma e do corpo, na incorruptibilidade do Espírito Santo. Com eles, possa eu hoje ser admitido à tua presença como sacrifício gordo e agradável, como tu preparaste e manifestaste de antemão, e como realizaste, ó Deus sem mentira e veraz.
Por isso e por todas as outras coisas, eu te louvo, te bendigo, te glorifico, pelo eterno e celestial sacerdote Jesus Cristo, teu Filho amado, pelo qual seja dada a glória a ti, como ele o Espírito, agora e pelos séculos futuros. Amém."
Assim que São Policarpo disse Amém, os carrascos acenderam a pira. Milagrosamente o fogo não tocava no corpo de São Policarpo. Então ordenaram ao carrasco que apunhalasse São Policarpo. Feito isto, "jorrou tanto sangue que apagou o fogo. Toda a multidão admirou-se de ver tão grande diferença entre os incrédulos e os eleitos." (Martírio de São Policarpo, XVI.1)
Os cristãos de Esmirna queriam o corpo santo de Policarpo, porém "Ele (o demônio) sugeriu a Nicetas, pai de Herodes e irmão de Alce, que procurrase o magistrado, a fim que ele não nos entregasse o corpo. Ele disse: 'Não aconteça que eles, abandonando o crucificado, passem a cultuar esse aí.' Dizia essas coisas por sugestão insistente dos judeus, que nos tinham vigiado quando queríamos retirar o corpo do fogo. Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestarmos culto a outro.

Nós o adoramos, porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com o rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos!"
Que pena que a vocalista do Diante do Trono não leu esta linda explicação sobre a diferença entre Adoração e Veneração...
No capítulo XVIII lê-se: "Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era de costume. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos, mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-los em lugar conveniente."
Aprendamos com nossos Pais, como diria Ana Paula Valadão. Bem, esta é a Protestante mais Católica que conheço!
Paz e Bem!
 
PAX CHRISTI
Diogo Pitta

segunda-feira, 23 de maio de 2011

“E se...”


 E se a mãe de Jesus, Maria de Nazaré, fosse homossexual? O mundo talvez fosse menos “atrasado” como crêem os adeptos do modernismo? Por onde eu começo?
    Domingo não seria feriado, pois não haveria um Senhor para dedicar uma dia inteiro na semana;
Não existiria o nosso calendário cristão, com feriados específicos nas datas comemorativas da Igreja;
Não existiria o Natal;
Não existiria o Carnaval, a festa profana, um dia antes da nossa Quaresma;
Não existiria a abolição da escravatura, tão comum nos primórdios da humanidade (ô época boa, “avançadíssimos” rs);
Os negros ainda seriam mercadoria, só que valeriam menos do que mulas, e no oriente o contrário;
Os índios e mestiços também;
E as mulheres? Maldita hora em que Jesus defendeu aquela prostituta! Malditas palavras: “Aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra!”. Se bem me lembro, mulheres eram tratadas como cães sarnentos. Só prestavam para serviçais, sexo e procriação (dependendo do seu valor estético). Imagine só, agora elas usam calça, absorvente íntimo, trabalham, votam, têm direitos específicos e podem até (pasmem!) falar sem a autorização do marido.
Não existiriam os escolásticos, e assim também não existiriam as escolas;
Não existiriam as universidades. Ótimo, assim também não existiriam as indústrias dos diplomas e nem as pseudo-autoridades que balançam o canudo pra confirmar qualquer tipo de diarréia mental;
Se os monges beneditinos não tivessem existido, a filosofia grega teria se perdido na invasão dos bárbaros germânicos a Roma. A Igreja não só impediu a destruição do que restou da filosofia grega, como educou e civilizou os bárbaros, que se tornaram, séculos mais tarde, uma das maiores potências da Europa, a Alemanha;
Thomas Woods não seria cristão, logo, não teria escrito a sua grande obra: How the Catholic Church built the western Civilization” (não há de quê! rs);
Imagine se no final das grandes guerras a maior parte da população fosse gay. Ia ser difícil encontrar algum macho que quisesse fecundar uma fêmea em prol da perpetuação da espécie. E vice-versa.
Não existiriam leis baseadas na igualdade de dignidade entre os homens;
Nem o termo sob a proteção de Deus no preâmbulo da nossa Constituição Federal;
Não existiriam os artigos do nosso código penal, inspirados nos 10 mandamentos: 121 (não matarás), 157 (não roubarás), 299 (não mentirás), muito embora os outros tenham sido esquecidos;
Na verdade... pensando melhor... não faria a menor diferença se a mãe de Jesus fosse homossexual, já que ela engravidou do filho de Deus, sem concurso humano, apenas pelo dom do Espírito Santo.
Mas, espere aí... pensando melhor ainda... não podemos nos esquecer que, se ela tivesse gosto pelo mesmo sexo, talvez Jesus seguisse seu exemplo e se interessasse sexualmente pelos seus discípulos homens. Se ela gostasse de orgias e sodomias como as que são comuns em “spots” gays, talvez Jesus tivesse dito aos acusadores da prostituta: “Atire a primeira pedra aquele que estiver com mais libido de bater!”. Se Maria fosse gay, talvez preferisse que seu filho fosse criado numa “religião” mais aberta, não o judaísmo. Uma religião que respeitasse o “direito” da criança de escolher a sua “orientação” sexual. Talvez assim Jesus tivesse “descoberto” a sua “natureza” gay. Que “milagre” seria a descoberta do “3º gênero” nos primórdios da civilização ocidental. Talvez a religião do(a) sr.(a) “beto”, ou do(a) sr.(a) “bofe”.
Não apenas isto, imagine se as mães de tantos outros homens e mulheres que marcaram a história do mundo “saíssem do armário”???
Mahatma Gandhi, Maomé, Sidarta Gautama, Confúcio, Cristóvão Colombo, Martin Luther King, João Paulo II, Albert Einstein, William Shakespeare, Madre Tereza de Calcutá, Mozart, Isaac Newton, São Francisco de Assis, Thomas Edson, Santo Agostinho, Michael Jackson, SÃO JORGE, Pelé, Ramón Valdez, Tancredo Neves, Beethoven, Aristóteles, Dom Pedro I, Charles Chaplin, Ayrton Senna, Pablo Picasso, Abraham Lincoln, Machado de Assis,... até mesmo a mãe de Maria, ou sua avó. E tantos outros... como você e eu.
Mas você, “gaymente”, deve estar pensando: “Mas também não teria existido muita gente ruim: Hitler, Napoleão, VOCÊ...!!!”.
Amiguinho(a), faça uma gentileza a você mesmo(a) e não dê um tiro em seu próprio pé. Se a humanidade tivesse sido privada dessas criaturas pela “falta de heterossexualidade” de seus genitores, isso só seria a prova de que a heterossexualidade é a única forma de gerar “algo”, ainda que seja algo ruim. A homossexualidade é estéril, a não ser pelos malefícios morais e psicológicos que gera aos seus praticantes.
Se for para convencer que a união entre pessoas de gêneros distintos é uma necessidade para a formação da família; célula básica da sociedade, não precisamos nem ir tão longe na história...
... e se a SUA mãe, caro leitor, fosse gay? Será que você teria lido este artigo?

Cordialmente,

Bruno Mourão.

A Resposta Católica: “Orientação a um homossexual”


Padre Paulo Ricardo, como sempre, primoroso no anúncio da verdade, com sua característica atitude de aliar a doçura e a solidez da Sagrada Escritura e da Tradição da Igreja. Orienta com amor de pai, um Jovem atormentado pelo homossexualismo. Padre Paulo Ricardo, Priest Altissimi!

PAX CHRISTI
Diogo Pitta




O fim da farsa contra o Papa Pio XII

Ontem conversava com um conhecido, sobre política e assuntos afins, quando em determinado momento, ele, que diz-se Católico, exclama como veemência; " Meu amigo, sou católico, "praticante", mas cá entre nós, a Igreja amarelou na Segunda Guerra Mundial!!!" 

Muito bem, contra fatos sólidos, não há argumentos, logo, segue abaixo um texto produzido pelo Prof. Felipe Aquino, onde ele desmascara de vez esta "história". Vale Lembrar, que o Católico tem o dever de defender a Igreja  e amar o Papa. 
"Portanto, não temais as suas ameaças e não vos turbeis. Antes santificai em vossos corações Cristo, o Senhor. Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito."
 (I São Pedro 3,15)



Inúmeras vezes o Papa Pio XII tem sido acusado de não ter defendido suficientemente os judeus durante a perseguição de Hitler na Segunda Guerra Mundial. O livro de John Cornwell, “O Papa de Hitler” e a peça de  Rolf Hochhuth, “O Vigário”, ofendem gravemente o santo Padre sem fundamentação histórica, e se caracterizam por faturar muito dinheiro a custa de fabricação de escândalos envolvendo a Igreja. Em 25 de janeiro de 2007 o “NRO Nationalreview”, on line, publicou a matéria: “Moscow’s Assault on the Vatican,
The KGB made corrupting the Church a priority”, por Ion Mihai Pacepa, ex-chefe da espionagem romena, que  confessou recentemente que a onda de acusações ao Papa Pio XII, que começou com a peça de Rolf Hochhuth, O Vigário (1963), e culminou no livro de John Cornwell, O Papa de Hitler (1999), foi de cabo a rabo uma criação da KGB.  

A operação foi desencadeada em 1960 por ordem pessoal de Nikita Kruschev. Pacepa foi um de seus participantes diretos. Entre 1960 e 1962 ele enviou a Moscou centenas de documentos sobre Pio XII. Na forma original, os papéis nada continham que pudesse incriminar o Papa. Maquiados pela KGB, fizeram dele um virtual colaborador de Hitler e cúmplice ao menos passivo do Holocausto. Leia a história inteira cliquando em http://article.nationalreview.com/?q=YTUzYmJhMGQ5Y2UxOWUzNDUyNWUwODJiOTEzYjY4NzI=

Foi nesses documentos forjados que Hochhuth se baseou para escrever sua peça, a qual acabou por se tornar o maior sucesso. John Cornwell mentiu a respeito das fontes da sua reportagem, dizendo que havia feito extensas investigações na Biblioteca do Vaticano, quando as fichas da instituição não registravam senão umas poucas e breves visitas dele. O conteúdo da sua denúncia já estava desmoralizado desde 2005, graças ao estudo do rabino David G. Dalin, “The Myth of Hitler’s Pope”.

O rabino, David G. Dalin, coloca em seu livro dados históricos significativos sobre a relação do Papa Pio XII com o povo judeu em plena segunda guerra mundial. (Zenit.org, 29 ago 06 – Buenos Aires)Convocados pela «Fundação Internacional Raoul Wallenberg» e as organizações não-governamentais inclusive em sua rede «Casa Argentina em Jerusalém» «Interfe Internacional», «Instituto Internacional Angelo Roncalli» e o «Instituto Internacional Souza Dantas», diretivos de diferentes confissões se reuniram para analisar este enfoque apresentado por David G. Dalin em seu livro «O mito do Papa de Hitler: como Pio XII salvou os judeus dos nazistas» («The Myth of Hitler’s Pope: How Pius XII rescued Jews from the Nazis»). O fundador destes centros inter-confessionais,o rabino judeu Baruj Tenembaum, fez uma análise do que significa a aparição de um livro que analisa temas tão polêmicos e sua perspectiva autenticamente judaica. 

Tenembaum é formado pelo Majon Lelimude, Hayahadut, professor de Bíblia e hebreu em diferentes casas de estudo e mestre de rabinos, intelectuais, sacerdotes, pelo que sua opinião constitui o ponto de referência. Foi um dos pioneiros do movimento inter-confessional, pelo que foi distinguido e condecorado pelo Papa Paulo VI e por vários governos. David G. Dalin é historiador, professor em Ave Maria University, ordenado rabino, que dedicou longos anos à investigação do tema. Dalin em sua obra demonstra que Pio XII salvou muitas vidas judaicas durante o Holocausto. Ele cita o agradecimento de Golda Meir, a ministra de Relações Exteriores de Israel, a Pio XII, que enviou uma mensagem ao Vaticano por ocasião da morte do Papa: «Lamentamos, perdemos um servidor da paz. A voz do Papa durante o Nazismo foi clara e em defesa das vítimas». 

Dalin documenta e analisa a trágica deportação dos judeus de Roma a Auschwitz em 1943 e oferece uma análise exaustiva da questão com menções de fontes diversas, inclusive a princesa ítalo-católica Enza Aragona Cortes. O Papa instruiu seu Secretário de Estado, o cardeal Luigi Maglione, que protestou ao embaixador alemão ante o Vaticano, Ernst von Weizsacker. Ante o pedido do cardeal Maglione, o embaixador alemão deu ordens de interromper a deportação; e o Papa instruiu abrir o Vaticano para esconder os judeus de Roma, que se refugiaram em conventos e mosteiros do Vaticano, segundo estas fontes. Graças ao trabalho do Papa, Roma contou com a maior porcentagem de judeus que sobreviveram nas cidades ocupadas pelos Nazistas. 

Dos 5.715 judeus de Roma, registrados pela Alemanha para ser deportados, 4.715 foram acomodados em 150 instituições católicas, e deles, 477 em santuários do Vaticano. O embaixador britânico ante o Vaticano ratifica este fato. O Papa teve uma atitude similar na Hungria através de seu representante, o núncio apostólico Dom Angelo Rotta, que teve um papel decisivo na hora de salvar a vida de 5.000 judeus.

Uma lista de fatos históricos mencionados por Dalin, inclui Bulgária, e em particular a atitude do arcebispo Angelo Roncalli (futuro João XXIII), assim como de outros personagens católicos que salvaram judeus e asseguraram que o fizeram por ordem do Papa. Documenta fatos curiosos, como a nomeação de especialistas no Vaticano a judeus despedidos por Benito Mussolini. Tenembaum declara: «A reiteração retórica não certifica acertos nem garante verdades; nós, os judeus, desejamos recordar e defender a verdade. Toda a verdade e nada mais que a verdade», concluiu. O jornal New York Times publicou em março pp. a seguinte carta do leitor William A. Donohue a respeito do pretenso silêncio do Papa Pio XII frente à perseguição dos judeus movida pelos nazistas:“Ao Editor,O seu editorial de 18 de março a respeito do documento do Vaticano referente ao Holocausto censura o Papa João Paulo II por defender “o silêncio do Papa Pio XII durante o 3º Reich”.

Se Pio se calou durante o Holocausto, por que é que esse jornal se congratulou com ele em 25 de dezembro de 1941 por ser ele a única voz no silêncio e nas trevas que envolvem a Europa neste Natal” ?E por que publicou no ano seguinte outro editorial dizendo que Pio “é a única voz que clama no silêncio de um continente” ?WILLIAM A. DONOHUE, Nova lorque, 18 de março de 1998O missivista é presidente da Liga Católica em prol dos Direitos Religiosos e Civis”.Temos aqui insuspeitos e inequívocos testemunhos em defesa clara do Papa Pio XII, injustamente acusado pelos que não gostam da Igreja. A verdade pode demorar, mas nunca deixa de aparecer; porque o mal se auto-destrói enquanto  o bem se auto-constrói. 

Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino

PAX CHRISTI
Diogo Pitta

Carta para um apóstata.

Uma menagem à todos que dentro da Santa Mãe Igreja, a corrompem, maltratam, tentam em vão destruir a fé Católica e o Papa, enganam, mentem, igualam-se à este mundo tenebroso e seu príncipe, e se fazem lobos em pele de cordeiro. "As portas do Inferno não Prevalecerão sobre a minha Igreja". ( Mt 16,18)
 Inspirado na segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (11, 16-33 et. 12, 1-10).

Então você acha que eu sou louco!? Tudo bem, o seu julgamento a meu respeito também pode ser o meu troféu.
 Mas antes me deixe dizer o que eu penso de você. Não o que Deus sabe, mas o que eu penso. Já que você se vangloria dos seus “achismos” também vou me gloriar dos meus:
 Eu venho te observando há algum tempo... você carrega essa máscara de bom moço(a), ajuizado(a). Não “se queima” com os pagãos que ofendem a sua Igreja, pois quer manter a boa política com todos. Não quer manchar o seu nome por causa de “conceitos retrógrados”, ou “falta de caridade”. Diz por aí “Deus é amor!” como se Deus fosse alguém sem discernimento, que faz vista grossa pra todo tipo de mal, como você faz. É, você mesmo(a); você que já está pensando a meu respeito: “Nossa, como ele é grosso! Não tem Deus no coração!?”.
 Vendo a sua imensa complacência com os que insultam, mentem, pisam e desmoralizam a sua Igreja, não consigo ter outra reação senão pensar: “Puxa, se ele(a) aguenta isso dos pagãos, que o fazem mal, certamente suportará ainda mais de mim, que quero o seu bem!” Mas, surpreendentemente, de mim, que o(a) quero bem, você não suporta nada. Nem que eu me manifeste!
 Talvez você esteja pensando: “Mas os pagãos são ignorantes, merecem a nossa complacência.” E eu, que quero o seu bem, não a mereço ainda mais? E, no entanto, você me trata com dureza.
 Ou talvez você esteja pensando: “Mas os outros estão com o coração fechado, temos que abrir aos poucos, com a paciência que Deus também teve conosco.” Ora, e eu que estou de coração aberto, não mereço ainda mais a sua paciência, em ouvir meu conselho para o seu bem? E, no entanto, você me trata como um louco que não sabe o que diz.
 Ou ainda, pense heroicamente: “Não posso pagar na mesma moeda o que o mundo me faz. Estou dando a outra face.” Ora, se te achas um herói por não revidardes os ataques do mundo, porque também não revidas a minha boa intenção, mas, ao contrário, me tratas exatamente como o mundo te trata?
 Parece que o errado sou eu que quero o seu bem, e certos os que te querem mal.
Pois bem, já que a sua resposta é sempre auto-defensiva, vamos nos comparar:
 Você se acha servo(a) de Cristo por calar a Verdade diante da mentira!? Pois bem, eu sou muito mais por calar a mentira diante da verdade.
 Você se acha temente a Deus por tratar bem o mundo e mal a um profeta!? Pois bem, eu me faço profeta e suporto ser mais um na lista dos que foram assassinados pelos que veio salvar. E sou para o mundo como um pai é para o filho desobediente; não lhe poupo a vara, para que não pereça por falta de repreensão.
 Você se acha muito benevolente e pacífico(a) por tapar os ouvidos para as ofensas e ataques, em prol da sua boa imagem!? Pois bem, quando um verdadeiro cristão se levanta e mostra ao mundo como ele está errado e o critica, o ódio te domina, pois, ao mostrar como você mesmo deveria ter agido, todos vêm que você não passava de um farsante; sepulcro caiado, bonito por fora, podre e vazio por dentro. A sua ira te domina e você investe contra aqueles e Aquele que te derrubou do seu trono de mentiras, assim como foi feito com o “seu” mestre caído.
 Diante disto, sou compelido a dizer que já não vejo diferença entre você e os que são do mundo. Ambos concordam em ideias, ambos concordam em atitudes, ambos atacam a Igreja (cada um do seu modo), ambos maltratam os servos de Deus, ambos pensam conforme a moda, ambos acham que a palavra de Deus é retrógrada, ambos usam a palavra de Deus em seu próprio benefício, ambos a deturpam, ambos crêem mais nos filósofos da moda do que em Jesus, ambos fazem pouco do castigo eterno (ou nem mesmo crêem), ambos mentem, ambos matam (com palavras ou armas), ambos estão na Igreja destruindo-a por dentro... não há divergências, é um acordo perfeito. Tão perfeito que já não vejo porque te chamar de irmã(o) ou de Igreja. Mas, ainda assim, você se auto-intitula cristão. Pois saiba que o termo mais apropriado para você é apóstata. 
 E assim foi a minha vida desde então. Suportei todo tipo de mazelas por causa do seu ódio de apóstata: fome, sede, insônias, insultos, difamações, calúnias, mentiras, falta de dinheiro, falta de um teto para morar, jejuns forçados, frio, calor, cansaço, morte, tristeza, ira, indignação, escravidão, perigos, processos judiciais, perseguições, tentativas de assassinato, torturas, privação da Eucaristia e até excomunhão sofri por causa de suas mentiras e manipulações.
 Você deve estar muito feliz em constatar que todos os castigos que você me infligiu me fizeram o mal que você esperava que eu sofresse. Talvez até mais. Fiquei bem fraco, admito. Afinal, quem não ficaria!? Mas saiba também que, por causa da sua atitude, me tornei mais forte. Os seus ataques demonstram tanto o meu quanto o seu lugar no mundo. O apóstata opressor sempre tenta destruir o profeta, que diz a verdade sem medo e sem meias-palavras. Nunca tive medo de você, pois sempre soube que você era capaz de destruir o meu corpo, mas nunca a minha alma. Antes, cada ataque seu me fortaleceu mais na certeza de que estou no caminho certo.  
 Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que me gloriarei! Farei como você e como o mundo, me gloriarei e me enaltecerei. Não de mim mesmo, como você o faz, mas de imitar o meu Senhor, Altíssimo, suportando a sua inveja e os seus ataques com a bravura de um verdadeiro herói.
Mas gloriar-me-ei apenas diante de ti, para que contemple a paga de sua sanha e espume de ira, ou para que se contrista e mude de vida.
 Já diante de Deus e dos irmãos na Verdade, não me glorio, com a ajuda do Senhor, que me presenteou com um espinho na carne, um anjo de Satanás, para me esbofetear, a fim de que eu não me torne orgulhoso.
E do Senhor, em consolação, ouvi a justificação de todo sofrimento que você me infligiu: “Basta-te a minha graça; pois é na fraqueza que a força se realiza plenamente”. Por isso, de bom grado, me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim; e me comprazo nas fraquezas, nos insultos, nas dificuldades, nas perseguições e nas angústias por causa de Cristo. Pois, quando estou fraco, então é que sou forte.
 Se você realmente acredita ser cristão e não vive assim, está vivendo uma mentira e deve reconsiderar sua ideia de cristianismo.
 Que a graça de nosso Senhor esteja com todos aqueles que se identificam com este relato.
  
Cordialmente,

Mais um servo de Deus.

Bruno Mourão.