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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Jornada Mundial da Juventude 2011.


O mundo todo acompanhou a realização de mais um Dia Mundial da Juventude. Ao contrário das expectativas dos meios de comunicação e do próprio Satanás, o encontro reuniu uma multidão de jovens ao redor do Sumo Pontífice.
A Igreja Católica, neste evento, deu um testemunho de que está mais viva do que nunca. A grande mídia, vendo o triunfo da Igreja, mais uma vez tenta desviar a atenção do que verdadeiramente acontecia para enfocar pequenas manifestações contrárias.
Seguindo a intuição do beato João Paulo II, a Igreja quer continuar a sua missão, resgatando jovens das mãos do inimigo para novamente confiá-los à mão misericordiosa de Deus.

Fonte: padrepauloricardo.org
PAX CHRISTI

Diogo Pitta

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Aula de Catecismo: A Queda dos Anjos


Em mais uma aula sobre o Catecismo da Igreja Católica, Padre Paulo Ricardo expõe um elemento importante de nossa doutrina: a origem do pecado, a desobediência e consequente queda dos anjos.
Fazendo uso daquilo que é afirmado pela Tradição da Igreja, e se utilizando de diversos comentários dos santos, Padre Paulo apresenta a fé da Igreja aos irmãos em Cristo.

Fonte: padrepauloricardo.org
PAX CHRISTI

Diogo Pitta

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Onde e quando morreu Maria Santíssima?


Dúvida de um catequista, respondida pelo Pe. Alex Brito (Programa Tesouros da Fé - TV Arautos).

PAX CHRISTI

Diogo Pitta

ASSUNÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA - Santo Afonso Maria de Ligório


Astitit regina a dextris tuis, in vestitu deaurato, circumdata varietate – «Apresentou-se a rainha à tua direita, com manto de ouro, cercada de variedade» (Sl. 44, 10)
Sumário. Maria morre, e acompanhada de inúmeros espíritos celestiais e de seu próprio Filho, entra no céu em alma e corpo. Deus abraça-a, abençoa-a e a faz Rainha do universo, elevando-a acima de todos os anjos e santos. Regozijemo-nos com a divina Mãe, que é também a nossa, e avivemos a nossa confiança nela, invocando-a em todas as nossas necessidades. Roguemos-lhe sobretudo que, assim como ela morreu de puro amor a Deus, possamos nós morrer ao menos com contrição dos nossos pecados.
I. Maria morre, mas como? Morre toda desapegada do afeto às criaturas, e morre consumida pelo divino amor, de que o seu santíssimo coração estava sempre todo abrasado. Ó santa Mãe, ides deixar a terra: não vos esqueçais de nós, pobres peregrinos, que ainda ficamos neste vale de lágrimas, combatidos por tantos inimigos, que desejam a nossa perdição eterna. Pelos merecimentos da vossa preciosa morte, vos suplicamos que nos obtenhais o desapego das coisas terrestres, o perdão dos pecados, o amor de Deus e a santa perseverança. E, quando chegar a hora da nossa morte, assisti-nos lá do alto do céu, com a vossa intercessão, e alcançai-nos a graça de irmos ao paraíso beijar os nossos pés.
Maria morre; seu preciosíssimo corpo é levado pelos apóstolos à sepultura, guardado pelos anjos durante três dias, e em seguida transportado ao paraíso. Mas a sua alma formosa, apenas saiu do corpo, entra na beatitude eterna, acompanhada de inúmeros anjos e do seu próprio Filho. Já no céu, a humilde Virgem, adora-o e com afeto imenso lhe agradece todas as graças que lhe foram dispensadas. Deus abraça-a, abençoa-a e a faz Rainha do universo, exaltando-a acima de todos os anjos e santos: Exaltata est sancta Dei Genetrix super choros angelorum ad coelestia regna.
Se, no dizer do Apóstolo, a inteligência não pode compreender a glória imensa que Deus preparou no céu para os seus servos que o amaram na terra; quão grande não será a glória que lhe concedeu à sua santíssima Mãe, que em terra o amou mais do que todos os santos e anjos, e o amou com todas as suas forças? De modo que, chegando ao céu, pôde dizer a Deus: Senhor, se não Vos amei tanto como mereceis, ao menos Vos amei quanto pude.
II. Alegremo-nos com Maria pela glória a que Deus a sublimou; mas alegremo-nos por nossa causa, porquanto, ao mesmo tempo que Maria foi elevada à dignidade de Rainha do mundo, foi também feita nossa advogada. Advogada tão piedosa, que se encarrega da defesa de todos os pecadores que a ela se recomendam; e tão poderosa junto do nosso Juiz, que ganha todas as causas.
Ó grande, excelsa e gloriosíssima Senhora, prostrados aos pés do vosso trono, nós vos veneramos deste vale de lágrimas, e nos alegramos pela glória imensa com que vos enriqueceu o Senhor. Agora, que já reinais como Rainha do céu e da terra, ah! não vos esqueçais de nós, vossos pobres servos. Do alto do sólio excelso em que reinais, não vos dedigneis devolver os vossos olhos piedosos a nós, miseráveis. Quanto mais vizinha estais da fonte das graças, tanto mais no-las podeis comunicar. No céu descobris melhor as nossas misérias, portanto é preciso que tenhais compaixão de nós e mais nos socorrais.
Ah, Mãe dulcíssima, Mãe amabilíssima! os vossos altares estão cercados de muita gente, que vos pede, este para ser curado de alguma enfermidade, aquele para ser provido em suas necessidades; um vos pede uma boa colheita, outro, a vitória de uma demanda. Nós vos pedimos graças mais agradáveis ao vosso coração: alcançai-nos a humildade, o desapego da terra, a resignação com a vontade divina. Impetrai-nos o santo temor de Deus, uma boa morte, o céu. Numa palavra, mudai-nos de pecadores em santos e fazei que, depois de termos sido cá na terra os vossos fiéis servos, possamos um dia ir gozar da vossa presença no céu.
«E Vós, ó Senhor, perdoai os crimes dos vossos servos: para que, já que não podemos agradar-Vos com as nossas obras, sejamos salvos pela intercessão da Mãe de vosso Filho e Senhor nosso»[1]. Fazei-o pelo amor de Jesus Cristo.
[1] Or. festi.
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LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo Terceiro: desde a duodécima semana depois de Pentecostes até ao fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 347-350.

Fonte: padrepauloricardo.org

PAX CHRISTI

Diogo Pitta

A dormida da Mãe de Deus - Beato João Paulo II


Caríssimos Irmãos e Irmãs,

1. A propósito da conclusão da vida terrena de Maria, o Concílio retoma os termos da Bula de definição do dogma da Assunção e afirma: «A Virgem Imaculada, que fora preservada de toda a mancha de culpa original, terminando o curso da sua vida terrena, foi elevada à glória celeste em corpo e alma» (LG, 59). Com esta fórmula, a Constituição dogmática «Lumen gentium», seguindo o meu venerado Predecessor Pio XII, não se pronuncia sobre a questão da morte de Maria. Todavia, Pio XII não quis negar o facto da morte, mas apenas não julgou oportuno afirmar solenemente a morte da Mãe de Deus, como verdade que devia ser admitida por todos os crentes.
Na verdade, alguns teólogos afirmaram a isenção da morte da Virgem e a sua passagem directa da vida terrena à glória celestial. Todavia, esta opinião é desconhecida até ao século XVII, enquanto na realidade existe uma comum tradição que considera a morte de Maria a sua introdução na glória celeste.
2. É possível que Maria de Nazaré tenha experimentado na sua carne o drama da morte? Reflectindo sobre o destino de Maria e sobre a sua relação com o Filho divino, parece legítimo responder afirmativamente: dado que Cristo morreu, seria difícil afirmar o contrário no que concerne à Mãe.
Neste sentido raciocinaram os Padres da Igreja, que não tiveram dúvidas a este propósito. Basta citar São Tiago de Sarug (521), segundo o qual quando para Maria chegou «o tempo de caminhar pela via de todas as gerações», ou seja, a via da morte, «o coro dos doze Apóstolos» reuniu-se para enterrar «o corpo virginal da Bem-aventurada» (Discurso sobre a sepultura da Santa Mãe de Deus, 87-99 em C. VONA, Lateranum 19 [1953], 188). São Modesto de Jerusalém (634), depois de ter falado amplamente da «beatíssima dormida da gloriosíssima Mãe de Deus», conclui o seu «elogio» exaltando a intervenção prodigiosa de Cristo que «a ressuscitou do sepulcro» para a receber consigo na glória (Enc. in dormitionem Deiparae semperque Virginis Mariae, nn. 7 e 14; PG 86 bis, 3293; 3311). São João Damasceno (704), por sua vez, pergunta: «Como é possível que aquela que no parto ultrapassou todos os limites da natureza, agora se submeta às leis desta e o seu corpo imaculado se sujeite à morte? ». E responde: «Certamente era necessário que a parte mortal fosse deposta para se revestir de imortalidade, porque nem o Senhor da natureza rejeitou a experiência da morte. Com efeito, Ele morre segundo a carne e com a morte destrói a morte, à corrupção concede a incorruptibilidade e o morrer faz d'Ele nascente de ressurreição» (Panegírico sobre a Dormida da Mãe de Deus, 10: SC 80, 107).
3. É verdade que na Revelação a morte se apresenta como castigo do pecado. Todavia, o facto de a Igreja proclamar Maria liberta do pecado original por singular privilégio divino não induz a concluir que Ela recebeu também a imortalidade corporal. A Mãe não é superior ao Filho, que assumiu a morte, dandolhe novo significado e transformando-a em instrumento de salvação.
Empenhada na obra redentora e associada à oferta salvífica de Cristo, Maria pôde compartilhar o sofrimento e a morte em vista da redenção da humanidade. Também para Ela vale quanto Severo de Antioquia afirma a propósito de Cristo: «Sem uma morte preliminar, como poderia ter lugar a ressurreição?» (Antijulianistica, Beirute 1931, 194 s.). Para ser partícipe da ressurreição de Cristo, Maria devia compartilhar antes de mais a Sua morte.
4. O Novo Testamento não oferece qualquer notícia sobre as circunstâncias da morte de Maria. Este silêncio induz a supor que esta se tenha verificado normalmente, sem qualquer pormenor digno de menção. Se assim não tivesse sido, como poderia a notícia permanecer escondida aos contemporâneos e, de alguma forma, não chegar até nós?
Quanto aos motivos da morte de Maria, não parecem fundadas as opiniões que lhe quereriam excluir causas naturais. Mais importante é a busca da atitude espiritual da Virgem no momento da sua despedida deste mundo. A este propósito, São Francisco de Sales considera que a morte de Maria se tenha verificado como efeito de um transporte de amor. Ele fala de um morrer «no amor, por causa do amor e por amor», chegando por isso a afirmar que a Mãe de Deus morreu de amor pelo seu filho Jesus (Traité de l'Amour de Dieu, Lib. 7, c. XIII-XIV).
Qualquer que tenha sido o facto orgânico e biológico que, sob o aspecto físico, causou a cessação da vida do corpo, pode-se dizer que a passagem desta vida à outra constituiu para Maria uma maturação da graça na glória, de tal forma que jamais como nesse caso a morte pôde ser concebida como uma «dormida».
5. Nalguns Padres da Igreja encontramos a descrição de Jesus mesmo que vem acolher a sua Mãe no momento da morte, para a introduzir na glória celeste. Assim, estes apresentam a morte de Maria como um evento de amor que a levou a alcançar o seu Filho divino para participar da Sua vida imortal. No final da sua existência terrena, ela terá experimentado, como Paulo e mais do que ele, o desejo de se libertar do corpo para estar com Cristo para sempre (cf. Fl 1, 23).
A experiência da morte enriqueceu a pessoa da Virgem: passando pela comum sorte dos homens, ela pode exercer com mais eficácia a sua maternidade espiritual em relação àqueles que chegam à hora suprema da vida.

Audiência - João Paulo II - Quarta-feira 25 de Junho de 1997


PAX CHRISTI

Diogo Pitta

domingo, 21 de agosto de 2011

Santo Padre Bento XVI vai declarar São João de Ávila Doutor da Igreja

sábado, 20 de agosto de 2011


Cidade do Vaticano, 20 ago (RV) – Durante a missa da manhã deste sábado aos seminaristas, dentro da Jornada Mundial da Juventude, Bento XVI anunciou que vai declarar São João de Ávila Doutor da Igreja. Abaixo o pronunciamento do Papa, na íntegra, traduzido do original em espanhol.

"Queridos amigos,

Com grande alegria, no marco da santa igreja Catedral de Santa Maria a Real da Almudena, quero anunciar agora ao povo de Deus que, acolhendo os pedidos do Senhor Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, o Eminentíssimo Cardeal Antônio Maria Rouco Varela, Arcebispo de Madri, dos outros Irmãos no Episcopado da Espanha, bem como de um grande número de Arcebispos e Bispos de outras partes do mundo, e de muitos fiéis, declararei, proximamente, São João de Ávila, presbítero, Doutor da Igreja Universal.

Ao fazer pública aqui esta notícia, desejo que a palavra e o exemplo deste exímio pastor possa iluminar os sacerdotes e aqueles que se preparam, com alegria e esperança, para receber um dia a Sagrada Ordenação.

Convido todos a dirigirem o olhar para ele, e confio à sua intercessão os Bispos da Espanha e de todo o mundo, bem como os presbíteros e seminaristas para que, perseverando na mesma fé que ele ensinou, possam modelar seu coração conforme os sentimentos de Jesus Cristo, o Bom Pastor, a quem seja dada toda glória e honra por todos os séculos dos séculos".
fonte: http://catolicostradicionais.blogspot.com
 
PAX CHRISTI
Diogo Pitta

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O ódio irracional.

O Papa Bento XVI está em Madri! Sua chegada foi aclamada por todos os Católico fiéis à Igreja de Cristo, presentes na Jornada Mundial da Juventude, e o Santo Padre Bento XVI, foi recebido por todos os católicos como sendo realmente o doce Cristo na terra, Sucessor de São Pedro! 
Naturalmente, houveram algumas manifestações contra a presença do Papa bento XVI em Madri, direiti esse que é inviolável; o direito do livre pensar. Porém, espera-se o mínimo de bom senso e de índole pacífica para a realização da referida manifestação, e para que o direito do livre pensar não infrinja no direito de livre manifesto; no caso, dos católicos fiéis ao Papa. 
Há de se fazer um questionamento; Por quê um senhor de 80 anos incomoda tanto? Seriam seus 8 ou 9 doutorados em Teologia e Filosofia ? Será que é por que ele está pondo em ordem alguns ítens que estavam "fora do lugar"? Será pelo fato de ele ser (na minha humilde opinião), um futuro candidato à próximo Doutor da Igreja? Ou seria (minha hipótese predileta) por representar quem ele representa?
O Fato é que, como disse agora pouco um amigo meu, o ódio de alguns manifestantes chega a ser irracional e os leva à condutas inapropriadas até mesmo para não Cristãos, que contrariam todos os princípios da moral e da ética. O mais interessante, é que os grandes veículos de comunicação do mundo publicaram fotos das manifestações, com manifestantes sendo espancados pela polícia que tentava manter a ordem, mas por um descuido proposital, não publicaram (ou se publicaram, vetaram cópias) de peregrinios católicos sendo achincalhados, humilhados e quase agredidos por manifestantes anti-papa, ou anti-cristo. tentei copiar estas fotos do site do jornal El País, mas a única que estava disponível para cópia, era uma foto de um dos anti-papa, fantasiado de papa, num fictício papa-móvel, sendo pilotado por um homem fantasiado de Demônio. Interessante, não? Mas, enfim, seguem abaixo as fotos que consegui fotografar no site, que agora vos apresento;


Como sempre, o demônio não consegue criar nada, porém, tenta copiar porcamente o que é próprio do Deus altíssimo.


Eles bufam, babam, e gritam impropérios de todos os tipos, nos humilham, mas aos nossos ouvidos nos vem a palavra de Nosso Senhor que Divinamente, nos alertou sobre o que haveríamos de viver aqui, neste mundo; "Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós." São Mateus 5, 11-12.


 A foto exibe exatamente o que é ser cristão nos dias de hoje. Se somos injuriados, rezamos; se humilhados, rezamos; se maltratados, rezamos; se tentados, rezamos; se caluniados, rezamos. Esta é a fúria do Demônio, que não suporta o peso dos nossos joelhos no chão. O demônio, não suporta a nossa atitude diante das provações... ele não suporta a nossa oração. É bom reparar a coragem de mártir das católicas da foto acima. Não há um semblante de sofrimento, de dor, de choro ou medo, e aposto minha mão direita, no fato de que elas estão rezando pelo agressor de turbante!


Na mão de cá, o ícone do demônio, no de lá o ícone da Virgem Santíssima....


Criminosa? Não, serva de Cristo!


Pense!

Há de se questionar, o motivo principal de todas as atitudes que permeiam as manifestações contra o Papa Bento XVI. Será somente uma motivação político-econômica, pura e simplesmente, ou há um empenho real de destruir o Cristianismo, como tentaram alguns regimes políticos, como o regime comunista?  Certeza infalível de que a destruição do Cristianismo não pode ser concretizada sem a destruição total do ícone de Cristo na terra, nosso amado Papa Bento XVI, porém, creio firmemente nas palavras de Nosso Senhor, quando nos disse que as portas do inferno não prevalecerão sobra Sua Igreja! 

Aguardemos 2013; Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Algo de bom vai acontecer, e eu estarei lá para ver.

Papa Bento XVI, nós o amamos!

PAX CHRISTI
Diogo Pitta

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Papa fala sobre o dogma da Assunção de Maria

Queridos irmãos e irmãs, 


Reencontramo-nos reunidos, mais uma vez, para celebrar uma das mais antigas e amadas festas dedicadas à Maria Santíssima: a festa da assunção para a glória do Céu em alma e corpo, isto é, em todo o seu ser humano, na integridade da sua pessoa. Nos é dada, assim, a graça de renovar o nosso amor à Maria, graça de admirá-la e de louva-la pelas grande coisas que o Onipotente fez para ela e o que operou nela.

Ao contemplar a Virgem Maria nos é dada uma outra graça: aquela de poder ver em profundidade também a nossa vida. Sim, porque também a nossa existência cotidiana, com seus problemas e sua esperança, recebe a luz da Mãe de Deus, do seu percurso espiritual, do seu destino de glória: um caminho e uma meta que podem e devem se tornar, de qualquer modo, o nosso mesmo caminho e a nossa mesma meta.

Deixando-nos guiar pelas passagens da Sagrada Escritura que a liturgia de hoje nos propõe, gostaria de me concentrar, em particular, numa imagem que encontramos na primeira leitura, tirada do Apocalipse, e que ecoa no Evangelho de Lucas: isto é, aquela da arca.

Na primeira leitura, escutamos: “Abriu-se o templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento” (Ap 11,19).

Qual o significado da arca? O nos que parece? Para o Antigo Testamento, esse é o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo. Mas, agora, o símbolo deu lugar a realidade. Assim, o Novo Testamento nos diz que a verdadeira arca da aliança é uma pessoa vida e concreta: é a Virgem Maria.

Deus não vive num objeto, Deus habita numa pessoa, num coração: Maria, naquela que carregou em seu colo o Filho eterno de Deus feito homem, Jesus nosso Senhor e Salvador.

Na arca – como sabemos – eram conservadas as duas tábuas da Lei de Moisés que manifestavam a vontade de Deus para manter a aliança com o seu povo, indicando as condições para ser fiel ao pacto de Deus, para conformar-se a vontade de Deus e assim também a nossa verdade profunda.

Maria é a arca da aliança, porque acolheu em si Jesus; colheu em si a Palavra vivente, todo o conteúdo da vontade de Deus, da verdade de Deus; acolheu em si Aquele que é a nova e eterna aliança, culminando com a oferta do seu corpo e do seu sangue: corpo e sangue recebidos de Maria.

Há razão, portando, a piedade cristã, nas ladainhas em honra a Nossa Senhora, que se voltam a ela invocando como Foederis Arca,ou seja, “arca da aliança”, arca da presença de Deus, arca da aliança do amor que Deus desejou realizar em nodo definitivo com toda a humanidade em Cristo.

A passagem do Apocalipse quer indicar um outro aspecto importante da realidade de Maria. Ela, arca vivente da aliança, tem um destino de glória extraordinária, porque é assim estreitamente unida ao Filho, que acolheu na fé e gerou na carne, capaz de compartilhar integralmente a glória do céu.

É o que nos sugere as palavras escutadas: “Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida... atormentada para dar à luz. Ela deu à luz um filho, um varão, que Irá reger todas as nações...” (Ap 12,1-2; 5).

A grandeza de Maria, Mãe de Deus, cheia de graça, plenamente dócil a ação do Espírito Santo, vive já no Céu de Deus com todo o seu ser, alma e corpo.

São João Damasceno referindo-se a este mistério, numa famosa homilia, afirma: “Hoje, a santa e única Virgem é conduzida ao templo celeste... Hoje, a arca sagrada e animada pelo Deus vivente, a arca que trouxe no ventre o próprio construtor, repousa no templo do Senhor, não construído pela mão do homem”.(Homilia sobre a Dorminação,  2, p. 96, 723).

E continua: “Era preciso que ela, que hospedou no seu colo, o Logos divino, transferi-se para as tendas do seu Filho... era preciso que a esposa que o Pai escolheu, habita-se no quarto nupcial do Céu” (ibid., 14, p.96, 742).

Hoje, a Igreja canta o amor imenso de Deus por esta sua criatura: a escolhida como verdadeira “arca da aliança”, como aquela que continua a gerar e a doar Cristo Salvador à humanidade, como aquela que no céu divide a plenitude da glória e goza da mesma felicidade de Deus e, ao mesmo tempo, convida-nos também a tornar-nos, em nosso modo modesto, “arca” na qual é presente a Palavra de Deus, que é transformada e vivificada por sua presença, lugar da presença de Deus, para que os homens possam encontrar no outro a proximidade de Deus e, assim, viver em comunhão com Deus e conhecer a realidade do Céu.

O Evangelho de Lucas que escutamos hoje (cfr Lc 1,39-56), nos mostra esta arca vivente, que é Maria, em movimento: deixando sua casa em Nazaré, Maria se coloca em viagem em direção às montanhas, para chegar logo à cidade de Judá, e ir à casa de Zacarias e Isabel.

Parece-me importante destacar a expressão “logo”: as coisas de Deus merecem rapidez, na verdade, as únicas coisas no mundo que merecem rapidez são justamente aquelas de Deus, que têm uma verdadeira urgência para nossa vida.

Então, Maria, entra nesta casa da Zacarias e Isabel, mas não entra sozinha. Entra carregando em seu ventre o Filho, que é Deus próprio feito homem.  Certamente, tinha alguém a sua espera e a espera de sua ajuda; naquela casa, e o evangelista nos guia a compreender que esta expectativa leva a outra, mais profunda.

Zacarias, Isabel e o pequeno João Batista são, de fato, o símbolo de todos os justos de Israel, no qual os corações, ricos de esperança, atendem a vinda do Messias salvador. E é o Espírito Santo que abre os olhos de Isabel e a faz reconhecer em Maria a verdadeira arca da aliança, a Mãe de Deus, que vem para visitá-la.

E assim, a velha parente a acolhe dizendo “em bom tom”: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? (Lc 1,42-43).

E é o Espírito Santo que, diante daquela que o Deus feito homem, abre o coração de João Batista no ventre de Isabel. Isabel exclama: “Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre” (v. 44).

Aqui o evangelista Lucas usa o termo  "skirtan", isto  é “saltar”, o mesmo termo que encontramos em uma das antigas traduções gregas do Antigo Testamento para descrever a dança do Rei Davi diante da santa arca que voltou finalmente para pátria (2Sam 6,16).

João Batista, no seio da mãe, dança diante da arca da Aliança, como Davi, e reconhecesse assim Maria, a nova arca da aliança, diante da qual o coração exulta de alegria, a Mãe de Deus presente no mundo, que não tem para si a divina presença, mas a oferece, dividindo a graça de Deus. E assim – como diz na oração – Maria realmente é “causa nostrae laetitiae”, a arca na qual realmente o Salvador está presente entre nós”.

Queridos irmãos! Estamos falando de Maria, mas, num certo modo, estamos falando também de nós, de cada um de nós: também nós somos destinados desse imenso amor que Deus reservou – certo, numa maneira absolutamente única e irrepetível – a Maria.

Nesta Solenidade da Assunção olhamos para Maria: ela nos abre a esperança, a um futuro pleno de alegria e nos ensina o caminho para alcançá-Lo: acolher na fé o seu Filho; não perder jamais a amizade com Ele, mas deixar-nos iluminar e guiar pela Sua Palavra; segui-Lo cada dia, também nos momentos no qual sentimos que as nossas cruzes se tornam pesadas. Maria, a arca da aliança que está no santuário do Céu, nos indica com luminosa clareza que estamos no caminho em direção a nossa verdadeira Casa, a comunhão da glória e da paz com Deus. Amém!



Fonte: Canção Nova

PAX CHRISTI

Diogo Pitta




A Resposta Católica: “Oração de joelhos”


É necessário que o fiel se recorde que todo o seu ser precisa estar voltado para Deus no momento da oração. Ao orar, a alma deve levar o corpo a uma atitude de disponibilidade e prontidão para com Deus. O corpo acaba por demonstrar externamente aquilo que o coração está disposto a vivenciar diante do Senhor.
Ao se colocar de joelhos, por exemplo, manifesta a contrição do coração, o reconhecimento de seu próprio pecado ou a veneração, adoração devida ao Criador. O corpo deve também participar da oração.

FONTE: padrepauloricardo.org
PAX CHRISTI

Diogo Pitta

sábado, 13 de agosto de 2011

A infalibilidade do Sagrado Magistério


Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu a Santa Igreja sobre São Pedro e os demais Santos Apóstolos, para que eles e os seus sucessores conservem e transmitam a todos a Verdade Revelada por Ele. Assim, faz parte do Sagrado Magistério o Papa (sucessor de São Pedro) e os demais Bispos (sucessores dos santos apóstolos), enquanto ensinam algo em comunhão com o Papa. Diz o Concílio Vaticano II: "O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo." (Dei Verbum 10)
Assim, torna-se claro o porque tal verdade é tão essencial para a fé católica. Um dos erros fundamentais do protestantismo é a aceitação da Bíblia como Palavra de Deus e a não aceitação do Sagrado Magistério como instituído por Nosso Senhor - não é difícil de perceber que tal raciocínio carece de lógica, tendo em vista que foi o próprio Magistério da Igreja quem definiu os livros que deveriam fazer parte da Sagrada Escritura (os chamados "canônicos") e quais não deveriam (os chamados "apócrifos"), no pontificado do Papa São Dâmaso, próximo ao Concílio de Éfeso (século IV).
Para que a Revelação de Nosso Senhor se conserve íntegra, o Sagrado Magistério é conduzido pelo Espírito Santo, e por isso mesmo goza do carisma da infalibilidade. É infalível o Sagrado Magistério nas situações extraordinárias em que define algo em matéria de fé e moral, ou em situações ordinárias, quando transmite algo em matéria de fé e moral que já havia sido definido anteriormente.
O Código de Direito Canônico diz: "Em virtude de seu ofício, o Sumo Pontífice goza de infalibilidade no magistério quando, como Pastor e Doutor supremo de todos os fiéis, a quem cabe confirmar na fé os seus irmãos, proclama, por ato definitivo, que se deve aceitar uma doutrina sobre a fé e os costumes. Também o Colégio dos Bispos goza de infalibilidade no magistério quando, reunidos os Bispos em um Concílio Ecumênico, exercem o magistério como doutores e juízes da fé e dos costumes, declarando para toda a Igreja que se deve aceitar definitivamente uma doutrina sobre a fé ou sobre os costumes; ou então quando, espalhados pelo mundo, conservando o vínculo de comunhão entre si e com o sucessor de Pedro, e ensinando autenticamente questões de fé ou costumes juntamente com o mesmo Romano Pontífice, concordam numa única sentença, que se deve aceitar como definitiva." (Cân. 749)
Assim, é infalível o Papa quando proclama um dogma, ou seja, quando define que uma determinada verdade de fé consta na Revelação Divina. Foi o que o Papa Pio XII fez, por exemplo, em 1950 proclamou o dogma de "Maria, assunta ao Céu em Corpo e Alma". O colégio dos bispos, em união com o Papa, goza deste mesmo privilégio. Foi o que ocorreu, por exemplo, quando no século VI, o Concílio de Éfeso proclamou o dogma de "Maria Mãe de Deus."
A infalibilidade do Sagrado Magistério não se esgota na proclamação dos dogmas, mas estende-se "a todos os elementos de doutrina, incluindo a moral, sem os quais as verdades salutares da fé não podes ser preservadas, expostas ou observadas." (Catecismo da Igreja Católica 2035) Pois existe um conjunto de verdades ditas "que devem admitir-se de modo definitivo sem contudo poderem ser declaradas como divinamente reveladas", por serem "verdades em conexão com a Revelação por necessidade histórica." Por exemplo, a "legitimidade de eleição do sumo Pontífice ou da celebração de um Concílio Ecumênico, as canonizações dos santos; a declaração de Leão XIII na Carta Apostólica Apostolice Curae sobre a invalidade das ordenações anglicanas." (ver "Nota doutrinal ilustrativa da fórmula conclusiva da Professio Fidei", da Congregação para a Doutrina da Fé, 29 de Junho de 1998, n.11). Também o Sagrado Magistério está coberto pela infalibilidade quando define questões morais necessárias para se viver de acordo com a fé, como por exemplo, quando declara a imoralidade da prostituição ou da fornicação (ver "Nota doutrinal ilustrativa da fórmula conclusiva da Professio Fidei", da Congregação para a Doutrina da Fé, 29 de Junho de 1998, n.11).
Por isso, "deve-se ainda firmemente aceitar e acreditar também em tudo o que é proposto pelo Magistério da Igreja em matéria de fé e costumes, isto é, tudo o que se requer para conservar santamente e expor fielmente o depósito da fé; opõe-se, portanto, a doutrina da Igreja Católica quem rejeitar tais preposições consideradas definitivas." (Cân. 750,2)
Quando o Papa ou o Sagrado Magistério se pronunciam definitivamente à respeito de uma doutrina, isso sempre é deixado claro no próprio pronunciamento. Diz o Código de Direito Canônico que "nenhuma doutrina se considera infalivelmente definida, se isso não contar manifestamente." (Cân. 749,3) Quando o Papa define utiliza o seu Magistério Extraordinário para definir algo em matéria de fé e moral, tal pronunciamento chama-se ex-cátedra.
O Sagrado Magistério também é infalível quando transmite algo em matéria de fé e moral que já havia sido definido anteriormente. Assim, o Papa João Paulo II é infalível na sua última encíclica, a Ecclesia de Eucharistia, quando transmite verdades de fé referentes a Presença Real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento e ao caráter sacrifical da Santa Missa que já haviam sido definidas dogmaticamente séculos antes pelo Concílio de Trento.
É uma questão de lógica pensar que Nosso Senhor tenha instituído na terra uma autoridade para interpretar o que Ele revelou; caso contrário, cada um pegaria a Sagrada Escritura e sairia interpretando do jeito que bem quisesse - e é exatamente o que os protestantes fazem; por isso existem mais de milhares de denominações protestantes diferentes, cada uma interpretando a Sagrada Escritura de uma maneira diferente. Já a fé católica é objetivamente clara e segura, e nela não existe espaço para tais controvérsias.

Fonte: http://www.reinodavirgem.com.br
PAX CHRISTI

Diogo Pitta

As glórias da Virgem Maria segundo as Escrituras

Muitas e grandiosas são as glórias de Maria Santíssima, pelas quais não cessam de propagar e cantar seus louvores todos os seus servos. Não apenas os anjos e santos nos céus, mas também nós os pecadores glorificamos com confiança todos os dias a tão excelsa mãe. Não podia portanto, a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, calar-se a respeito da mais sublime de todas as criaturas. Apresentaremos um pequeno resumo de como as Sagradas Escrituras exaltam e testemunham às glórias de Nossa Senhora.

 " Entrando o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo" ( Lc 1, 28 ) 

Eis proclamado pelo próprio anjo Gabriel, o privilégio extraordinário da Imaculada Conceição de Maria e sua santidade perene. Quando a Igreja chama Maria de "Imaculada Conceição" quer dizer que a mesma, desde o momento de sua concepção foi isenta - por graça divina - do pecado original. Se Maria Santíssima tivesse sido gerada com o pecado herdado de Adão ou tivesse qualquer pecado pessoal, o Arcanjo Gabriel teria mentido chamando-a de "cheia de graça". Pois, onde existe esta "graça transbordante" não pode coexistir o pecado. Por isso, esta boa Mãe é também chamada pelos seus servos de "Santíssima Virgem". Os santos ensinaram que não convinha a Jesus Cristo, o Santíssimo, ser gerado e nascer de uma criatura imperfeita e pecadora. Como podia o Santíssimo Deus, Jesus Cristo, ser engendrado num receptáculo que não fosse digno dEle? Pois, ele mesmo, ensina no Evangelho que não se coloca vinho novo e bom em odres velhos e defeituosos (Lc 5, 37 ). Eis porque o Criador elevou Maria, este "Vaso Insigne de Devoção" a tão grande santidade.

"Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra" ( Lc 1, 38 )

`Maria ao dizer seu "sim" incondicional ao convite de Deus, introduz no mundo o Verbo Divino, Jesus Cristo. E, fato assombroso: a criatura gera o seu Criador segundo a natureza humana. Jesus poderia Ter vindo ao mundo de diversos modos. Mas Deus a ama tanto, que quis precisar nascer e depender dela, enquanto homem. Maria, com sua sagrada gravidez inicia o restabelecimento da amizade entre Deus e os homens, conforme está escrito: "Por isso, Deus os abandonará, até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz" ( Miq 5,2 ). Com este "sim" incondicional ao projeto de Deus, Maria cumpre também, a primeira de todas as profecias bíblicas. Pois o Criador disse à serpente: "Porei inimizade entre você e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" ( Gn 3, 15). O texto evidentemente faz alusão à Maria. Pois qual mulher poderia ferir a cabeça do demônio? Somente aquela que trouxe ao mundo o Salvador, Cristo Jesus. Maria ao aceitar a missão que Deus lhe confiava e ao gerar a Jesus Cristo "feriu" a cabeça do inimigo. O inimigo por sua vez, agindo na pessoa de Herodes, dos algozes do Calvário e ainda hoje nos adversários de Cristo, continuamente lhe "fere o calcanhar". Assim, esta Doce Princesa iniciou a devastação do reino de Satanás. Reino de Morte que será destruído totalmente pelo seu filho Jesus Cristo, nosso Único Senhor.

 "Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada" ( Lc 1, 48 )

Os santos proclamam a profunda intimidade dela com a Santíssima Trindade: Filha de Deus Pai, esposa do Espirito Santo, mãe de Deus Filho! O Espírito Santo profetiza pelos lábios de Maria, que daquele momento em diante de geração em geração, isto é, para sempre, todos os cristãos proclamariam sua bem-aventurança. Feliz religião que a enaltece e a glorifica! Felizes os seus filhos que exaltando-a e enaltecendo-a cumprem fielmente esta profecia.

" Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhor ? " ( Lc 1, 43 )

Isabel, mulher idosa e santa, esposa de Zacarias, mãe de João Batista desmancha-se em elogios àquela jovem que foi até sua casa para servir! Que lição de humildade a tantas pessoas que com sua "sabedoria" ( que na verdade é pestífera loucura ) evitam tributar à Santa Mãe de Deus os louvores que ela merece, temendo que isto diminua à glória devida a Jesus Cristo. Esquecem então, que o Espírito Santo mesmo ensina, que o louvor dirigido aos pais é grande honra para o filho (conf. Eclo 3, 13 ). Preferem portanto, os verdadeiros filhos de Maria, em todos os tempos, lugares e momentos, exaltarem a Virgem, imitando o exemplo de Santa Isabel, para serem seguidores fiéis da Sagrada Escritura.

" Pois assim que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio " ( Lc 1, 44 )

Cristo testemunhou a respeito de João Batista: "dos nascidos de mulher nenhum foi maior que João" ( cf. Lc 7 28 ). Pois bem. Este mesmo João Batista, que Jesus Cristo declara ter sido maior que todos os Patriarcas, Profetas e Santos do Antigo Testamento, ao ouvir a doce voz de Maria "estremeceu de alegria". O Espírito Santo, que nele habitava, exultou de alegria ao ouvir a voz da doce Mãe! Não é, pois justo, a nós que somos os últimos de todos, exultar de alegria ao ouvir o doce nome de Maria? Não nos é sumamente necessário imitar o Espírito Santo? Não é proveitoso para os cristãos imitarem o gesto de São João Batista ? Bendito os servos de Deus, que não se cansam de se alegrar e cantar os louvores desta Senhora, imitando assim o gesto do Divino Esposo e de São João Batista, o maior profeta da Antiga Aliança.

 "E uma espada transpassará a tua alma" ( Lc 2, 35 )

Uma lança transpassou o coração do Cristo na Cruz. Uma espada de dor transpassou o coração de Maria no Calvário! Deus revela ao profeta Simeão como Nossa Senhora estaria intimamente ligada à Jesus Cristo no momento da Sagrada Paixão. Ninguém em toda a terra, em todos as épocas, esteve mais intimamente ligado a Jesus naquele dramático momento que sua Santíssima Mãe. Portanto que, junto com o sacrifício expiatório, doloroso e único de Jesus Cristo no Calvário, subiu também aos céus, como oferta agradabilíssima diante de Deus, o sacrifício doloroso de Nossa Senhora.

 "Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: ´Eles não tem mais vinho´. Respondeu-lhe Jesus: ´Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou´. Disse então sua mãe aos serventes: ´Fazei o que ele vos disser´" ( Jo 2, 3-5 )

Na festa do casamento de Caná Jesus iniciou seu ministério. Ministério aliás composto por pregação e "obras" (milagres). A Santíssima mãe percebeu a dificuldade daquela família, que não tinha vinho para os convidados. A boa Senhora é vigilante, e os servos dela sabem, que ela vigia sobre eles, mesmo quando não se apercebem dessa vigilância. Jesus afirmou então claramente a Maria que, ainda não era o momento para iniciar seu ministério com um prodígio, pois disse: "minha hora ainda não chegou". A Santíssima mãe, conhecendo profundamente o filho, mesmo diante da aparente recusa, o "obriga" docemente a antecipar sua missão. E assim, sem discussão, na mais plena confiança, diz aos serventes: "façam o que ele lhes disser". Grandíssima confiança! Assim, aquela que o introduziu no mundo segundo a carne, o introduz agora no seu ministério, pela sua intercessão. Feliz a família que tiver por mãe esta doce Senhora. Sua intercessão é infinitamente mais eficaz do que as orações de todos os santos que pedem sem cessar pelos habitantes da terra ( conf. Ap 6, 9-10 . 8, 3-4 ; II Mac 15,11-16 ).

 "Disse-lhe alguém: ´Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar-te´. Jesus respondeu: ´Quem são meus irmãos e minha mãe? (...) Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Todo aquele que faz a vontade de meu Pai, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe´ ". ( Mt, 47. 49-50 )

Somente pertencemos à Cristo na medida em que pertencermos à nossa Mãe Santíssima. "Quem são meus irmãos e minhas mãe ?" pergunta o Cristo. E aponta para os seus discípulos: "eis aqui a minha família!". E, doravante, somente os que forem discípulos do mestre, ouvindo as suas palavras e as cumprindo poderão pertencer plenamente a esta família. Por isto, como doce discípula Maria "conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração" ( Lc 2, 19.51) Meditava e as guardava! Eis o exemplo da perfeita discípula. Maria com efeito não é mãe apenas na carne, mas na vida toda, na alma e na total obediência ao seu Divino Filho.
Alguns, que não amam suficientemente a Santíssima Virgem, usam estes versículos acima, justamente contra ela, tentando convencer-nos de que Jesus a teria desprezado naquele momento. Esses "estudiosos" esquecem que Jesus jamais desprezaria sua mãe, conforme ensina o próprio Espírito Santo: "Apenas o filho insensato despreza sua mãe" ( Pr 15, 20 ). E assim, com esta interpretação desastrosa, que espalham ardorosamente, ofendem não apenas a boa Mãe, como blasfemam contra Jesus Cristo, como se o mesmo fosse violador do sagrado mandamento: "Honra teu Pai e tua Mãe" ( Ex 20,12 e Deut 5,16 ).

"Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ´Mulher, eis aí teu filho´. Depois disse ao discípulo: ´Eis aí tua mãe´" ( Jo 19, 26-27 )

O apóstolo João aos pés da cruz, o único discípulo presente, representava todos os discípulos. Neste momento Jesus consagrou Maria, Mãe espiritual dos apóstolos. Mais ainda: João representava também, todos os homens e mulheres, de todos os lugares e de todos os tempos, que a partir daquele momento ganharam Maria como sua Mãe espiritual. Isto está de acordo com o testemunho deste mesmo apóstolo, que em outra parte diz:: "O Dragão se irritou contra a mulher (Maria) (...) e sua descendência, aqueles que guardam os mandamentos de Deus (...)" ( Ap 12, 17 ).
Maria Santíssima não teve outros filhos naturais. Permaneceu sempre virgem, como era do conhecimento universal dos primeiros cristãos até os nossos dias. Mas, muitos insistem em "presenteá-la" com filhos naturais que ela não teve. Fazem isto, para diminuírem a glória de Jesus Cristo, bem como para esvaziarem Maria de sua maternidade universal. Se Jesus tivesse irmãos carnais, não teria entregue sua Mãe aos cuidados de João Evangelista. Seus próprios irmãos naturais cuidariam dela, como era dever sacratíssimo na época e ainda hoje. Além disso, citam aqueles que não amam a Virgem Maria algumas passagens bíblicas como a seguinte: "Não se chama a sua mãe Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?" ( Mt 13,55 ) Querendo com isto provar que Nossa Senhora teve outros filhos. Esquecem ou ignoram, que nos tempos de Cristo, todos os parentes eram chamados "irmãos". E a própria Bíblia prova isto, pois dos quatro "irmãos" acima citados, lemos que a verdadeira mãe de Tiago e José era uma outra Maria, irmã de Nossa Senhora e casada com Cleofas ( Jo 19,25 e Mc 15,40 ). E que Judas era irmão de Tiago Maior ( Jd 1,1 ) filho de Alfeu ( Mt 10, 2-4 ). Ora Cleofas e Alfeu designam a mesma pessoa, pois são formas gregas do aramaico Claphai. Segundo o historiador Hegesipo (século II) este Claphai era irmão de S. José. Logo não eram filhos naturais de Maria e José. Eram de sua parentela, mas não de sua filiação. Além disso, os primeiros cristãos, que conheceram Jesus e os apóstolos, nos escritos que nos deixaram, todos testemunharam que Maria sempre permaneceu virgem, não tendo jamais outros filhos. Sobre estes inventores de novidades a Bíblia nos previne: "Haverá entre vós falsos profetas (...) muitos seguirão as suas doutrinas dissolutas (...) e o caminho da verdade cairá em descrédito" ( II Pe 2, 1-2 ).

"E desta hora em diante o discípulo a levou para a sua casa" ( Jo 19, 27 )

Daquela hora em diante, S. João levou a Santa Mãe para sua casa. Primeiramente para sua "casa espiritual", sua alma. Esse é o motivo pelo qual era o discípulo que Jesus mais amava. Porque também, era o discípulo mais afeiçoado a Maria. Depois, levou-a para sua casa material, seu lar. Assim também, o verdadeiro filho de Nossa Senhora, a exemplo de S. João, deve levar esta boa mãe para seu "lar espiritual", no recesso mais íntimo de nossa vida espiritual. E convidá-la também para habitar nossas casas, onde sua presença maternal poderá ser recordada através de quadros e imagens. Estas imagens serão para os servos de Maria uma lembrança contínua e consoladora de sua presença e proteção, da mesma forma que o próprio Deus, antigamente, consagrou o uso das sagradas imagens e esculturas no culto divino ( conf. Nm 21, 8-9 ; Ex 25, 18-20 ; I Reis 6,23-28 etc ), para recordar, a sua presença amorosa no meio do seu povo, Israel.

 "Todos eles perseveravam unanimemente em oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria mãe de Jesus, e os irmãos dele" ( At 1,14 )

No cenáculo, no dia de Pentecostes, Maria juntamente com os discípulos suplicavam para que viesse o Espírito Santo sobre todos. E assim foi fundada a Igreja naquele dia. Maria uma vez tendo introduzido o Cristo no mundo, depois tendo inaugurado seu ministério nas bodas de Caná, agora intercede, introduzindo e inaugurando a ação do Espírito Santo sobre a Igreja nascente. Eis a mãe da Igreja com seus filhos.

 "Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida de sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas" ( Ap 12, 1)

No Apocalipse, João contempla nesta visão três verdades a respeito de Maria: sua Assunção, sua glorificação, sua maternidade espiritual. O Apocalipse afirma que esta mulher "estava grávida e (...) deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações..." ( Ap 12, 2.5 ). Qual mulher, que de fato, esteve grávida de Jesus senão a Santíssima Virgem? ( conf. Is 7, 14 ). Muitos contestam, dizendo que esta mulher é símbolo da Igreja nascente. Mas, a Igreja nunca esteve "grávida" de Jesus Cristo. Não é a Igreja que nos gerou Cristo. Antes, foi Ele que gerou a Igreja. Foi Ele que a estabeleceu e a sustentou. E para provar que esta mulher é exclusivamente Nossa Senhora, em outro lugar está escrito: "O Dragão (...) perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino" ( Ap 12, 13 ). A Igreja teria dado à luz a um Menino? Evidente que não! Portanto esta mulher refulgente é unicamente Nossa Senhora, pois foi ela unicamente que gerou "o menino" prometido nas Escrituras: "O povo que andava nas trevas viu uma grande luz (...) Porque nasceu para nós um menino (...) e Ele se chama Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai para Sempre, Príncipe da Paz" ( Is 9, 1-5 ).
Também as Sagradas Letras, nos dizem que ela se encontrava com "dores, sentindo as angústias de dar à luz" ( Ap 12, 2 ). Essas dores e angústias foram as dificuldades que cercaram aquele bendito parto: a viagem desconfortável, o frio, a humilhação, a pobreza, a falta de hospedagem.
Diz ainda: "(o Dragão) deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz (...) para lhe devorar o Filho (...) A Mulher fugiu para o deserto, onde (...) foi sustentada por mil duzentos e sessenta dias" ( AP 12, 4.6 ). De fato, o demônio atentou contra a vida de Jesus desde seu nascimento, na pessoa do perseguidor Herodes. Maria fugiu então com o filho para o deserto ( Egito ). Lá ficou por aproximadamente mil e duzentos e sessenta dias ( três anos e meio ). Ou seja, do ano 7 AC, ano do nascimento de Jesus, conforme atualmente se acredita, até março-abril do ano 4 AC, ano da morte de Herodes. Perfazendo os três anos e meio de exílio, nos quais a Sagrada Família foi sustentada pela Providência Divina.
Portanto, todos esses versículos, confirmam três verdades referentes à Maria: sua assunção aos céus. Pois o apóstolo a contempla revestida de sol, já estabelecida desde agora na glória prometida aos justos pelo seu Filho, quando disse "Os justos resplandecerão como o sol" ( Mt 13,43 ).
Confirma incontestavelmente sua realeza espiritual, pois a mesma se apresenta coroada com doze estrelas, símbolo das doze tribos de Israel e dos doze apóstolos. Portanto, Rainha do Antigo e do Novo Testamento.
Por fim confirma sua maternidade espiritual, pois diz o Espírito Santo: " ( O Dragão ) se irritou contra a Mulher ( Maria ) e foi fazer guerra ao resto de sua descendência ( seus filhos espirituais ), os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" ( Ap 12, 17 ).
Somos de sua descendência apenas se nos comprometermos com o Cristo Jesus, guardando os seus mandamentos e testemunhando-o como nosso Único e Suficiente Senhor e Salvador.


PAX CHRISTI

Diogo Pitta

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pe. Paulo traz a visão geral do pensamento do Papa Bento XVI


PAX CHRISTI

Diogo Pitta

Ateus: reencenando velhos erros


Eu acho engraçado como ainda existem estudiosos com a audácia de prever que o ateísmo tomará o lugar das religiões. Parece que eles não aprenderam nada! Durante o Iluminismo francês, Voltaire já previra o fim da Igreja Católica para muito em breve, acusando-A de atrapalhar os avanços científicos (mesmo que grande parte dos cientistas da época fossem jesuítas) – como se vê, nada mudou. Faz quase trezentos anos! E o nosso século, que se gaba de ser progressista e avançado, ainda se mantém terrivelmente preso aos preconceitos iluministas. Enquanto o mundo gira e a Cruz permanece inabalável, enquanto os inimigos de Deus passam e a Igreja de Cristo permanece, parece não haver nada de novo sob o sol. Os modismos (inclusive os intelectuais) passam, e a palavra de Deus permanece. Os homens já deveriam ter aprendido. Mas somos uma gente de cerviz dura.

Écrasez l’Infâme! Esmagai a Infame! Embora a perseguição exista desde a época de Cristo, creio ter sido Voltaire o primeiro a formular o grito de guerra neste imperativo satânico. Contudo, o mais impressionante é que Voltaire perdeu e, mesmo assim, possui ainda hoje uma multidão de asseclas seguindo-lhe os passos que a História já mostrou não levarem a lugar algum – senão a um precipício. Por quê?

O fenômeno parece apresentar-se em todos os lugares – recentemente eu lia sobre um pastor protestante ateu… E, por mais que seja necessário relativizar os dados do estudo (pois quem se diz “sem religião” não quer, nem de longe, dizer-se “ateu”), o fato é que as coisas me parecem estar encaminhadas nesta direção sim. Afinal, o individualismo é já o primeiro passo para o ateísmo (como aliás mostra o caso do pastor ateu). Ter uma confiança absoluta em si é já ter perdido o senso das proporções, é já ter direcionado o seu ato de fé para quem dele não é digno. Daqui para o ateísmo explícito, é só dar mais alguns passos.

Trata-se, no fundo, de uma antiquíssima tentação, de um pecado provavelmente tão velho quanto o próprio mundo – quiçá ainda mais. Trata-se de uma paráfrase (apresentando-se sempre em formas novas mas, no fundo, com a mesma essência podre e carcomida pelos séculos de sempre) do Non Serviam! que Lúcifer lançou à face do Deus Onipotente. O ateísmo não é senão um orgulho doentio, uma confiança desmesurada em si próprio.

Recentemente alguém me falava de um filósofo que postulara a inexistência de Deus “argumentando” que seria inconcebível existir alguma coisa maior do que ele [= o autor do "argumento"] próprio. É bastante óbvio que isto não é um argumento, mas é uma desculpa psicológica que ao orgulhoso sem dúvidas deve parecer bastante razoável: “não, eu não acredito que exista alguém maior do que mim”. Para mim, é exatamente este o pensamento que a imensíssima maioria dos ateus faz – mesmo que seja apenas tacitamente, no fundo do coração, repetindo-o freqüentemente para amortecer a própria consciência.

Afinal, o que é a fé inabalável na Ciência senão uma confiança absoluta no poderio humano e, portanto, em si próprio – parte da espécie humana? Existe porventura alguém que exija confiança cega na inteligência humana e que não esteja, no próprio ato de proferir este dogma, pensando em sua própria inteligência? Colocar o progresso (feito por homens e direcionado a homens) como fim último da vida humana não é incluir-se entre os artífices disto que se compreende como sendo a razão da existência? Por mais voltas que demos, não dá para escapar da inevitável conclusão: “eu sou a coisa mais importante do mundo, e não pode existir no mundo nada mais importante do que eu”.

Assim, muito ao invés de ser um ato de “inteligência”, de “liberdade” ou de qualquer outro nome pomposo que lhe queiramos dar, o ateísmo é no fundo um ato de orgulho. Se o nosso mundo está ficando mais ateu, isto significa simplesmente que estamos criando gerações de orgulhosos pretensamente auto-suficientes, que julgam ter o rei na barriga e entendem que o modelo ptolomaico está errado porque o universo inteiro, afinal de contas, gravita em torno de seus próprios umbigos. Portanto, isto é antes motivo de sérias preocupações do que de júbilo. Como na esmagadora maioria das coisas que o engenho humano é capaz de produzir por si só, este “mundo ateu” é pobre, feio, mesquinho, triste, degradante.

Fonte: http://www.deuslovult.org

PAX CHRISTI

Diogo Pitta