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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Adoro Te Devote e a Festa de Corpus Christi

 
A liturgia da festa de Corpus Christi é repleta de orações extremamente belas tanto pela composição e quanto pela profunda teologia que nelas se encontram.
 
A história desta festa também é bastante edificante.
 
No ano de 1263, um padre de nome Pedro de Praga, vacilante sobre a veracidade da transubstanciação, fez uma peregrinação de Praga a Roma, a fim de alcançar uma graça para que esta tentação o deixasse. Foi, então, que o prodígio ocorreu enquanto celebrava a Santa Missa perto donde repousava o corpo de S. Cristina em Bolsena.
 
Padre Pedro, no momento da consagração, viu gotejar sangue da Hóstia então consagrada e banhar o corporal e os linhos litúrgicos. O sacerdote, impressionado com o acontecimento, vai para Orvieto onde residia o Papa Urbano IV, o qual mandou para Bolsena o bispo Giacomo para verificar o ocorrido e recolher o linho manchado com o Sangue de Cristo.
 
No ano seguinte, o Papa promulgou a bula “Transiturus” que instaurava para toda a cristandade a Festa do Corpo de Deus na cidade que até então estava infestada de Cátaros – hereges que negavam o Sacramento da Eucaristia. O Papa pediu, então, para Santo Tomás de Aquino compor o ofício de Corpus Christi.
Uma das orações compostas por Santo Tomás foi o belíssimo “Adoro Te Devote”:
 
1.Eu vos adoro devotamente, ó Divindade escondida,
Que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências,
A Vós, meu coração submete-se todo por inteiro,
Porque, vos contemplando, tudo desfalece.
 
2.A vista, o tato, o gosto falham com relação a Vós
Mas, somente em vos ouvir em tudo creio.
Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus,
Nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.
 
3.Na cruz, estava oculta somente a vossa Divindade,
Mas aqui, oculta-se também a vossa Humanidade.
Eu, contudo, crendo e professando ambas,
Peço aquilo que pediu o ladrão arrependido.
 
4.Não vejo, como Tomé, as vossas chagas
Entretanto, vos confesso meu Senhor e meu Deus
Faça que eu sempre creia mais em Vós,
Em vós esperar e vos amar.
 
5.Ó memorial da morte do Senhor,
Pão vivo que dá vida aos homens,
Faça que minha alma viva de Vós,
E que à ela seja sempre doce este saber.
 
6.Senhor Jesus, bondoso pelicano,
Lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue
Pois que uma única gota faz salvar
Todo o mundo e apagar todo pecado.
 
7.Ó Jesus, que velado agora vejo
Peço que se realize aquilo que tanto desejo
Que eu veja claramente vossa face revelada
Que eu seja feliz contemplando a vossa glória. Amem
 
1.Adoro te devote, latens Deitas,
Quae sub his figúris vere látitas
Tíbi se cor méum tótum súbjicit
Quia te contémplans tótum déficit.
 
2.Vísus, táctus, gústus in te fállitur,
Sed audítu sólo tuto creditur
Credo quídquid díxit Dei Fílius
Nil hoc verbo veritátis vérius.
 
3.In crúce latébat sola Deitas,
At hic látet simul et humánitas
Ambo tamen crédens atque cónfitens,
Péto quod petívit látro paénitens.
 
4.Plagas, sicut Thomas, non intúeor
Déus tamen méum te confíteor
Fac me tíbi semper magis crédere,
In te spem habére, te dilígere.
 
5.O memoriále mórtis Dómini,
Pánis vívus vítam praéstans hómini,
Praésta méae ménti de te vívere,
Et te ílli semper dulce sápere.
 
6.Pie pellicáne Jésu Domine,
Me immundum munda túo sánguine,
Cújus una stílla sálvum fácere
Tótum múndum quit ab ómni scélere.
 
7.Jesu, quem velátum nunc aspício,
Oro fiat illud quod tam sítio
Ut te reveláta cérnens fácie,
Vísu sim beátus túae glóriae. Amem.
 
 Fonte: http://www.montfort.org.br


terça-feira, 28 de maio de 2013

Luiz Felipe Pondé - Debate Sobre O Politicamente Correto


Olavo de Carvalho O que é a Comissão da Verdade


Gabeira e a verdade sobre a luta armada


Para matar a saudade: A Fé de Ratzinger



Autor: Tracey Rowland

Descrição: Este livro foi escrito como uma introdução geral ao pensamento do Papa Emérito Bento XVI, incluindo a sua abordagem em relação à moral e à política teológica, à eclesiologia e à liturgia, além da sua interpretação dos documentos do Concílio Vaticano II. Também trata da questão do lugar do Papa Bento XVI entre os mais importantes teólogos contemporâneos.

A autora, Tracey Rowland, delineia os temas-chaves da obra de Bento XVI, a fim de perscrutar as suas análises em relação ao papel da Igreja perante os erros da modernidade, e os devidos remédios que devem ser ministrados para as enfermidades contemporâneas. Rowland acredita que Bento XVI toma de Santo Agostinho a sua concepção da centralidade do amor, tal como aparece em sua primeira encíclica, e seu vínculo essencial com a verdade, uma convicção de que a fé não pode ser radicalmente separada da razão, além de sua devoção pela beleza como transcendental, seja na arte, na música, na literatura, e sobretudo na liturgia.

Ficha Técnica:

Número de Páginas:280
Editora: Ecclesiae e Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimundo Lulio
Idioma: Português
ISBN: 978-85-631-604-30
Dimensões do Livro: 15 x 23 cm

Amado Batista diz a Marília Gabriela que o Brasil poderia ter sido outra Cuba.


Esta coragem, todos deveriam toma-la como exemplo excelso e bradar: O golpe de 1964 e todos os acontecimentos seguintes foram uma muralha de aço que nos livraram de um regime que devastava o leste europeu e regava de sangue seu solo; nos livraram de ter-mos nossas jugulares pisadas por botas comunistas! Viva O golpe de 1964!

domingo, 26 de maio de 2013

Bergoglio, revolucionário a seu modo

Sandro Magister

Os teólogos da libertação o elogiam, porém, entre ele e eles há um abismo. Os progressistas o contam entre suas fileiras, mas ele mantém-se afastado. O verdadeiro Francisco é muito diferente do que alguns imaginam

Roma, 16 de maio de 2013 - Em perdurável lua de mel com a opinião pública, o Papa Francisco também ganhou o elogio do mais combativo dos teólogos franciscanos, o brasileiro Leonardo Boff: “Francisco dará uma lição à Igreja. Saímos de um inverno rígido e tenebroso. Com ele vem a primavera”.

Na realidade, Boff abandonou há tempo o hábito franciscano, casou-se e substituiu o amor por Marx pelo amor ecologista pela mãe terra e o irmão sol. Porém, é ainda o mais famoso e o mais citado dos teólogos da libertação.

Quando há somente três dias de sua elevação ao papado Jorge Mario Bergoglio invocou “uma Igreja pobre e para os pobres”, parecia uma coisa feita à sua anexação às fileiras dos revolucionários. Na realidade, há um abismo entre a visão dos teólogos latino-americanos da libertação e a visão deste Papa argentino.

Bergoglio não é um prolífico autor de livros, mas o que deixou por escrito é suficiente e permite entender o que tem em mente com seu insistente misturar-se com o “povo”. Ele conhece bem a teologia da libertação, a viu nascer e crescer também entre seus irmãos jesuítas, porém sempre marcou seu desacordo com ela, inclusive ao preço de se encontrar isolado.

Seus teólogos de referência não eram Boff, nem Gutiérrez nem Sobrino, senão o argentino Juan Carlos Scannone [1], também jesuíta e detestado, que havia sido seu professor de grego e que havia elaborado uma teologia, não da libertação senão “do povo”, fundamentada sobre a cultura e a religiosidade da gente comum, em primeiro lugar dos pobres, com sua espiritualidade tradicional e sua sensibilidade pela justiça.

Hoje, com 81 anos de idade, Scannone é considerado o máximo teólogo argentino vivo, enquanto que sobre o que resta da teologia da libertação já em 2005 Bergoglio concluiu seu discurso deste modo: “Com a derrubada do império totalitário do ‘socialismo real’, essas correntes ficaram afundadas no desconcerto, incapazes de um restabelecimento radical e de uma nova criatividade. Sobreviventes por inércias, embora haja ainda hoje quem as proponham anacronicamente”.

Bergoglio deslizou esta sentença condenatória contra a teologia da libertação em um de seus escritos mais reveladores: o prólogo de um livro sobre o futuro da América Latina, o qual tem como autor seu amigo mais íntimo na cúria vaticana, o uruguaio Guzmán Carriquiry Lecour [2], secretário-geral da Pontifícia Comissão para a América Latina, casado, com filhos e netos, o laico de mais alto grau na cúria.

No julgamento de Bergoglio, o continente latino-americano já conquistou um posto de “classe média” na ordem mundial, e está destinado a se impor ainda mais em futuros cenários, porém está solapado no que tem de mais próprio: a fé e a “sabedoria católica” de seu povo.

A farsa mais temível ele vê no que chama “progressismo adolescente”, um entusiasmo pelo progresso que na realidade volta-se - diz - contra os povos e as nações, contra sua identidade católica, uma vez que “tem relação com uma concepção da laicidade do Estado que é antes um laicismo militante”.

No domingo passado quebrou o pau na Europa a favor da proteção jurídica do embrião. Em Buenos Aires não se esqueçam de sua tenaz oposição contra as leis a favor do aborto livre e dos casamentos “gays”. Na promoção de leis similares em todo o mundo ele vê a ofensiva de “uma concepção imperial da globalização”, a qual “constitui o totalitarismo mais perigoso da pós-modernidade”.

É uma ofensiva que para Bergoglio leva o sinal do Anti-Cristo, como em uma novela que gosta de citar: “Senhor do mundo”, de Robert H. Benson, anglicano convertido ao catolicismo há um século.

Em suas homilias como Papa, a mais que freqüente referência ao diabo não é um artifício retórico. Para o Papa Francisco, o diabo é mais real do que nunca, é “o príncipe deste mundo” que Jesus derrotou para sempre, mas que ainda tem liberdade para fazer o mal. Em uma homilia de há alguns dias ele formulou uma advertência: “O diálogo é necessário entre nós, para forjar a paz. Porém, com o príncipe deste mundo não se pode dialogar. Jamais!”.


Notas do autor:

[1] Duas entrevistas recentes ao teólogo argentino Juan Carlos Scannone, a primeira em inglês para Zenit: Retired Teacher Remembers Young Jorge Bergoglio (http://www.zenit.org/en/articles/retired-teacher-remembers-young-jorge-bergoglio) e a segunda em italiano para Il Regno: La teologia di Francesco (http://www.ilregno.it/it/rivista_articolo.php?RID=0&CODICE=52516).

A continuidade entre o Papa Francisco e a teologia de Scannone foi posta em relevo também pelo cardeal Camillo Ruini, em uma entrevista - Il mio Papa gesuita - (http://www.ilfoglio.it/soloqui/17969) Il Foglio em 26 de abril:

“Nos anos ’70 ditei cursos monográficos, em Reggio Emilia e em Bolonha, sobre a teologia da libertação, que nessa ocasião estava em moda na Itália. Por isso estudei um pouco também a teologia argentina, por exemplo, a elaborada pelo jesuíta Juan Carlos Scannone, que foi professor de Bergoglio. Já então esta teologia era reconhecida como essencialmente diferente, porque não se baseava na análise marxista da sociedade, senão sobre a religiosidade popular. Assimilar hoje a insistência do Papa Francisco sobre a pobreza e sobre a aproximação com os pobres à teologia da libertação, está totalmente fora de lugar. Trata-se, pelo contrário, simplesmente de fidelidade a Jesus e ao Evangelho”.


[2] Guzmán Carriquiry, “Una apuesta por América Latina. Memoria y destino históricos de un continente”, Editorial Sudamericana, Buenos Aires, 2005 (http://www.amazon.com/apuesta-America-Latina-Commitment-Spanish/dp/9500726564/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1367831905&sr=1-1&keywords=Carriquiry).

http://www.heitordepaola.com

Tradução: Graça Salgueiro

Contratação dos médicos cubanos: o que há por trás disso?

A propósito do burburinho que se formou a respeito da contratação de 6.000 médicos cubanos pelo Governo brasileiro, quero tecer alguns comentários e informar algumas coisas que me foram reveladas por um médico cubano, amigo meu de longa data. Por questão de segurança, pois ele ainda tem familiares vivendo na ilha-cárcere como “refém”, passo a chamá-lo de “Ernesto”. 

Ernesto formou-se em 1984 numa faculdade de medicina de Havana. Naquela época ainda não existia a Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), que só foi fundada em 1999 e hoje produz médicos em série, como numa fábrica. Conta-me ele que em seu tempo o curso era em 6 anos, como aqui, mas que todos os formandos se graduavam como “médico da família” e quem quisesse se especializar em outro ramo da medicina teria que cursar mais 3 anos na especialidade escolhida. Desses 6 anos, desde o primeiro até o terceiro ano constava no currículo o estudo do marxismo-leninismo, como materialismo dialético, materialismo histórico e ainda história do movimento operário cubano e da “revolução de Fidel”. Essa escola, entretanto, e apesar do ódio visceral aos norte-americanos, seguia o currículo e a bibliografia da Escola Norte-Americana de Medicina, pois Fidel seguia as política e ideologia da extinta URSS mas sabia que a medicina mais avançada era a ianque.

Quando já havia cumprido sua especialização em gastroenterologia (3 anos), Ernesto decide sair de Cuba a qualquer preço, quando uma amiga lhe fala que estavam enviando médicos para outros países. Não era condição sine qua non, mas davam preferência àqueles que fossem filiados ao Partido Comunista. Ele recebeu uma proposta de filiação e, por incentivo da família, como uma maneira de escapar da ilha, filia-se e é enviado para trabalhar em Pernambuco (PE) em 1997, num convênio firmado entre o Ministério da Saúde do governo de FHC e Cuba, o “programa médico de saúde da família”. A seleção foi feita em Miramar, num organismo estatal chamado “Colaboração Internacional” que tem vários departamentos: Departamento África, Departamento Caribe, Departamento América Latina, etc., e durante a entrevista foi-lhe dito que teria que, “nas horas vagas”, trabalhar como “comissário político”, ao qual ele recusou-se. 

Durante sua permanência em PE, ele foi alocado na prefeitura de uma cidade do interior, recebendo uma casa para morar com mais outras pessoas e uma empregada, alimentação e o salário de R$ 700,00. O governo federal pagava à Embaixada de Cuba por cada médico a importância de R$ 3.000,00, que repassava à prefeitura a parte correspondente a cada médico, ficando com um lucro de mais de 100%.

Com a criação do programa “Barrio Adentro”, criado por Chávez e Fidel Castro em 2002, conta-me Ernesto que o curso de medicina da ELAN sofreu um processo de “aceleração” e agora forma-se um médico em “Medicina familiar-comunitária” em 5 anos, quer dizer, em apenas dois anos, uma vez que os outros 3 são de doutrinação ideológica porque o objetivo não é formar médicos e sim “comissários políticos”. E as provas disto abundam, conforme pode-se ver nos vídeos que seguem.

Neste primeiro vídeo, vários estudantes brasileiros da ELAN dão seus depoimentos sobre sua experiência de estudar em Cuba. Desde 1999 o PT e Cuba, seu sócio no Foro de São Paulo (FSP), firmaram o primeiro convênio para enviar estudantes brasileiros para estudar na recém-inaugurada ELAM - talvez até tenha sido uma concepção do próprio FSP - como bolsistas, cujo edital de seleção todo ano é publicado pelo site do PT, conforme pode-se ler aqui. Para concorrer a uma dessas bolsas é condição indispensável ser filiado ao PT ou ao MST, conforme comprovam o edital e o vídeo.

Nestes depoimentos, todos os estudantes afirmam ser militantes do braço armado do PT, o MST, e a última a dar seu depoimento confirma o que me informou Ernesto mais acima. Diz a estudante esta pérola: “Espero voltar para meu país e implantar esta semente revolucionária que estou vivenciando aqui e que está me nutrindo”Esse vídeo não quer carregar, então, assistam-no aqui.



No vídeo seguinte temos uma explicação sucinta do ex-espião cubano Uberto Mario, sobre como começou o programa “Barrio Adentro”. Sobre este senhor, o Notalatina fez uma edição em 26 de novembro de 2007 mas que não chamou a atenção de ninguém, apesar da extrema gravidade, pois os brasileiros não estavam interessados em saber o que se passava na Venezuela que eu vinha denunciando há anos. Agora, com a vinda desses 6.000 agentes castristas ao Brasil, é possível que desperte a curiosidade negligenciada antes... Vejam as denúncias que Uberto faz:


Nesse próximo vídeo um médico venezuelano que “desertou” e hoje vive nos Estados Unidos, conta como era sua vida na Venezuela. Saliento que a maioria dos médicos (ou profissionais de outras categorias) cubanos se submetem a sair do país deixando alguém da família como “refém” (também foi assim com Ernesto), na esperança de fugir do “paraíso” e pedir asilo em outro país. O Dr José Luis de la Cruz, entrevistado nesse vídeo, conta - e confirma o que disse Ernesto - que ao chegar na Venezuela recebeu um lugar para morar, alimentação e um salário que era, no seu caso, U$ 160 dólares, enquanto Chávez pagava a Fidel U$ 800 a U$ 1.200 dólares por pessoa. Da idéia de liberdade, o Dr José Luis só soube quando deixou a Venezuela, pois segundo o “regulamento”, eles têm que voltar para seus alojamentos às 5 h. da tarde e de lá não podem mais sair. Mas assistam ao vídeo e conheçam as barbaridades que sofrem esses cubanos no vídeo abaixo: 

 

E, finalmente, convido-os a assistir esse vídeo do ex-espião Uberto Mario que publiquei em 2007, sobretudo a partir do minuto 8:55, onde ele fala sobre como os médicos cubanos são controlados e espionados até em seus telefonemas pela Embaixada de Cuba que retransmite TUDO para o controle dos ditadores Castro.

Ernesto me contou ainda que o “encurtamento” do curso da ELAM, além do objetivo de doutrinação ideológica, impede a validação dos diplomas nos países de destino, de modo a que “seus agentes” não desertem como fizeram tantos já desde a Venezuela. Ele me confirmou também que os médicos que foram para a Venezuela têm seus passaportes retidos pela Embaixada e, do mesmo modo que conta Uberto Mario nesse vídeo, recebem cedulação venezuelana para poder votar, um documento que não tem qualquer valor legal fora da Venezuela. 

Depois de juntar e analisar todos esses dados, me parece que algumas coisas ficam claras. A vinda desses médicos cubanos ao Brasil serve a alguns fins: fazer doutrinação marxista e enaltecer a revolução cubana e, de passagem, enaltecer o governo brasileiro angariando votos para as eleições de 2014. Como a “eleição” de Maduro está ameaçada, pois a oposição desta vez não aceitou calada a monumental fraude, os Castro querem se assegurar de que se perderem essa “boca” terão outra na reserva, afinal, esses 6.000 médicos cubanos vão custar aos cofres públicos, isto é, o nosso bolso, a bagatela de U$ 792 milhões. Se considerarmos o dólar a R$ 2,00, o custo aproximado será de UM BILHÃO, QUINHENTOS E OITENTA E QUATRO MILHÕS DE REAIS, que poderiam construir ambulatórios e hospitais nos locais menos assistidos, pois os médicos brasileiros não querem ir para os rincões mais distantes por FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO!

E para terminar, os questionamentos que me inquietam são: “quem” vai espionar esses médicos no Brasil? Já temos espiões instalados aqui de maneira encoberta e a sociedade que vai pagar esta farra não sabe? Onde vão ficar os “censores”, em um comando central na Embaixada em Brasília ou cada cidade vai ter seu corpo pessoal de espiões? Mais do que saber se esses médicos vêm tratar diarréia, catapora ou pressão alta, é preciso saber dessas questões político-ideológicas e de espionagem, pois se não cuidarmos, não tarda em acontecer o mesmo que na Venezuela que já é uma colônia de Cuba. Se você ama o Brasil, pense nisso. Quero agradecer a Christoffer Alex Souza Pinto pela inestimável ajuda que me prestou. Fiquem com Deus e até a próxima!
 
 
 
Graça Salgueiro
 
http://notalatina.blogspot.com.br/

Lobão "boca de ouro"!


sábado, 25 de maio de 2013

Cheira mal, só isso!


A verdade segundo Tomás de Aquino - Sidney silveira


Exposição do conceito de verdade ("adequatio intellectus et rei") que Santo Tomás de Aquino pega de empréstimo do pensador judeu medieval Isaac Israeli. Aula de Sidney Silveira.

ELISABETE DA TRINDADE: Elevação à Santíssima Trindade

Elevação à Santíssima Trindade (21 de novembro de 1904)

Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim mesma para fixar-me em vós, imóvel e pacífica, como se minha alma já estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar-me a paz nem me fazer sair de vós, ó meu Imutável, mas que em cada minuto eu me adentre mais na profundidade de vosso Mistério. Pacificai minha alma, fazei dela o vosso céu, vossa morada preferida e o lugar de vosso repouso. Que eu jamais vos deixe só, mas que aí esteja toda inteira, totalmente desperta em minha fé, toda em adoração, entregue inteiramente à vossa Ação criadora.

Ó meu Cristo amado, crucificado por amor; quisera ser uma esposa para vosso Coração, quisera cobrir-vos de glória, amar-vos… até morrer de amor! Sinto, porém, minha impotência e peço-vos revestir-me de vós mesmo, identificar a minha alma com todos os movimentos da vossa, submergir-me, invadir-me, substituir-vos a mim, para que minha vida seja uma verdadeira irradiação da vossa. Vinde a mim como Adorador, como Reparador e como Salvador. Ó Verbo eterno, Palavra de meu Deus, quero passar minha vida a escutar-vos, quero ser de uma docilidade absoluta para tudo aprender de vós. Depois, através de todas as noites, de todos os vazios, de todas as impotências, quero ter sempre os olhos fixos em vós e ficar sob vossa grande luz; ó meu astro Amado, fascinai-me a fim de que não me seja possível sair de vossa irradiação.

Ó Fogo devorador, Espírito de amor, “vinde a mim” para que se opere em minha alma como que uma encarnação do Verbo: que eu seja para ele uma humanidade de acréscimo na qual ele renove todo o seu Mistério. E vós, ó Pai, inclinai-vos sobre vossa pobre e pequena criatura, cobri-a com vossa sombra vendo nela só o Bem-Amado, no qual pusestes todas as vossas complacências.

Ó meu Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, Imensidade onde me perco, entrego-me a vá qual uma presa. Sepultai-vos em mim para que eu me sepulte em vós, até que vá contemplar em vossa luz o abismo de vossas grandezas.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Jornalista Detona vinda dos médicos cubanos para o Brasil


Por quê de Cuba? Estratégias traçadas pelo Foro de São Paulo são cada vez mais evidentes, e apenas visões obnubiladas, como às dos habitantes da "caverna" de Platão não conseguem perceber a intimidade extrema que o Brasil nutre com regimes ditatoriais. Terei enorme prazer em bradar: "Eu avisei!"

Papa teria feito exorcismo na Praça de São Pedro



Câmeras do Vaticano registram momento em que Papa teria feito a oração de libertação sobre o enfermo


O Papa Francisco teria realizado uma oração de exorcismo, ontem, na Praça de São Pedro, impondo as mãos sobre a cabeça de um enfermo, depois de o sacerdote que acompanhava o rapaz ter-lhe revelado que ele sofria de possessões. A cena ocorreu logo após a Missa de Pentecostes celebrada pelo Santo Padre, com a presença de mais de 200 mil pessoas. Segundo os exorcistas do programa “Vade Retro” da TV2000, emissora da Conferência Episcopal Italiana, "não há dúvidas de que se tratou de um exorcismo".

No vídeo é possível ver o Papa Francisco rezando concentrado e com as mãos postas sobre a cabeça do jovem. De uma face serena, o rapaz imediatamente passa a emitir sons estranhos, acompanhado por uma feição que aparenta ódio. Depois de terminar a oração, o Papa segue cumprimentando os demais, enquanto se pode ver o sacerdote que acompanha o rapaz rezando por ele sob os olhares atônitos dos que estão à volta.


domingo, 19 de maio de 2013

O que a Idade Média significou para a Europa - G.K. Chesterton

Comprometi-me a falar sobre a Idade Média. Tentarei ser impiedosamente neutro, deixar de lado tudo de controverso, e não dizer nada que não seja admitido pelos historiadores de praticamente todas as escolas. Entretanto, para começar, quero fazer uma ressalva. Desejo ser justo convosco e, por isso, também desejo que sejais justos comigo. Não sejais tão tendenciosos, supondo previamente que sou preconceituoso. Como podeis ver, tenho uma desvantagem, já que a própria palavra “medieval” é usada como um termo pejorativo. As pessoas têm chamado de medieval o gás venenoso, embora seja mais moderno do que os telefones. Mas isso porque simplesmente chamam de “medieval” qualquer coisa que não gostam. Ao menos adotai o medievalismo por seus méritos intrínsecos, como fizestes com as grandes culturas da Hélade e da China, sobre as quais trataram dois homens ilustres ao vos dirigir a palavra. Quando estais aborrecidos com vossa tia, não sibilais a palavra “helênica”, mas podeis chamá-la de “medieval”, apenas porque tal adjetivo significa que é velha, embora a Grécia Clássica seja muito mais antiga que a Idade Média. Ou, então, dirão: “O sr. Chesterton, com sua mentalidade medieval, acha que a cidade de Lincoln tem uma bela catedral”. Mas, não vão dizer: “o sr. Arthur Leigh Ashton (1897-1983), com sua mentalidade mongol, pensa que Confúcio (571-479 a.C.) foi um grande homem”. Permitis que Leigh possa pensar que Confúcio era grande, porque era; permitais que pense que as catedrais são grandes, porque são. Ou ainda, lá vem toda aquela conversa sobre “voltar à Idade Média”. Não pensais que o sr. Leigh desejasse que todos deixassem crescer tranças porque elogiou a China, nem é provável que todos saíssem correndo para o oráculo de Delfos, ou adorassem Diana, ou qualquer coisa tão bela. Entretanto, as pessoas “têm” uma ideia confusa de que qualquer elogio a alguma coisa medieval signifique desejar que todos aprendam a utilizar o arco longo ou as técnicas de falcoaria. 

Podemos abandonar o uso dessa palavra como um jargão e concordamos em ser mais justos com nossos antepassados como se fossem gregos ou chineses?O termo “Idade Média” é utilizado de modo pouco rigoroso para o período da longa transição entre o colapso do Império Romano e da expansão comercial e material de hoje, iniciada, grosso modo, com a expansão geográfica europeia que descobriu a América em 1492. Ora, a primeira coisa que me surpreende, a partir de uma leitura bem ampla e sem pretender tornar-me um especialista, é que o Império Romano terminou muito lentamente, ou que ninguém soube exatamente quando acabou. Estamos acostumados a coisas sensacionais acontecendo, nos jornais e noutros lugares, e temos uma vaga ideia de alguém lendo uma manchete: “A queda de Roma”. Mas Roma nunca caiu dessa forma. Já existiam chefes locais e pequenos reis em todos os lugares sob o domínio do Império Romano, que gradualmente foram expandindo seus domínios, saindo do feudalismo para as grandes nações, mas mesmo assim o Império se reafirmou como o Sacro Império Romano Germânico na metade da Idade Média. Tende esta imagem clara — o pano de fundo do grande império cosmopolita apenas mudando lentamente, porque essa é a chave para muitas coisas medievais, boas e ruins. Assim, como um exemplo do que poderíamos chamar de bom, o mundo era, naquela ocasião, muito mais internacional; agora é muito mais nacional. Esquecemo-nos disso, precisamente porque agora estamos muito ligados à ideia do nacional. Somos ingleses, e espero que patriotas, mas a questão vai muito além. Milhares de nós não podem imaginar qualquer coisa que não seja inglesa, e é assim com a maioria das outras nações modernas.Isso é bastante característico das nações modernas. São grandes o suficiente para serem limitadas, pois são suficientemente vastas para pensarem ser o mundo quando não o são. Um homem ao viver no meio da Alemanha ou no meio dos Estados Unidos ou da Rússia vive num mundo que se fecha para o mundo. Houve patriotismo local acirrado nas cidades gregas antigas, mas todos sabiam que eram cidades gregas, e foi assim nas repúblicas católicas da Itália medieval ou ainda o é nas modernas repúblicas da América do Sul, onde todos sabem que são repúblicas católicas. Na Idade Média havia duas coisas: por um lado, a pequena unidade local amada pelos homens que, por vezes, lutavam por ela e, por outro, a grande civilização do Império e da Igreja a que também pertenciam. 

Mas vivemos numa terceira coisa: a nação imperial, grande o suficiente para parecer universal e que nos torna simplesmente nacionais. O motivo das guerras modernas serem tão imensas e horríveis, e de demorarem tanto tempo, é cada Estado realmente achar que representa os princípios fundamentais do universo. A Idade Média tinha intermináveis disputas locais, mas possuía uma visão mais universal do cosmo. Havia um homem que andava pelos portões da cidade agitando a lança e bradando as conquistas vindouras; sua cidade estava em guerra com a comuna de Perúgia, que era algo como se existisse uma guerra entre os distritos londrinos de Richmond e Kew. Mas após a paz ser feita esse homem voltou-se para outros interesses. Seu nome era Francisco de Assis (1181-1226). Como o patriota moderno, poderia ser tão bom homem e ter ido para o túmulo acreditando que o objetivo principal de Deus era o extermínio dos peruginos.

Este é um dos resultados do lento declínio da unidade romana que devemos considerar bom: as nações estavam mais próximas umas das outras, porque estavam mais perto de suas origens. Outro exemplo, mas que poderíamos chamar de ruim, é o fato da escravidão do mundo romano antigo ter acabado de forma muito lenta — há a mesma controvérsia sobre quando teve fim. Basta dizer aqui, e ninguém há de negar que, até onde sei, ao começar a Idade Média os servos eram escravos (no antigo sentido pagão) e, quando ela terminou, os servos de algum modo tinham se tornado algo bastante diferente: eram muito mais parecidos com o que chamamos de camponeses. Se isso foi a evolução econômica ou o lento crescimento da consciência cristã (que é muito lento na maioria de nós) ou qualquer outra coisa, é uma questão controversa e, por isso, não vou contestar. Meu objetivo aqui é simplesmente mostrar outro exemplo da Antiguidade mudando lentamente, sem qualquer ruptura definitiva.

Ouvireis duas críticas ao medievalismo. Ambas ilustram a continuidade romana. A primeira é que o mundo medieval aceitava a autoridade, o que é verdade, mas, curiosamente, não só a autoridade da Igreja, como também, às vezes, a autoridade pagã que quase se opunha à autoridade da Igreja. Por exemplo, o médico de Geoffrey Chaucer (1343-1400) era cético a respeito da religião, mas estava satisfeito com a ciência médica, porque estava baseada na Astrologia. Dificilmente corremos para os hospitais no distrito de Harley Street para consultar um astrólogo. Sabemos que Igreja foi contra a astrologia, mas que Aristóteles (384-322 a.C.) e muitos na antiguidade eram a favor dessa prática. Em segundo lugar, que o mundo medieval não era progressista, e concordo que não se “sentia” progressista. E, pelo mesmo motivo, lamentava a grande civilização que fora internacional. Não vos assusteis, não falo da Liga das Nações, mas a maioria dos homens modernos procura o internacionalismo no futuro, os medievais buscavam por ele no passado. Na verdade, eram progressistas na prática, não na teoria. A Idade Média inventou algumas coisas inteiramente novas. Qualquer arquiteto dirá que o gótico foi realmente uma nova invenção da Engenharia. Surgiram os parlamentos e a imprensa foi inventada naquela ocasião, mas esses dois fatores são raramente notados porque, como disse, as pessoas chamam de “medieval” as coisas que não gostam. Caso pensemos, algum dia, ficar enfastiados dos jornais, acho que deveríamos dizer: “A imprensa é uma relíquia medieval”; caso os políticos se tornem impopulares (algo impensável), devemos dizer: “O Parlamento evidencia sua origem medieval bárbara”. Então correremos para a radiotelegrafia, e ouviremos que não há nada melhor.

Esta é a grande linha histórica. Embora tenha havido um lento declínio da civilização romana, certamente houve o grande nascimento da civilização medieval. O século XIII foi ápice da inteligência humana — pelo menos o de algumas mentes humanas. Há passagens em Santo Tomás de Aquino (1225-1274) sobre política que parecem uma utopia moderna, só que mais saudável. Contudo, durante todo o período, à distância de uma flecha do mosteiro, as condições eram quase bárbaras e muitas vezes abomináveis. Não sabemos se os melhores ideais prevaleceram sobre as piores realidades, provavelmente não, mas de qualquer forma, estavam assimetricamente posicionados entre dois grandes fatos históricos, o primeiro a frustrar o progresso e o segundo a matá-lo. Ambos vieram do Oriente, o primeiro, a religião de Maomé (570-632), e o segundo, a Peste Negra.

O maometanismo teve o justo crédito de pregar uma maior igualdade entre um homem e o outro, e uma igualdade, embora menor, entre o homem e a mulher. Foi um verdadeiro rival para o cristianismo, e agora ninguém percebe o quanto verdadeiramente rivalizou. Em grande parte, infelizmente, o efeito da igualdade islâmica foi o aumento de nossa desigualdade. Já havíamos herdado os males da civilização antiga, como a escravidão; os males de sua decadência, como o feudalismo; tínhamos muito da formação militar, em parte da antiguidade, do modelo de Roma e, noutra parte, o da guerra contra os bárbaros. Nessas circunstâncias, vejo que a explosão do Oriente nos paralisou e nos firmou na formação militar. Todos os títulos nobiliárquicos são simplesmente patentes militares, como nos casos de duque ou marquês e assim por diante. Poderíamos ter desenvolvido melhor a nossa própria religião, não fosse a guerra com uma religião rival. Uma democracia pode organizar uma guerra, mas uma aristocracia não pode, ao mesmo tempo, organizar uma democracia “e” uma guerra. O inimigo lhe abaterá. Havia um perigo permanente. Tomemos as cruzadas. Não me importo o quanto podeis atacar as cruzadas como uma agressão, caso não vos lembreis: elas foram um contra-ataque. Os muçulmanos conquistavam a Espanha e a Sicília, e foram detidos em Tours. Ora, um invasor a vagar no meio da França não pode fingir ser um morador inofensivo, perdido num bairro de Meca. Mas as cruzadas fracassaram, e então, além dessa tragédia, veio no encalço a grande peste, que matou os melhores sacerdotes e o povo, deixando um tipo de gente inferior que havia esquecido o melhor dos ideais medievais, e levou a Idade Média ao fim.

Ao tentar uma síntese, retorno à construção gótica. Em primeiro lugar porque foi realmente uma coisa nova, em segundo lugar porque foi uma nova forma de construção, superior à anterior. Talvez, só dos pináculos, senão do mais exíguo pináculo podeis ver a mais extensa paisagem. A visão medieval era muito universal; não devemos subestimá-la. Não menosprezemos a cavalaria e o romance de Dante Alighieri (1265-1321) e sua Beatriz, que era novo, pois não era o mesmo de Catulo (84-54 a.C.) e Lesbia, e está na história do que se chamava de Vida Nova. Aldous Huxley (1894-1963) pediu ao mundo moderno, em vão, que seguisse a razão conforme progredisse; não zombemos dos escolásticos, caso tenham seguido a razão um pouco além. O amor e a lógica eram mais novos e livres, embora limitados por más condições, assim como altas igrejas eram quase sempre construídas em ilhas. As comunicações eram ruins. Atualmente, as comunicações são muito boas e temos a maravilhosa tecnologia da radiofonia pela qual falo com pessoas que nunca vi. Portanto, agora não tenho nada a fazer senão emanar uma poesia tão fresca quanto a de Dante e uma filosofia tão grandiosa quanto a “Suma Teológica”. Só que agora, quando posso me comunicar com todos, não tenho o que dizer.


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Em 27 de março de 1936, G. K. Chesterton deu uma palestra na rádio BBC para as escolas da Grã-Bretanha. O texto do presente ensaio é a transcrição da apresentação, tal como apareceu na edição de 1º de abril de 1936 na revista “Listener”.Em língua portuguesa o artigo foi publicado originalmente, numa versão acrescida de notas do tradutor, no seguinte periódico: “The Chesterton Review (Edição Especial em Português)”, Volume II, Número 2, 2010: 7-13.
Este artigo é protegido pelas leis de Direitos Autorais, sua reprodução é proibida sem a autorização do Centro interdisciplinar de Ética e Economia Personalista (CIEEP). A publicação do artigo no site Chesterton Brasil foi gentilmente permitida pelo CIEEP.

Pesquisa de Mark Regnerus ainda assusta gayzistas

 Escrito por Austin Rose | 17 Abril 2013
 
Gayzistas parecem obcecados com um estudo de ciência social que vai contra eles. Eles dizem que a pesquisa não é importante, mas não conseguem parar de falar sobre ela.

Um ano atrás o Dr. Mark Regnerus, da Universidade do Texas, publicou uma estudo de 15 mil pessoas que mostrava que as crianças têm um desempenho melhor num lar com sua mãe e pai casados. Além disso, ele revelou que nenhuma outra estrutura de família funciona tão bem.

Um tsunami de protestos e ataques pessoais o tragou. Sua universidade e a revista em que ele publicou suas descobertas investigaram a pesquisa e o inocentaram de qualquer suspeita. Mesmo assim, os ataques contra ele e aqueles que usam sua pesquisa continuam.

A Dra. Susan Yoshihara, diretora de pesquisas de C-FAM, usou o estudo de Regnerus diante da Assembleia Legislativa de Rhode Island e foi atacada por inspetores políticos que afirmam que parte do testemunho dela era falso. Yoshihara contestou a opinião que afirma não fazer diferença se a criança é criada por pais gays ou biológicos. Ela disse que tais alegações foram “despedaçadas pelas melhores pesquisas de ciência social mais recentes.”

Yoshihara também apontou para um estudo que desafia as alegações da ciência social de que a orientação sexual dos pais não faz nenhuma diferença. Loren Marks da LSU analisou 59 estudos usados para fazer essa alegação e constatou que todos eles tinham deficiências científicas.

Politifact, que se considera um grupo que defende a verdade política, condenou a afirmação de Yoshihara como falsa. Yoshihara, porém, diz que o próprio artigo do Politifact apoiou sua afirmação quando citaram um “acadêmico prudente” que disse que a questão não está decidida na literatura científica, que era a afirmação de Yoshihara em primeiro lugar.

O estudo de Regnerus apareceu de novo nesta semana nas páginas do New York Times. Bill Keller, ex-editor-executivo do Times, disse: “O estudo foi praticamente demolido pelos colegas.”

E o Huffington Post entrou na questão de Regnurus nesta semana ao relatar que ele teve treinamento midiático antes que seu estudo fosse divulgado no ano passado e ele recebeu dinheiro para seu estudo de uma fundação conservadora e tinha palestrado para grupos conservadores.

O Huffington Post também apontou para o fato que Regnerus assinou um depoimento amicus curiae apresentado ao Supremo Tribunal em suas deliberações sobre casamento de mesmo sexo. Eles chamaram o dele de “pouco notado,” embora dos aproximadamente 50 depoimentos de ambos os lados esse foi um dos únicos debatidos durante os argumentos orais.

Yoshihara disse que ela trouxe o estudo de Mark Regnerus para a Assembleia Legislativa de Rhode Island porque em audiências semelhantes, no ano passado, o presidente do comitê insistiu em que não havia nenhuma literatura “com revisão de colegas especialistas” refutando a alegação de que “o estudo não faz diferença.” O estudo de Regnerus rebate cientificamente a afirmação e foi revisado por outros especialistas, o que parece ter assustado o New York Times, Politifact, o Huffington Post e muitos outros defensores do casamento homossexual.

Publicado no ‘Friday Fax’ do C-FAM.

A ditadura do “casamento” gay chegou ao Brasil

"Os cristãos não podiam “impor” seus valores na Alemanha nazista e na União Soviética, que impunham seus valores anticristãos sobre todos, inclusive sobre os cristãos."

Novamente, os cristãos se deparam com uma ditadura que quer forçá-los a violar sua consciência.

Flávio Sincero trabalha num cartório. Ele sempre se empenhou pela honestidade, dentro e fora do trabalho. Se o supermercado lhe dava troco a mais, ele não pensava duas vezes: devolvia o dinheiro que não lhe pertencia.

Sua integridade passará por uma prova de fogo.

No cartório, chegam dois homens, o sr. Estrebaldo Oportunista e o sr. Anúbio Vigarista, que sem demora dizem: “Queremos nos casar!”

“Para quando, senhores?” pergunta Flávio.

Ao receber a resposta, o homem do cartório indaga: “E qual é o nome de suas esposas?”

“Você está olhando para ela,” diz Anúbio, apontando para o barbudo Estrebaldo. “Queremo nos casar aqui.”

Flávio sua frio. Quando criança, ele escutava sua professora de escola dominical ensinar sobre a coragem de Daniel, que não se prostrava diante das leis erradas do rei babilônico Nabucodonosor. Mas ele nunca imaginou que tais provações pudessem também ocorrer nos dias de hoje.

Ele leu nesta semana reportagens de vários jornais dizendo que, sob iniciativa do ministro Joaquim Barbosa, todos os cartórios do Brasil serão obrigados a “casar” homossexuais.

Antes, ele ouvia de jornalistas que o movimento homossexual não queria impor nada sobre ninguém.

Agora, Flávio se sente traído por Joaquim Barbosa e pelos meios de comunicação.

Flávio se casou no ano passado e tem uma filhinha de poucos meses. Se ele não fizer o que Joaquim manda, o que será do seu emprego? Como ele conseguirá sustentar sua família?

E agora, o que fazer diante de Estrebaldo e Anúbio?

“Não posso casá-los…” diz ele.

“Como assim?” diz Estrebaldo.

“Casamento é apenas entre homem e mulher. Não existe casamento entre dois homens. Isso é artificial. Não é natural,” tenta argumentar Flávio.

“Seus pensamentos não interessam. A lei agora diz que você deve nos casar. Por isso, não há o que discutir aqui. Apenas faça o que a lei manda você fazer,” Anúbio afirma.

“Sou seguidor de Jesus Cristo. Tenho compromisso com a Lei maior, que é a favor da família. Só poderei casar vocês quando cada um de vocês trouxer uma mulher para ser esposa…” responde Flávio, sabendo, tristemente, qual será a próxima reação.

“Neste caso, seu cristão de meia tigela, vou imediatamente à polícia abrir um boletim de ocorrência contra você e seu preconceito e ódio contra nosso direito de casamento! Você não pode impor seus valores sobre nós!” grita Anúbio.

Anúbio e Estrebaldo estão certos. Os cristãos não podiam “impor” seus valores na Alemanha nazista e na União Soviética, que impunham seus valores anticristãos sobre todos, inclusive sobre os cristãos.

Novamente, os cristãos se deparam com uma ditadura que quer forçá-los a violar sua consciência.

Outros já trilharam esse caminho, inclusive Daniel na Babilônia.

Quem diria que um dia — mais precisamente, em nossos dias — teríamos a oportunidade de colocar em prática o testemunho de Daniel em nossas vidas e empregos?