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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Carta para um apóstata.

Uma menagem à todos que dentro da Santa Mãe Igreja, a corrompem, maltratam, tentam em vão destruir a fé Católica e o Papa, enganam, mentem, igualam-se à este mundo tenebroso e seu príncipe, e se fazem lobos em pele de cordeiro. "As portas do Inferno não Prevalecerão sobre a minha Igreja". ( Mt 16,18)
 Inspirado na segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (11, 16-33 et. 12, 1-10).

Então você acha que eu sou louco!? Tudo bem, o seu julgamento a meu respeito também pode ser o meu troféu.
 Mas antes me deixe dizer o que eu penso de você. Não o que Deus sabe, mas o que eu penso. Já que você se vangloria dos seus “achismos” também vou me gloriar dos meus:
 Eu venho te observando há algum tempo... você carrega essa máscara de bom moço(a), ajuizado(a). Não “se queima” com os pagãos que ofendem a sua Igreja, pois quer manter a boa política com todos. Não quer manchar o seu nome por causa de “conceitos retrógrados”, ou “falta de caridade”. Diz por aí “Deus é amor!” como se Deus fosse alguém sem discernimento, que faz vista grossa pra todo tipo de mal, como você faz. É, você mesmo(a); você que já está pensando a meu respeito: “Nossa, como ele é grosso! Não tem Deus no coração!?”.
 Vendo a sua imensa complacência com os que insultam, mentem, pisam e desmoralizam a sua Igreja, não consigo ter outra reação senão pensar: “Puxa, se ele(a) aguenta isso dos pagãos, que o fazem mal, certamente suportará ainda mais de mim, que quero o seu bem!” Mas, surpreendentemente, de mim, que o(a) quero bem, você não suporta nada. Nem que eu me manifeste!
 Talvez você esteja pensando: “Mas os pagãos são ignorantes, merecem a nossa complacência.” E eu, que quero o seu bem, não a mereço ainda mais? E, no entanto, você me trata com dureza.
 Ou talvez você esteja pensando: “Mas os outros estão com o coração fechado, temos que abrir aos poucos, com a paciência que Deus também teve conosco.” Ora, e eu que estou de coração aberto, não mereço ainda mais a sua paciência, em ouvir meu conselho para o seu bem? E, no entanto, você me trata como um louco que não sabe o que diz.
 Ou ainda, pense heroicamente: “Não posso pagar na mesma moeda o que o mundo me faz. Estou dando a outra face.” Ora, se te achas um herói por não revidardes os ataques do mundo, porque também não revidas a minha boa intenção, mas, ao contrário, me tratas exatamente como o mundo te trata?
 Parece que o errado sou eu que quero o seu bem, e certos os que te querem mal.
Pois bem, já que a sua resposta é sempre auto-defensiva, vamos nos comparar:
 Você se acha servo(a) de Cristo por calar a Verdade diante da mentira!? Pois bem, eu sou muito mais por calar a mentira diante da verdade.
 Você se acha temente a Deus por tratar bem o mundo e mal a um profeta!? Pois bem, eu me faço profeta e suporto ser mais um na lista dos que foram assassinados pelos que veio salvar. E sou para o mundo como um pai é para o filho desobediente; não lhe poupo a vara, para que não pereça por falta de repreensão.
 Você se acha muito benevolente e pacífico(a) por tapar os ouvidos para as ofensas e ataques, em prol da sua boa imagem!? Pois bem, quando um verdadeiro cristão se levanta e mostra ao mundo como ele está errado e o critica, o ódio te domina, pois, ao mostrar como você mesmo deveria ter agido, todos vêm que você não passava de um farsante; sepulcro caiado, bonito por fora, podre e vazio por dentro. A sua ira te domina e você investe contra aqueles e Aquele que te derrubou do seu trono de mentiras, assim como foi feito com o “seu” mestre caído.
 Diante disto, sou compelido a dizer que já não vejo diferença entre você e os que são do mundo. Ambos concordam em ideias, ambos concordam em atitudes, ambos atacam a Igreja (cada um do seu modo), ambos maltratam os servos de Deus, ambos pensam conforme a moda, ambos acham que a palavra de Deus é retrógrada, ambos usam a palavra de Deus em seu próprio benefício, ambos a deturpam, ambos crêem mais nos filósofos da moda do que em Jesus, ambos fazem pouco do castigo eterno (ou nem mesmo crêem), ambos mentem, ambos matam (com palavras ou armas), ambos estão na Igreja destruindo-a por dentro... não há divergências, é um acordo perfeito. Tão perfeito que já não vejo porque te chamar de irmã(o) ou de Igreja. Mas, ainda assim, você se auto-intitula cristão. Pois saiba que o termo mais apropriado para você é apóstata. 
 E assim foi a minha vida desde então. Suportei todo tipo de mazelas por causa do seu ódio de apóstata: fome, sede, insônias, insultos, difamações, calúnias, mentiras, falta de dinheiro, falta de um teto para morar, jejuns forçados, frio, calor, cansaço, morte, tristeza, ira, indignação, escravidão, perigos, processos judiciais, perseguições, tentativas de assassinato, torturas, privação da Eucaristia e até excomunhão sofri por causa de suas mentiras e manipulações.
 Você deve estar muito feliz em constatar que todos os castigos que você me infligiu me fizeram o mal que você esperava que eu sofresse. Talvez até mais. Fiquei bem fraco, admito. Afinal, quem não ficaria!? Mas saiba também que, por causa da sua atitude, me tornei mais forte. Os seus ataques demonstram tanto o meu quanto o seu lugar no mundo. O apóstata opressor sempre tenta destruir o profeta, que diz a verdade sem medo e sem meias-palavras. Nunca tive medo de você, pois sempre soube que você era capaz de destruir o meu corpo, mas nunca a minha alma. Antes, cada ataque seu me fortaleceu mais na certeza de que estou no caminho certo.  
 Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que me gloriarei! Farei como você e como o mundo, me gloriarei e me enaltecerei. Não de mim mesmo, como você o faz, mas de imitar o meu Senhor, Altíssimo, suportando a sua inveja e os seus ataques com a bravura de um verdadeiro herói.
Mas gloriar-me-ei apenas diante de ti, para que contemple a paga de sua sanha e espume de ira, ou para que se contrista e mude de vida.
 Já diante de Deus e dos irmãos na Verdade, não me glorio, com a ajuda do Senhor, que me presenteou com um espinho na carne, um anjo de Satanás, para me esbofetear, a fim de que eu não me torne orgulhoso.
E do Senhor, em consolação, ouvi a justificação de todo sofrimento que você me infligiu: “Basta-te a minha graça; pois é na fraqueza que a força se realiza plenamente”. Por isso, de bom grado, me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim; e me comprazo nas fraquezas, nos insultos, nas dificuldades, nas perseguições e nas angústias por causa de Cristo. Pois, quando estou fraco, então é que sou forte.
 Se você realmente acredita ser cristão e não vive assim, está vivendo uma mentira e deve reconsiderar sua ideia de cristianismo.
 Que a graça de nosso Senhor esteja com todos aqueles que se identificam com este relato.
  
Cordialmente,

Mais um servo de Deus.

Bruno Mourão.

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