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quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Caminho Certo...

Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que seja reduzido à impotência o corpo (outrora) subjugado ao pecado, e já não sejamos escravos do pecado. (Rom 6, 6)

Muito se discute, nos dias atuais, sobre o que é o pecado, e como ele se manifesta em nossas vidas: se é mortal ou não, se há perdão ou não. Deixando um pouco de lado a questão de pecados veniais ou mortais, é preciso analisar a origem do pecado e de que maneira ele entra em nossas vidas. A Palavra de Deus diz que o inimigo (diabo) veio para roubar, matar e destruir, diz que é o pai da mentira, e isto, como não poderia deixar de ser, é inteiramente verdade: Vós tendes como pai o demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando diz a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.(Jo 8, 44). Nós, porém, devemos ter cautela, para não atribuir ao inimigo uma culpa que muitas vezes parte de dentro de nós, e com isso, mistificando nossas falhas, acabamos por esconder-nos atrás da maldade do inimigo, e com isso fazendo crescer ainda mais os nossos defeitos.
Hoje em dia, o mundo cultua o pecado. Há uma medonha cultura do pecado, que mesmo que nós não queiramos participar, ela bate à nossa porta a fim de nos assolar, e isto principalmente com os mais jovens, os menos experimentados no amor de Cristo, os que não crêem em Deus, e assim por diante.
No que diz respeito à juventude, o pecado se inicia em sua grande maioria por uma procura desesperada por felicidade, por alegria e principalmente por amor. Tentam em vão, buscar este amor e alegria em noitadas, no álcool, em orgias e nas drogas. Estes meios trazem sim alguma euforia, mas esta euforia é como fumaça: algo que não dura, é um sentimento que permanece por algumas horas, e quando esta euforia acaba, dá lugar à depressão, vazio, tristeza e solidão. Quando a fuga é para as drogas, é claro que há o fator da dependência química, mas o verdadeiro pecado é não reconhecer que precisa ser tratado deste vício . Após o efeito do entorpecente, a pessoa é acometida por um imenso quadro depressivo, isto por efeitos fisiológicos e psicológicos. Fisiológicos, pois no momento em que se ingere algum entorpecente, a maioria deles altera o funcionamento do Sistema Nervoso Central, aumentando suas atividades neurais, tornando o indivíduo mais atento, eufórico e disposto, isto ocorre enquanto há o efeito das drogas; e os efeitos psicológicos, pois após o efeito da droga, se inicia o quadro depressivo, já que naquele momento, o indivíduo se dá conta do que ocorreu, que toda aquela euforia, todo aquele aparente amor que os “amigos” sentiam por ele, era ilusão. Logo, encontrar o amor, o respeito e compreensão nas drogas, ou em qualquer outro vício é impossível.
Procurar a felicidade é algo que exige cautela na escolha dos caminhos, pois no mundo de hoje são fartos os caminhos que conduzem à perdição. O mundo de hoje prega, de maneira veemente, que se uma pessoa com tendências homossexuais, que acha que sua felicidade está em realizar uma cirurgia de troca de sexo, ela deve seguir seus instintos e realizar a tal cirurgia. Atualmente a busca pela tal “felicidade” não tem limites, não tem precedentes, não tem critério e nem freio, e com isso o plano de Deus acaba por ser esquecido ou ignorado. E é neste momento, que o pecado entra em nossas vidas.
No momento em que pecamos, NÓS nos afastamos da graça e do amor de Deus, que é abundante de Graça e Amor, mas no momento em que nos afastamos de Seu Amor e Sua Graça, o pecado prevalece em nossa vida, dando lugar apenas a destruição, mentira e infelicidade. Entendamos que, no momento em que OPTAMOS por procurar nossa felicidade em algo em que Deus e seu Filho não estão, buscamos a felicidade nos braços do inimigo. Neste momento, a opção por procurar a felicidade nos braços errados é uma decisão nossa, é uma opção livre, e por isso devemos ter cautela em atribuir “tudo” ao inimigo, isentando-nos à nós mesmos de nossas culpas. No momento em que nos lançamos nos braços do inimigo, aí a ação maligna se faz presente, e termina de destruir os muros da alma.
Portanto, pecar ou não pecar é uma opção, e optar pelo caminho certo faz toda a diferença. Geralmente todo caminho que é mais fácil, rápido e sem incômodos é nocivo à nossa alma, degrada nossos sentimentos. O caminho para a felicidade e o amor, é Cristo. O próprio Cristo, foi açoitado, padeceu na cruz, para que tivéssemos felicidade em nossas vidas, para que fossemos absolvidos de nossos pecados, mas o que se vê hoje é o Cristo sendo novamente crucificado. Ele é novamente crucificado a cada vez que buscamos felicidade nos braços do inimigo, cada vez em que recorremos a outros meios para buscar a felicidade que não Nele. Diz o Cristo; Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores." (Mt 9, 13), logo, apenas nele, conseguiremos a cura para nossos males, porém, o momento em que ocorrerá a cura para nossas mazelas, cabe à Cristo a decisão de qual momento é o mais adequado para que ocorra, portanto, não devemos nos decepcionar caso nossa cura demore mais do que esperávamos, pois é como se fosse um tratamento médico, onde pode ocorrer uma cura instantânea, ou podemos permanecer numa “UTI”, até que nos seja dada uma “ALTA”. Devemos portanto ter paciência e confiança em Cristo.

Busquemos a felicidade, a acolhida e o Amor, na única Fonte inesgotável e indissolúvel, que são o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, pois diz a Sagrada Escritura; “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (Jo 6;56) Busquemos sempre estar diante da sua presença, como filhos que buscam a proteção nos braços do Pai, pois somente assim, alcançaremos uma felicidade; não momentânea, mas eterna.Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15, 5)


A Paz de Cristo.

Diogo Pitta

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