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quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ver o Cristo acima das Aflições

“Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem, eu venci o mundo” ( Jo 16,33 ).
Neste trecho da Sagrada Escritura, o evangelista João narra um dizer do próprio Cristo, quando seus discípulos demonstram crer em suas palavras e na sua missão, e creio que esta passagem da Sagrada Escritura, pode ser aplicada em nossas vidas, de uma maneira geral.
Quando nos deparamos com os obstáculos que a vida nos impõe, muitas vezes nos amedrontamos e nos acovardamos diante destes obstáculos, sem ao menos lembrar-nos do tamanho do Nosso Deus, sem nos lembrarmos do poder desse Deus, e isto gera um sentimento de solidão e abandono.
O grande passo para enfrentar estes medos e sermos vitoriosos diante das dificuldades, é crer que as tribulações hão de surgir, mas o que nos faz diferentes das demais pessoas que vivem estas tribulações, é a fé que nos move, é a fé na providência Divina, o que não quer dizer que devemos permanecer atônitos diante das adversidades, mas que devemos confiar que há um Deus que pode te dar forças para superar estas barreiras, que há um Espírito Santo que nos dá discernimento e visão para encontrarmos o melhor caminho para sermos vitoriosos em nossas vidas. È sim, muito importante a presença da Santíssima Trindade em nossas vidas em todos os momentos, mas especialmente nestes momentos de aflição do qual se refere Cristo pelo evangelista João, pois sem a vivência da Santíssima Trindade em nossas vidas, nos encontramos perdidos e confusos, o que acaba por muitas vezes nos afastando da nossa fé, e neste momento, a queda é certa.
Tomemos como exemplo a aflição de nosso Senhor Jesus Cristo, quando por três vezes orou à Deus, pedindo que se fosse possível afastasse dele este cálice, ou seja, todas as dores que havia de sofrer. Pense, se nem o Cristo ficou livre de aflições, por que nós haveríamos de ficar ilesos, mas perceba a atitude de Cristo diante da aflição; ele olha para o alto e eleva seu coração ao Pai, ele expõe sua aflição. Lembremos também da aflição e da dor de Jesus, quando era açoitado atado à coluna, ou até mesmo na Cruz, quando fala diretamente com seu Pai. È o que devemos fazer, pois, assim como Cristo Olhou para o alto nas suas dores e aflições, façamos nós da mesma forma.
No casamento não é diferente. Quando nos dizem; “A vida de casado não é um mar de rosas...”, não devemos levar ao pé da letra, mas devemos considerar como meia verdade, pois devemos ter consciência de que a vida Matrimonial, une duas pessoas, um homem e uma mulher que trazem consigo suas manias, seus defeitos e pensamentos, e ao exporem suas idéias, muitas vezes ocorrem as discussões, porém estas discussões devem ser encaradas como sendo um aprendizado, pois esta é uma das características do casamento; um eterno aprendizado, e quando o casal tem a certeza de que não irão ocorrer tribulações, neste momento ocorrem as frustrações, pois o que se havia projetado para a vida conjugal, não ocorreu e daí surgem as brigas, ressentimentos e por fim a separação.
Assim também acontece em nossas vidas, pois quando assumimos algum projeto ou compromisso, esteja certo de que aflições hão de acontecer, mas o que importa é a sua habilidade diante desta aflição, e esta habilidade só é dada sob a Luz do Espírito Santo, que é o único que pode nos conduzir pela melhor conduta a ser adotada. Pois diz o Cristo; “ Bem aventurados vós que agora chorais, porque vos alegrareis!” ( Lc 6,21 ).
Portanto, diante da tribulação e da aflição, olhe para o alto, buscai as coisas lá do alto, clame pela orientação do Espírito Santo, que se pedirdes com fé, ele vos guiará.

Que a Paz de Jesus, e o Amor de Maria estejam sempre em vossos lares...


Diogo S Rocha Pitta - diogopitta@bol.com.br

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