O Projeto de Lei da Câmara n. 122/2006, conhecido nos meios cristãos
como lei da "mordaça gay"01 e originariamente apresentado pela
deputada Iara Bernardi (PT-SP) modificando várias normas do Direito brasileiro
e criminalizando a chamada "homofobia", recebeu um substitutivo, de
autoria do senador Paulo Paim (PT-RS) – que seria submetido à votação no dia 20
de novembro, mas, graças às ligações e mensagens do povo brasileiro aos seus
parlamentares, teve sua apreciação adiada02.
O relatório do parlamentar petista pretende colocar panos quentes em
toda a discussão gerada pelo projeto original. "Ouvimos todos e não
entramos na polêmica da homofobia. Essa foi a primeira mudança para elaboração
desse relatório"03, diz o texto do novo projeto. No
entanto, mesmo sem entrar "na polêmica da homofobia", o novo PLC 122
traz uma arma perigosa e ainda mais letal: a ideologia de gênero. O instrumento
para ludibriar a população continua sendo a manipulação da linguagem, pelo qual
é inoculado em termos aparentemente inofensivos um conteúdo ideológico e
revolucionário. Assim, se o antigo texto disfarçava sob a expressão
"homofobia" qualquer discordância da agenda homossexual, o novo texto
esconde a ideia de que as pessoas não apenas recebem sua sexualidade como um
dado biológico, mas são responsáveis por construir sua "identidade de
gênero" – o termo aparece 5 vezes no substitutivo do senador Paulo Paim. Ou
seja, embora a ênfase tenha mudado, a perversão continua.
As modificações introduzidas no texto do projeto de lei integram um
script pré-concebido para desestabilizar totalmente a família tradicional. Ao
contrário do que os meios de comunicação mostram, este processo de subversão
não é algo "automático", como se o reconhecimento de "novas
configurações" de família fosse uma expressão do zeitgeist ("espírito
dos tempos") ou do "progresso" da civilização. Trata-se de um
programa de ação sistemática idealizado justamente para destruir a família, já
que esta, da forma como é concebida pela moral judaico-cristã, é um empecilho
para que aconteça a revolução comunista tanto querida por Karl Marx. Para
identificar isto, basta que se leia o famoso "A Origem da Família, da
Propriedade Privada e do Estado", iniciado por Marx, mas concluído por
Engels; basta que se procurem as obras dos ideólogos de gênero, para descobrir
quais são seus verdadeiros intentos.
Já que a família tradicional não está tragicamente fadada a desaparecer,
a menos que os seus defensores fiquem de braços cruzados, é importante que os
cristãos e conservadores deste país se juntem neste esforço político comum: combater
a implantação da agenda de gênero na sociedade brasileira.
Católicos, protestantes, judeus, espíritas ou quaisquer homens de boa
vontade são chamados a fazer uma coalizão a fim de defender o patrimônio moral
que moldou o Ocidente, independentemente das diferenças que existam entre si,
por maiores que sejam. O adversário – a esquerda – sabe perfeitamente qual o
esquema para vencer: colocar os conservadores – especialmente os cristãos – uns
contra os outros.
Ora, é evidente que os católicos, acatando as posições morais e
doutrinárias da Igreja Católica, continuarão tentando converter os protestantes
– e vice-versa. No entanto, é preciso que todos aqueles que creem em Cristo
tomem consciência do perigo maior que ronda a sociedade neste momento. Não se
pode brigar por causa de um "arroz queimado" na cozinha quando a casa
inteira está sendo incendiada. É preciso, antes, apagar o fogo da casa, para,
depois, discutir o arroz. Da mesma forma, ao invés de lançar brigas no seio do
movimento conservador, é necessário que os cristãos se unam contra o inimigo
comum; se não, ambos serão destruídos.
O que os socialistas realmente querem é a destruição da moral
judaico-cristã, e não o reconhecimento de supostos "direitos
homossexuais". Os marxistas estão a utilizar os homossexuais como
"ponta de lança", pois é sabido que, nos regimes comunistas de Stálin,
Mao e Fidel Castro, foram justamente os homossexuais os primeiros a morrer, ora
fuzilados em "paredões", ora oprimidos em campos de concentrações.
Isto explica por que, diante de padres e pastores tentando ser fiéis à sua
religião, o movimento gayzista faz um alarde, mas, diante dos crimes
perpetrados pelas ditaduras socialistas contra os homossexuais, eles se calam: o
movimento LGBT é amplamente subvencionado pelo marxismo cultural.
A votação do PL 122 na Comissão de Direitos Humanos não foi cancelada, mas
apenas adiada. Por isso, é importante que a população brasileira continue
enviando e-mails e telefonando ao Senado Federal, para mostrar que não quer a
agenda de gênero implantada em nosso país. Os telefones e e-mails dos senadores
da referida Comissão estão disponíveis no site do articulista Julio Severo04.
Material de Estudo
Referências
1.
Ao final de
2011, o padre Paulo gravou uma aula sobre os perigos deste projeto. Cf. Aula Ao Vivo n. 9: PL 122, a lei da
mordaça gay.
2.
"A
pressão sobre o PLC 122 foi tão grande que o senador Paulo Paim, autor de uma
mudança no PLC 122 que supostamente deixava o projeto "inócuo," teve
de retirá-lo da pauta da votação, que seria hoje", segundo o blog do Julio Severo.
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