Mais uma
cabeça inocente tombou no solo arenoso de algum ponto do mundo, num deserto sabe-se lá de onde, entre a Síria
e o Iraque. O algoz, mais uma vez – como ocorre desde o século VII – é um Islâmico.
Como não poderia deixar de ser, nossa Presidente bateu seu ponto como dirigente
deste gigantesco Anão Diplomático e proferiu suas contumazes asneiras na
Assembléia geral da ONU e disse que o Brasil está sendo assolado por uma onda
de “Islamofobia”. Como se os errados
fossemos nós, cidadãos pacíficos – não pacifistas – que ficamos aterrorizados
com as cenas brutais dessa horda de demônios cuja diversão predileta é separar
cabeças de corpos utilizando facas de cozinha, cortando-as como fossem pedaços
de carne para churrasco. A presidente não conhece limites para o ridículo,
tampouco para suas notórias afinidades com o que há de mais execrável no mundo.
(Gostaria muitíssimo de proferir aqueles palavrões cabeludos, com os quais
deleita-se o querido e eruditíssimo professor
Olavo de Carvalho, o qual sou muito grato, pois parecem-me libertadores. Mas
por enquanto limito-me a não reconhecer esta mulher abjeta e enlameada de outra
forma que não como inspirada pelo Demônio)
Agora estou
certo de que o meio pelo qual Satanás move-se pelo mundo, são duas grandes e
robustas pernas, onde numa está tatuado o nome do Comunismo, e noutra, o nome
do Islã.
Feitos os
desabafos iniciais, gostaria de partilhar algo; ainda sobre o Islã.
Estou lendo o
belíssimo trabalho sobre o Concílio Vaticano II, da lavra do renomadíssimo
professor Roberto de Mattei. Ora, a cada página lida, meu queixo despenca mais
alguns centímetros, ao constatar com fartas referências bibliográficas as
falcatruas da ala modernista da Igreja para destruir por completo as bases
doutrinais desta.
O
empreendimento de tão portentosa leitura, aguçou-me a ler novamente alguns
documentos do Concílio, para constatar alguns fatos, e eis que num dado
momento, passo meus olhos sobre a “Declaração Nostrae Aetate, sobre a relação
da Igreja com as religiões não Cristãs”. Neste documento, que assim como a Constituição
Pastoral Gaudium et Spes, é eivado de um otimismo não condizente com a
Tradicional Doutrina Católica, há um parágrafo que versa sobre o Islã. Diz a
declaração:
“ A Igreja olha também com estima para os muçulmanos. Adoram eles o
Deus Único, vivo e subsistente, misericordioso e onipotente, criador do céu e
da terra, que falou aos homens e a cujos decretos, mesmo ocultos, procuram
submeter-se de todo o coração, como a Deus se submeteu Abraão, que a fé
islâmica de bom grado evoca. Embora sem o reconhecerem como Deus, veneram Jesus
como profeta, e honram Maria, sua mãe virginal, à qual por vezes invocam
devotamente. Esperam pelo dia do juízo, no qual Deus remunerará todos os
homens, uma vez ressuscitados. Têm, por isso, em apreço a vida moral e prestam
culto a Deus, sobretudo com a oração, a esmola e o jejum.
E
se é verdade que, no decurso dos séculos, surgiram entre cristãos e muçulmanos
não poucas discórdias e ódios, este sagrado Concílio exorta todos a que,
esquecendo o passado, sinceramente se exercitem na compreensão mútua e juntos
defendam e promovam a justiça social, os bens morais e a paz e liberdade para
todos os homens.” ¹ Anotou aí?
Em contrapartida, num outro
documento, no decreto sobre a formação Sacerdotal, o Decreto Optatam Totius, expressam-se nestes
termos os Padres conciliares sobre a formação em teologia dos aspirantes ao
sacerdócio:
“Exponha-se aos alunos o contributo dos Padres da Igreja oriental e
ocidental para a Interpretação e transmissão fiel de cada uma das verdades da
Revelação, bem como a história posterior do Dogma tendo em conta a sua relação
com a história geral da Igreja. Depois, para aclarar, quanto for possível, os
mistérios da salvação de forma perfeita, aprendam a penetra-los mais
profundamente pela especulação, tendo
por guia Santo Tomás, e a ver o nexo existente entre eles.” ²
Ou seja, claramente o
Concílio confirma Santo Tomás de Aquino como depurador da Teologia católica, e
orienta que o Aquinate seja tido por guia seguro no estudo da teologia. Até aí
não temos novidades, pois isto a Igreja sempre o fez, salvos alguns momentos na
história onde o estudo de Santo Tomás foi freado, tendo sido reavivado pelo
Papa Leão XIII, através da sua magistral Encíclica Aeterni Patris.
Pois bem. Seguirei à risca a
orientação do Concílio, e com isto, ficará patente que neste ponto, o Concílio
se contradiz. Diz-nos o Concílio que Santo Tomás de Aquino deve servir-nos de
guia no estudo da teologia, mas por outro lado, defende uma posição com relação
ao Islã, que colide frontalmente com os ensinamentos de Santo Tomás de Aquino
sobre a doutrina de Maomé.
São Raimundo de Peñaforte,
confrade de santo Tomás na Ordem Dominicana, trabalhava na conversão dos
muçulmanos e solicitou a Santo Tomás, que à época lecionava em Paris, para que
compusesse uma obra apologética que auxiliasse seus eruditíssimos frades na tarefa
de transmitir a Fé aos muçulmanos. Santo Tomás compôs a magnífica “Suma Contra
os Gentios”, obra onde o Santo expõe sua doutrina Filosófica e Teológica, não
no mesmo estilo de disputatio da Suma
teológica, mas numa forma mais expositiva. Em determinado momento da Suma
Contra os Gentios, Santo Tomás emite aquilo que é a opinião da Igreja acerca de
Maomé e de sua seita. Ei-la:
“No entanto, os
iniciadores de seitas errôneas seguiram caminho oposto, como se tornou patente
em Maomé. Ele seduziu os povos com
promessas referentes aos desejos carnais, excitados que são pela concupiscência.
Formulou também preceitos conformes àquelas
promessas, relaxando, desse modo, as rédeas que seguram os desejos da carne.
Além disso, não apresentou testemunhos da
verdade, senão aqueles que facilmente podem ser conhecidos pela razão natural
de qualquer medíocre ilustrado. Além
disso, introduziu, em verdades que tinha ensinado, fábulas e doutrinas falsas.
Também não apresentou sinais
sobrenaturais. Ora, só mediante estes há conveniente testemunho da inspiração
divina, enquanto uma ação visível, que não pode ser senão divina, mostra que o
mestre da verdade está inspirado de modo invisível. Mas Maomé manifestou ter sido enviado pelo poder das armas, que
também são sinais dos ladrões e dos tiranos.
Ademais, desde o início, homens sábios,
versados em coisas divinas e humanas, nele não acreditaram. Nele,
porém, acreditaram homens que, animalizados no deserto, eram totalmente
ignorantes da doutrina divina. No entanto, foi a multidão de tais homens que
obrigou os outros a obedecerem, pela
violência das armas, a uma lei.
(Nota do autor : por esta afirmação de
Santo Tomás de Aquino podemos auferir, aliado à incontáveis relatos históricos,
a certeza de que a violência faz parte da essência do Islã!)
Finalmente, nenhum dos oráculos dos profetas
que o antecederam dele deu testemunho, visto que ele deturpou com fabulosas narrativas quase todos os fatos do Antigo
e do Novo Testamento. Tudo isso pode ser verificado ao se estudar a sua
lei. Já também por isso, e de caso sagazmente pensado, não deixou para leitura
de seus seguidores os livros do Antigo Testamento, para que não o acusassem de
impostura. Fica assim comprovado que
os que lhe dão fé à palavra crêem levianamente.” ³
Donde
se constata, que utilizando a autoridade do Concílio, o mesmo está errado sobre
como vê o Islã. Sem mais.
Referências:
- Concílio Vaticano II, Declaração Noastra Aetate, n. 3
- Concílio Vaticano II, Decreto Optatam Totius, n. 16
- Santo Tomás de Aquino. Suma Contra os Gentios. Livro I, Cap. VI,3
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