Translate

sábado, 23 de abril de 2016

Dialética da cusparada


Ninguém tira da minha cabeça, que esta censura velada ao debate livre, que tornou-se um dos mais proferidos adágios populares, a saber, que "Política", "religião" e "Futebol" não se discute, foi cunhado por algum intelectualzinho da estirpe de Emir Sader, ou Marilena Chauí, para evitar que pessoas de mentalidade pequena e aprisionada se tornassem grandes e livres, ao conversar e debater com pessoas de portentosa cultura e inteligência. Quanto ao futebol, até que concordo, pois debater sobre isto, em nada nos eleva, e em nada contribui para a compreensão da realidade e da verdade. Pelo menos é o que penso.

Mal se tenta debater seriamente sobre um destes assuntos num ambiente, como numa sala de espera de uma clínica, por exemplo, que surge como que brotado da terra, um arauto da tolerância a bradar retumbantemente: "Política, religião e Futebol não se discute". 

Não se enganem com a aparente carapaça inofensiva da qual é revestido este adágio, pois, deliberadamente ou não, há implícito nele a capacidade de encerrar conversas que poderiam ser frutuosas e esclarecedoras, sendo coroadas com a contemplação da verdade. Sim! Política e religião são debatíveis, é absurdamente óbvio.

Deve o leitor estar deveras incomodado: por que citaste a esquerda como possível propugnadora de tal cacoete? Simples! Pois ultimamente, à semelhança da já combalida tática do pombo enxadrista, onde ao menor sinal de derrota no debate, defeca-se nas pedras do tabuleiro e alça-se voo, encerrando abrupta e debochadamente o debate, a esquerda agora opta pela moda dialética inventada pelo deputado do PSOL, Jean Willys, e sacramentada pelo ator medíocre /comunista/cuspidor José de Abreu: a dialética da cusparada.

Faça-me o favor....

Nenhum comentário:

Postar um comentário