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domingo, 18 de setembro de 2011

Obediência à Igreja!


...e não  dou-me ao luxo de dizer-me contra alguns ensinamentos e normas da Igreja; “... não concordo com isso..”, “não aceito o Dogma tal”... “Não creio em coisa tal”. Chega de vivermos um Catolicismo a la carte, onde aceita-se a autoridade da Igreja para algumas coisas, mas não para outras! Apresentem-me “achismos” e eu vos apresento o Magistério!
Roma Locuta causa finita! (Santo Agostinho)
  
Eu, pecador que sou, mesmo lutando com todas as minhas forças para tirar a trave dos meus olhos, não consigo deixar de ver uma palha dos olhos de alguns, que mesmo parecendo ínfima, me incomoda e me entristece.
Domingo, dia do Senhor; dia em que perpetua- se o sacrifício da cruz; dia de viver com extrema reverência o Santo Sacrifício da Missa.  O Sacerdote, com uma túnica com detalhes em “zebrinhas” e um tom de voz doce, adentra à Igreja, coloca-se sobre o altar; O Altar seguia todas as normas litúrgicas, como manda a Igreja; Porém, o amado sacerdote, incumbiu-se de realizar algumas singelas mudanças na estrutura da Missa, mesmo contrariando o Sagrado Magistério da Igreja, como diz a Sacrosanctun Comcilium, do Concílio Vaticano II: § 3. Por isso, ninguém mais, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica.”(SC) A Missa se inicia, e tudo ia mais ou menos, até o momento em que é anunciada a leitura do Santo Evangelho; Ora, todos sabemos que na leitura do Evangelho, na Liturgia da Palavra, Cristo se faz presente pela Palavra de Deus e que se deve render máxima reverência ao Cristo-Palavra presente nas letras do Santo Evangelho, e do mesmo modo, o Sacerdote, deve tomar o Evangeliário com igual reverência. 
Porém, não foi o que aconteceu; os fiéis, ao ficarem de pé para retamente, ouvir e meditar sobre a Palavra que iria ser LIDA pelo sacerdote, o mesmo instruiu aos fiéis que se sentassem; contrariando o que diz a Instrução Geral do Missal Romano; Os fiéis estão de pé: desde o início do cântico de entrada, ou enquanto o sacerdote se encaminha para o altar, até à oração colecta, inclusive; durante o cântico do Aleluia que precede o Evangelho; durante a proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e desde o invitatório “Orai, irmãos”, antes da oração sobre as oblatas, até ao fim da Missa, exceto nos momentos adiante indicados” (IGMR).  Isso mesmo, de pé durante a escuta do Santo Evangelho! Ora, mesmo minha catequista não sendo das mais lúcidas, ensinou-me que deve-se ouvir o Evangelho na Missa de pé! Tudo bem, a vida segue, ou melhor, a Missa segue; e quando eu cri que as palavras LIDAS pelo sacerdote no Evangelho iriam melhoras as coisas, eis que o distinto Sacerdote DISPENSA O EVANGELIÁRIO e recita de sua cabeça o trecho da Sagrada Escritura como fosse um poema ou um soneto; isso mesmo caríssimos, foi para parte da frente do Altar e  dispensou o Evangeliário!  A Instrução Geral do missal Romano diz: Na celebração da Missa com o povo, as leituras proclamam-se sempre do ambão.”(IGMR, 58)
E a mesma instrução fala tanto da veneração na escuta do Santo Evangelho, quanto à utilização do Evangeliário; “A leitura do Evangelho constitui o ponto culminante da liturgia da palavra. Deve ser-lhe atribuída a maior veneração. Assim o mostra a própria Liturgia, distinguindo esta leitura das outras com honras especiais, quer por parte do ministro encarregado de a anunciar e pela bênção e oração com que se prepara para o fazer, quer por parte dos fiéis que, com as suas aclamações, reconhecem e confessam que é Cristo presente no meio deles quem lhes fala, e, por isso, escutam a leitura de pé; quer ainda pelos sinais de veneração ao próprio Evangeliário.” (IGMR, n 60)
Ora, subentende-se que o princípio da veneração, seja ao menos, o mínimo de atenção, pois, como venerar algo que não se deu a mínima atenção?
Seguindo a estrutura da referida Missa, chega-se à homilia. A homilia do distinto Sacerdote foi o sinal verde para que eu entendesse (perdoem minha letargia em entender as coisas) o que estava ocorrendo.
Eis que no início da referida homilia, o Sacerdote, com toda sua distinção, toma a palavra e diz ; “... meus irmãos, isto não é uma homilia, mas sim um bate papo (...) “vamo” bater um papo!...” Daí, seguiram-se uma série de interações Fiéis-Sacerdote, e num dado momento me questionei; Ora, sendo a homilia um instrumento do Magistério da Igreja, não deveria o Sacerdote tomar parte da sua autoridade Sacerdotal e proferir os devidos ensinamentos sobre a Liturgia do dia? Diz a instrução Inaestimable Donum: . “O propósito da homilia é explicar aos fiéis a Palavra de Deus proclamada nas leituras e aplicar essas mensagens ao presente. Por conseguinte a homilia deve ser feita pelo sacerdote ou pelo diácono.” (ID, 3)  Deveria ele dividir a sua autoridade com os fiéis leigos?  Dizendo tais impropérios, como “bater um papo”, não estaria incutindo na mente dos fiéis uma espécie de desprezo pela hierarquia eclesiástica?  Será que o exposto acima não é uma desobediência frontal e explícita ao que ordena a Igreja? Será que sou radical demais ao querer obedecer e exortar para que os CATÓLICOS obedeçam o Magistério da Igreja, a quem Cristo confiou o depósito da fé, nos ordenando que guardássemos o depósito? Radical e Tradicionalista, não; conservador, sim e por amor à Igreja.
Não sou Teólogo, sou pecador confesso, não sou ordenado, nem sou consagrado de comunidade alguma, mas leio algumas “coisas” e nenhuma delas me ensina ou me ordena a compactuar com atitudes contrárias ao Magistério e à Tradição da Igreja. Apenas amo a minha Igreja,  e não  dou-me ao luxo de dizer-me contra os ensinamentos e normas da Igreja; “... não concordo com isso..”, “não aceito o Dogma tal”... “Não creio em coisa tal”. Chega de vivermos um Catolicismo a la carte, onde aceita-se a autoridade da Igreja para algumas coisas, mas não para outras! Apresentem-me “achismos” e eu vos apresento o Magistério! Por Deus, se eu estiver errado, corrijam-me!
Roma Locuta causa finita! (Santo Agostinho)

PAX CHRISTI

Diogo Pitta

Um comentário:

  1. ? É possível dialogar na homilia como uma forma de tornar a mais eficiente o ensino, contanto que não deixe a conversa sair fora do tema da Missa? Um professor na sala de aula se comunica de diversas formas recomendadas pela didática. Nem por isso ele deixa de ser professor, assim como o sacerdote não perde a autoridade por trocar palavras com os seus fiéis. O termo "bate-papo", porém, jamais pode corresponder a "homilia" assim como um diálogo na "homilia" não a transforma em reles "bate-papo".

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