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domingo, 22 de abril de 2012

Sacrifício: a verdadeira prova de amor!


Recentemente li em uma rede social, uma frase que dizia: “Cristo não exigiu que escalássemos o Everest, mas que amássemos uns aos outros”; acho intrigante a necessidade e capacidade que muitos possuem (e a utilizam com maestria) de tirar textos de seus contextos, no intuito de tornarem-se pretextos.

Realmente Cristo nos ordenou que amássemos uns aos outros, porém, as ordenanças de Jesus vão além do exposto. A frase postada nos dá o entendimento de que Cristo exigiu amor e não sacrifício, onde os distintos exegetas poderiam até utilizar corretíssimas passagens bíblicas, onde São João nos diz que: Cristo quer amor e não sacrifício. Diz a frase que Cristo não exigiu que subíssemos o monte Everest, porém o amor a Cristo faria um cristão fiel escalar o Everest! O que nos impeliria ao sacrifício, senão o amor?

Um pai de família não tem metaforicamente que escalar o Everest por amor a sua família? O que se sabe de Cristo até hoje, conhece-se devido à pregação do Evangelho e da tradição de 2000 anos de Igreja. Não há como extrair um ponto da Escritura, sem considerar outros tantos que se inserem em um contexto coerente, do contrário seríamos hipócritas.

Não podemos nos esquecer de que Cristo exigiu-nos Sacrifícios, porém Sacrifícios de amor! “Convertei-vos e crede no Evangelho”. Eis aí um sacrifício de amor do qual se foge loucamente; a conversão!

Sacrificamo-nos diariamente ao olharmos para nosso interior e vermos o quanto necessitamos de uma sincera conversão (São João 1, 8).

Não podemos desconsiderar o mandado do Senhor, “Quem quiser vir depois mim, tome sua cruz e me siga”. E logicamente, seguir Cristo exige amor e sacrifício, nisto temos conhecido o amor; Cristo deu sua vida por nós (I Jo 3, 16).

A verdadeira prova de amor é o sacrifício pela vida do irmão.

Devemos olhar para nosso irmão e amá-lo, porém antes, devemos cuidar da nossa conversão, caso contrário, como doaríamos algo que não temos? Além do mais, amar não significa estar de acordo com coisas ruins e erradas. Li que “amigo é aquele que está de mãos dadas até quase cair no abismo”; eu ampliaria com uma correção dizendo que o amigo tira-nos do caminho do abismo e nos coloca no caminho de Deus, mesmo que mudar este caminho exija-nos sacrifícios!

Não há como separar a tríade Cristo-amor-sacrifício!

Falarmos de amor Cristão e não querermos falar em sacrifícios agradáveis a Deus é embrenhar-nos num comodismo hipócrita que sequer nos atrevemos a olhar para dentro de nós e vermos o quanto precisamos de conversão, pois se é verdade que Cristo nos ama, e quer que amemo-nos uns aos outros, incontestavelmente também é verdade que Ele quer que o imitemos e tomemos a nossa Cruz diariamente, seja ela do peso que for.

Vale-nos refletir sobre os Santos mártires que certamente não subiram o monte Everest, mais subiram a Deus pelo seu Sangue derramado por não negar a Cristo! São Policarpo de Esmirna subiu a Cristo pela fumaça da fogueira que o queimava! Santo Inácio de Antioquia subiu a Cristo pelos dentes dos leões que o trituravam!

Cristo não escalou o Monte Everest, Cristo escalou por amor, o madeiro da Cruz!

PAX CHRISTI

Diogo Pitta e Raquel Pitta

Um comentário:

  1. Amor? É só olhar para a Cruz, todos os dias, e lembrar do sacrifício que Jesus fez por cada um de nós! Para isso é necessário que saiamos do nosso comodismo de "palavras" e passemos aos ATOS. Sempre!

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