Recentemente
li em uma rede social, uma frase que dizia: “Cristo não exigiu que escalássemos
o Everest, mas que amássemos uns aos outros”; acho intrigante a necessidade e
capacidade que muitos possuem (e a utilizam com maestria) de tirar textos de
seus contextos, no intuito de tornarem-se pretextos.
Realmente
Cristo nos ordenou que amássemos uns aos outros, porém, as ordenanças de Jesus
vão além do exposto. A frase postada nos dá o entendimento de que Cristo exigiu
amor e não sacrifício, onde os distintos exegetas poderiam até utilizar corretíssimas passagens bíblicas, onde São João nos diz que: Cristo quer amor e não sacrifício. Diz a
frase que Cristo não exigiu que subíssemos o monte Everest, porém o amor a Cristo
faria um cristão fiel escalar o Everest! O que nos impeliria ao sacrifício,
senão o amor?
Um pai de
família não tem metaforicamente que escalar o Everest por amor a sua família?
O que se sabe de Cristo até hoje, conhece-se devido à pregação do Evangelho e da
tradição de 2000 anos de Igreja. Não há como extrair um ponto da Escritura, sem
considerar outros tantos que se inserem em um contexto coerente, do contrário
seríamos hipócritas.
Não podemos
nos esquecer de que Cristo exigiu-nos Sacrifícios, porém Sacrifícios de amor! “Convertei-vos
e crede no Evangelho”. Eis aí um sacrifício de amor do qual se foge loucamente;
a conversão!
Sacrificamo-nos
diariamente ao olharmos para nosso interior e vermos o quanto necessitamos de
uma sincera conversão (São João 1, 8).
Não podemos
desconsiderar o mandado do Senhor, “Quem quiser vir depois mim, tome sua cruz e
me siga”. E logicamente, seguir Cristo exige amor e sacrifício, nisto temos
conhecido o amor; Cristo deu sua vida por nós (I Jo 3, 16).
A verdadeira
prova de amor é o sacrifício pela vida do irmão.
Devemos olhar
para nosso irmão e amá-lo, porém antes, devemos cuidar da nossa conversão, caso
contrário, como doaríamos algo que não temos? Além do mais, amar não significa
estar de acordo com coisas ruins e erradas. Li que “amigo é aquele que está de
mãos dadas até quase cair no abismo”; eu ampliaria com uma correção dizendo que
o amigo tira-nos do caminho do abismo e nos coloca no caminho de Deus, mesmo que mudar este caminho exija-nos
sacrifícios!
Não há como
separar a tríade Cristo-amor-sacrifício!
Falarmos de
amor Cristão e não querermos falar em sacrifícios agradáveis a Deus é embrenhar-nos
num comodismo hipócrita que sequer nos atrevemos a olhar para dentro de nós e
vermos o quanto precisamos de conversão, pois se é verdade que Cristo nos ama,
e quer que amemo-nos uns aos outros, incontestavelmente também é verdade que
Ele quer que o imitemos e tomemos a nossa Cruz diariamente, seja ela do peso
que for.
Vale-nos
refletir sobre os Santos mártires que certamente não subiram o monte Everest,
mais subiram a Deus pelo seu Sangue derramado por não negar a Cristo! São
Policarpo de Esmirna subiu a Cristo pela fumaça da fogueira que o queimava! Santo
Inácio de Antioquia subiu a Cristo pelos dentes dos leões que o trituravam!
Cristo não
escalou o Monte Everest, Cristo escalou por amor, o madeiro da Cruz!
PAX CHRISTI
Diogo Pitta e Raquel Pitta
Amor? É só olhar para a Cruz, todos os dias, e lembrar do sacrifício que Jesus fez por cada um de nós! Para isso é necessário que saiamos do nosso comodismo de "palavras" e passemos aos ATOS. Sempre!
ResponderExcluir