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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Refugiados Sírios: ou operação cavalo de Tróia

As mais claras águas podem levar de enxurro alguma palha podre (....)
Machado de Assis, em "O Velho Senado"

Escreve em tempos idos, porém eternizados, o bruxo do Cosme Velho acerca dos acontecimentos e das mudanças ocorridas no Senado da época de sua juventude. Eis aí o grande trabalho da Literatura: pôr-nos em contato com uma infinidade de vidas e situações possíveis, nas quais podemos nos identificar em diversas fases de nossa vida e com diversas e inesperadas situações cotidianas. 

Lia-o, quando no embalo da leitura do referido conto,que como todo conto Machadiano parace fazer-nos escorregar deliciosamente pelas letras artisticamente compostas, deparei-me com este trecho, e pude imediatamente associá-lo a outro acontecimento que aturdia-me: o maciço e estranho desejo de uma infinidade de países, ex nihilo, quererem dar acolhida a uma verdadeira avalanche de refugiados Sírios. Peço de forma terna ao leitor que não julgue-me insensível ou cruel, mas leiam-me como alguém que antes de estar preocupado com refugiados Sírios, preocupa-se com o Ocidente, casa também deste que vos escreve. 

O fato é que temos de um lado um grupo religioso fundamentalista, extremamente cruel, dado ao genocídio e com uma capacidade expansiva absurdamente assustadora. Do outro, o Ocidente, descrente da sanha e da capacidade totalitária do Islã, a ponto de ignorar (ou negligenciar deliberadamente) o projeto muito bem definido do Califado Universal. No meio, temos os que de fato sofrem sob o coturno satânico do Estado Islâmico. Perguntemo-nos sinceramente: poderíamos ser inocentes a ponto de crermos que o Estado Islâmico passaria ao lardo desta crucial oportunidade de fazer espalhar suas sementes de terror pelo ocidente, ocidente este que odeia visceralmente? Obviamente que o Estado Islâmico utilizar-se-á desta oportunidade dedentre a multidão de verdadeiros refugiados Sírios, fazer passar suas células terroristas, qual um câncer que torna-se metastático. 

Eles precisam apenas de uma porta entreaberta; estamos brindando-os com uma porta escancarada. Mais aviltante ainda (e até cômico), é Dilma Rousseff, aquela que transformou o Brasil num genuíno anão diplomático rebaixado, oferecer abrigo aos pobre-coitados sírios. Ora pombas, Dilma não consegue dar conta dos brasileiros! E Nicolas Maduro superou-se em sordidez quando ofereceu refúgio à 20 mil refugiados sírios, mas o que dizer dos venezuelanos que sofrem a barbárie da ditadura chavista, sendo sistematicamente espancados, sequestrados, e cada vez mais miseráveis. Neste caso, sr. Nicolas Maduro, os Sírios trocariam seis por meia-dúzia. 

O fato, é que esta súbita onda de caridade franciscana que paira sobre a União Européia é estranha e cheira a enxofre. Para mim, esta operação deveria ser batizada de "Operação cavalo de Tróia". 

* enquanto eu matutava sobre o assunto, eis que chega-me a informação de que o Estado Islâmico teria infiltrado 4 mil terroristas entre os refugiados. Parabéns UE.

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