O
Santo Padre recordou a sublimidade da vocação e a fidelidade evangélica de São
Francisco, o poverello de Assis
O Papa Francisco visitou hoje a cidade
de Assis, na Itália, para celebrar a memória de São Francisco de Assis, o
poverello cujo nome adotou para conduzir a Igreja. Desde o início de seu
pontificado, o Santo Padre identificou-se profundamente com a figura de
Francisco, declarando diversas vezes querer "uma Igreja pobre para os pobres",
uma Igreja totalmente dependente de seu Senhor, vivendo a serviço de seus
filhos
.
Durante a Missa celebrada na Praça São
Francisco, o Papa destacou que a caminhada do santo "começa do olhar de
Jesus na cruz". "Quem se deixa olhar por Jesus crucificado fica
recriado, torna-se uma 'nova criatura'", disse.
Ele também lembrou o amor que Francisco
manifestava por toda a Criação. "O Santo de Assis dá testemunho de
respeito por tudo o que Deus criou e como Ele o criou, sem fazer experiências
sobre a criação destruindo-a; mas ajudá-la a crescer, a ser mais bela e
semelhante àquilo que Deus criou", pregou. "São Francisco (...) dá
testemunho de que o homem é chamado a salvaguardar o homem, de modo que o homem
esteja no centro da criação, no lugar onde Deus – o Criador – o quis; e não
instrumento dos ídolos que nós criamos!"
O Pontífice traçou um quadro equilibrado
e sensato da vida do santo de Assis. Ao lembrar o anseio do poverello pela paz,
ele condenou as leituras distorcidas que muitos fazem de sua história. "Na ideia de muitos, São Francisco
aparece associado com a paz; e está certo, mas poucos vão em
profundidade", destacou. "A paz franciscana não é um sentimento
piegas. Por favor, este São Francisco não existe! E também não é uma espécie de
harmonia panteísta com as energias do cosmos... Também isto não é franciscano!
Também isto não é franciscano, mas uma ideia que alguns se formaram."
Quando, em 1210, São Francisco foi ao
encontro do Papa Inocêncio III, a fim de conversar sobre a situação da Igreja e
sobre o seu apostolado, o poverello deixara várias mensagens, mas nenhuma
indicava rebeldia ou desobediência à hierarquia e à doutrina da Igreja. Tal foi
a impressão deixada por Francisco que o Santo Padre exclamou: "É por meio
deste homem piedoso e santo que a Igreja de Deus será restabelecida nas suas
bases!"
Realmente, a Igreja experimentou uma
grande renovação a partir da figura de São Francisco. Mas, como destacou o Papa
em sua homilia, Francisco estava muito longe de um sentimentalismo piegas ou de
um ecopanteísmo pagão. O frade de Assis, esposo da "santa pobreza",
era católico convicto – e missionário. Durante o conturbado período das
cruzadas, o corajoso Francisco, dialogando com o sultão Melek-al-Kamil, não
escondia suas intenções. Chamado pelo líder muçulmano a morar em sua casa, o
poverello foi categórico: "Com muito prazer, se te fizeres cristão!"
Àqueles que desejam ter Francisco
consigo ou invocam sobre si mesmos uma espécie de "espírito de
Assis": tenham em mente que o santo italiano só habitará em nossa casa,
quando nos fizermos cristãos. De verdade.
São Francisco de Assis, rogai por nós!
Fonte: http://padrepauloricardo.org
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