Preconceito
Por Bruno Mourão
Hoje em dia se vê com certa frequencia o uso da palavra "preconceito" de forma pejorativa, mas nem sempre foi assim.
A análise etimológica do termo nos remete a: "pré" (antes) + "conceito"
(definição, princípio), ou seja, uma correlação de conhecimento prévio
ao objeto contemplado.
O termo "preconceito" hoje é utilizado
como antagônico de um outro termo, muito virtuoso, chamado "princípios".
Antigamente (época boa) se dizia que quem dinha moral ilibada, bons
costumes e fazia bom uso da razão era uma pessoa "de princípios". Ou
seja, era uma pessoa que tinha costumes, conduta e pensamento
fundamentados em sólidas bases morais anteriores ao próprio sujeito e
validadas bela sociadade como moralmente válidos (bons).
Este pequeno exemplo ilustra bem, na esfera micro, o que ocorre na esfera macro.
Ser preconceituoso hoje é um crime, uma leviandade muito séria, deveras
abominável. Mas quando um indivíduo é chamado de preconceituoso, e
analisamos o caso concreto, não por acaso percebemos que, na verdade, o
sujeito está sendo condenado por ter opinião formada sobre tal e qual
assunto e, com mais frequencia ainda, essa opinião formada vai de
encontro à moda secular institucionalizada pelos militantes
revolucionários que desejam um mundo sem pecado, sem culpa, sem uma
autoridade moral, sem Deus. Querem um mundo à sua imagem e semelhança e
projetam a sua própria intolerância com a Verdade nas palavras sinceras
de alguém que diverge.
Este fenômeno também ocorre, com ainda
mais frequencia, com o termo "absurdo". Absurdo, no vocabulário do
marxismo cultural revolucionário, significa: "Incompatível com a
revolução". Mas também é possível encontrar o Zé Povinho usando o termo
de forma parecida. Quando o Fulano diz: "Isto é um absurdo!", na verdade
ele quer dizer: "Eu não concordo com isso, pois não está de acordo com a
imagem que eu quero que a realidade tenha. Portanto, está errado!"
Isto significa que o monstro criou vida própria. Chegamos a um ponto em
que não se faz mais força para criar tal confusão semântica. O caos
corre nas artérias das relações sociais como células doentes se
alastram, sem serem reconhecidas como tal, até formarem um câncer.
Outros "cânceres" são gerados a cada dia, caindo no léxico popular como
verdades incontestáveis: "homofobia", "tal coisa é crime" (sem estar na
lei), "meu corpo, minha decisão", "intolerantes", "presidenta", etc.
Ingenuidade achar que isso acontece por mero acaso ou um descuido
irrelevante com a língua portuguesa. Mecanismos subliminares estão sendo
aplicados neste caso. Existe toda uma engenharia social que pretende
subverter, diria até inverter, os costumes (antigamente chamados de
"bons" costumes) da sociedade ocidental, gerando o caos necessário para a
justificação e implementação de uma Nova Ordem Mundial.
Alguém
diria sobre tudo isso: "Ah, isso é "teoria da conspiração". Não seja
louco! kkkk". Mas vejam, é justamente o mesmo fenômeno: não se admite a
possibilidade de uma conspiração global, pelo simples fato de a doxa
(opinião geral) não admitir tal hipótese. E o único "argumento" é a
ridicularização de quem se atreve a ter uma opinião formada.
O
que resta a nós "preconceituosos" e "homofóbicos", que postulamos o
"absurdo" de não aceitarmos como normal uma sociedade que em nada se
assemelha com a tradicional moral judaico-cristã, que por séculos forjou
o caráter de tantos homens, mulheres e gênios ao longo da história?
Brace yourselves, brothers.
Winter has come already.
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