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sábado, 13 de abril de 2013

Preconceito

 Por Bruno Mourão
Hoje em dia se vê com certa frequencia o uso da palavra "preconceito" de forma pejorativa, mas nem sempre foi assim.
A análise etimológica do termo nos remete a: "pré" (antes) + "conceito" (definição, princípio), ou seja, uma correlação de conhecimento prévio ao objeto contemplado.

O termo "preconceito" hoje é utilizado como antagônico de um outro termo, muito virtuoso, chamado "princípios". Antigamente (época boa) se dizia que quem dinha moral ilibada, bons costumes e fazia bom uso da razão era uma pessoa "de princípios". Ou seja, era uma pessoa que tinha costumes, conduta e pensamento fundamentados em sólidas bases morais anteriores ao próprio sujeito e validadas bela sociadade como moralmente válidos (bons).

Este pequeno exemplo ilustra bem, na esfera micro, o que ocorre na esfera macro.
Ser preconceituoso hoje é um crime, uma leviandade muito séria, deveras abominável. Mas quando um indivíduo é chamado de preconceituoso, e analisamos o caso concreto, não por acaso percebemos que, na verdade, o sujeito está sendo condenado por ter opinião formada sobre tal e qual assunto e, com mais frequencia ainda, essa opinião formada vai de encontro à moda secular institucionalizada pelos militantes revolucionários que desejam um mundo sem pecado, sem culpa, sem uma autoridade moral, sem Deus. Querem um mundo à sua imagem e semelhança e projetam a sua própria intolerância com a Verdade nas palavras sinceras de alguém que diverge.

Este fenômeno também ocorre, com ainda mais frequencia, com o termo "absurdo". Absurdo, no vocabulário do marxismo cultural revolucionário, significa: "Incompatível com a revolução". Mas também é possível encontrar o Zé Povinho usando o termo de forma parecida. Quando o Fulano diz: "Isto é um absurdo!", na verdade ele quer dizer: "Eu não concordo com isso, pois não está de acordo com a imagem que eu quero que a realidade tenha. Portanto, está errado!" 

Isto significa que o monstro criou vida própria. Chegamos a um ponto em que não se faz mais força para criar tal confusão semântica. O caos corre nas artérias das relações sociais como células doentes se alastram, sem serem reconhecidas como tal, até formarem um câncer.

Outros "cânceres" são gerados a cada dia, caindo no léxico popular como verdades incontestáveis: "homofobia", "tal coisa é crime" (sem estar na lei), "meu corpo, minha decisão", "intolerantes", "presidenta", etc.

Ingenuidade achar que isso acontece por mero acaso ou um descuido irrelevante com a língua portuguesa. Mecanismos subliminares estão sendo aplicados neste caso. Existe toda uma engenharia social que pretende subverter, diria até inverter, os costumes (antigamente chamados de "bons" costumes) da sociedade ocidental, gerando o caos necessário para a justificação e implementação de uma Nova Ordem Mundial.

Alguém diria sobre tudo isso: "Ah, isso é "teoria da conspiração". Não seja louco! kkkk". Mas vejam, é justamente o mesmo fenômeno: não se admite a possibilidade de uma conspiração global, pelo simples fato de a doxa (opinião geral) não admitir tal hipótese. E o único "argumento" é a ridicularização de quem se atreve a ter uma opinião formada.

O que resta a nós "preconceituosos" e "homofóbicos", que postulamos o "absurdo" de não aceitarmos como normal uma sociedade que em nada se assemelha com a tradicional moral judaico-cristã, que por séculos forjou o caráter de tantos homens, mulheres e gênios ao longo da história?

Brace yourselves, brothers.
Winter has come already.

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