Editor do Mídia Sem Máscara
18 de junho de 2013
Em poucas horas, o
pretexto-estopim, o preço da passagem, forjado por um grupo que recebia
verbas do governo federal, aliado a partidos de extrema-esquerda que
cooptaram punks para as manifestações, passou a ser um conglomerado de
indignações genéricas, emotivas, apontadas a ninguém. Notoriamente
baseadas em slogans midiáticos e sempre fundamentadas em premissas da
mentalidade esquerdista, ainda que nem sempre de forma tão direta.
Bastou. Dessa forma, encantaram até mesmo milhões de cristãos, levados a
pensar que a “justiça” pela qual clamam os baderneiros totalitários é a
mesma das Escrituras e que serviu de base para o surgimento das
instituições e políticas que garantiram um mínimo de liberdade civil na
civilização ocidental.
Quando a Rede Globo, o
PSTU, o PSOL, petistas e ONG´s financiadas por George Soros estão TODOS
irmanados num movimento, o mais elementar é concluir é que isso não
evocará nem um princípio, meio ou objetivo minimamente alinhado a
valores cristãos. Os quais nem mesmo nas táticas de propaganda
revolucionária, montada a cooptar quem quer que seja, foram vistos.
Tanto que os baderneiros já reclamam: “Não é uma causa pelos valores e pela família. Não estamos pedindo o fim do Estado – pelo contrário!”
Mas há uma facilidade demasiadamente perigosa em esquecer que “o mundo
jaz no maligno”. Velhas ordenanças bíblicas, como “não te associe com os
revoltosos” (Pv. 24, 21,22) ou “não seguirás a multidão para fazeres o
mal” (Ex. 23:2), que bem apontam o erro brutal que há em seguir massas
enfurecidas, simplesmente sumiram da mente de milhares de cristãos.
Sei que, em muitos
lugares, partidos de esquerda foram esculachados. Mas não adianta
criticar na passeata e sequer perceber o quanto adquiriu do modus pensandi
desses facínoras. E esse é grandes desafios da igreja brasileira hoje:
livrar-se desse ranço ideológico maldito, e restaurar a cosmovisão
cristã em todas as dimensões da vida.
Há uma nova tecnologia
de guerra cultural e política em teste. Que foi capaz de levar hordas às
ruas clamando, no fim das contas, por mais e mais intervenção estatal
em suas vidas. Reclamando dos sintomas do veneno, pedem uma dose ainda
maior dele em suas veias.
Hoje é o day after
da tal “Segunda-feira Branca”. Não há nenhum risco na lataria das
limusines dos verdadeiros detentores do poder político. Dilma Rousseff
ainda achou lindo: “o governo ouve vozes pela mudança”. E agora,
manifestante, o que me diz? Sua revolta já foi absorvida e canalizada
justamente pelo ícone máximo de “tudo isso que está aí”. É digno de
nota, que, mesmo com toda a fúria mobilizada contra as PMs, e com casas
legislativas atacadas, todas as sedes do Poder Executivo onde manda o PT
permaneceram intactas. Uma era totalitária é assim. Massas nas ruas,
mas a comitiva do Führer (ou do Duce, ou do “Comandante”) segue tranquila.
A mudança positiva,
para os padrões do PT e demais revolucionários, sabe-se bem qual é: é a
do “socialismo do século XXI”, este, do Foro de São Paulo, da aliança
com Cuba, com a Venezuela, com a elite do globalismo ocidental: essa que
apoia aborto, a dissolução da família, que obstrui a livre iniciativa e
o livre mercado, que faz da imagem dos cristãos, na grande mídia, a
perfeita personificação do que há de mais repulsivo. A não ser, é claro,
que o tal cristão, em termos práticos, seja um apóstata: um botton
pró-gay o redime ante os novos sacerdotes do poder revolucionário
global que, um dia – desculpem, mas a profecia do apóstolo João
permanece válida -, entronizarão o anticristo.
Publicado originalmente em GNotícias
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