É
uma característica intrínseca da esquerda Latino-americana, fazer-se de vítima
indefesa e frágil, quando na verdade ela é uma maioria histérica, e que
atualmente, manda e desmanda na América Latina.
Ultimamente,
o estratagema utilizado pela esquerda latino-america para tentar parecer aquilo
que não é, e para pôr em prática aquilo que já ensinava Lênin aos seus asceclas
– “acuse-os do que tu és!” – é, ao menor
sinal de oposição e ameaça à concretização de estratégias para a implantação do
socialismo na América latina, bradar histericamente : “É golpe! Golpistas!”
Temos
de encarar esta séria ameaça ao jogo democrático: a esquerda não convive com
oposições, e para isso, se vale dos argumentos mais vis e sórdidos para
neutralizar os que lhe fazem oposição, o que agora tem se manifestado sob a
acusação de “golpe” imposta a quem quer que lhes diga ou faça o contrário do
que pensam.
Isto
tem acontecido ultimamente, quando uma parcela da população brasileira têm ido
às ruas para exigir o impeachment da Presidente Dilma Roussef. Aquilo que
outrora, de acordo com o que lhes convinha à época, era tido como um
instrumento da mais autêntica democracia, constitucional, e que fora utilizado
de forma eficientíssima para arrancar quase a pontapés do planalto o então
presidente Fernando Collor, agora, assume ares sombrios da mais maquiavélica
maquinação golpista. Como diz o dito popular: “No dos outros, é refresco!”
Na
verdade, eles interpretam ipsis litteris a
supracitada estratégia leninista, e acusam os que lhes fazem oposição de “golpistas”,
por que na realidade, o “golpe” já foi desferido por eles próprios, há muito
tempo, desde 1990, com a criação do Foro de São Paulo, organização esta, que
reúne em seu bojo a "fina-flor" do comuno-narco-terrorismo Latino – Americano.
Recentemente,
o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, potente crítico do governo Chavista de
Nicolas Maduro, foi detido e espancado pelo Serviço Bolivariano de Inteligência
(Sebin, a polícia política da Venezuela), sem ordem judicial e de forma
arbitrária, por homens encapuzados; o homem está desaparecido e, segundo o
ditador Nicolás Maduro, que determinou sua prisão sob a acusação patife de
estar o prefeito de Caracas maquinando um golpe contra o Governo Chavista, ele
será “processado’. Leia-se “eliminado”. Ou
seja, o simples fato de ter-lhe feito oposição o Prefeito de Caracas, foi o
suficiente para desencadear na alma de Maduro aquele desonesto vitimismo
característico da esquerda, utilizado como pretexto para calar a oposição.
O
que faz com que a esquerda tenha por iminentes “golpistas”, aqueles que gritam
por democracia, se não o fato de quererem eles mesmos acabar com a democracia,
calando as vozes dissidentes sob a infame acusação de golpe? Como foi dito,
historicamente, a esquerda não convive com oposições, e nada lhe faz tanta
oposição como a democracia. Para eles, a verdadeira “golpista”, é justamente a
democracia.
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