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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Democracia golpista

É uma característica intrínseca da esquerda Latino-americana, fazer-se de vítima indefesa e frágil, quando na verdade ela é uma maioria histérica, e que atualmente, manda e desmanda na América Latina.

Ultimamente, o estratagema utilizado pela esquerda latino-america para tentar parecer aquilo que não é, e para pôr em prática aquilo que já ensinava Lênin aos seus asceclas – “acuse-os do que tu és!” –  é, ao menor sinal de oposição e ameaça à concretização de estratégias para a implantação do socialismo na América latina, bradar histericamente : “É golpe! Golpistas!”

Temos de encarar esta séria ameaça ao jogo democrático: a esquerda não convive com oposições, e para isso, se vale dos argumentos mais vis e sórdidos para neutralizar os que lhe fazem oposição, o que agora tem se manifestado sob a acusação de “golpe” imposta a quem quer que lhes diga ou faça o contrário do que pensam.

Isto tem acontecido ultimamente, quando uma parcela da população brasileira têm ido às ruas para exigir o impeachment da Presidente Dilma Roussef. Aquilo que outrora, de acordo com o que lhes convinha à época, era tido como um instrumento da mais autêntica democracia, constitucional, e que fora utilizado de forma eficientíssima para arrancar quase a pontapés do planalto o então presidente Fernando Collor, agora, assume ares sombrios da mais maquiavélica maquinação golpista. Como diz o dito popular: “No dos outros, é refresco!”

Na verdade, eles interpretam ipsis litteris a supracitada estratégia leninista, e acusam os que lhes fazem oposição de “golpistas”, por que na realidade, o “golpe” já foi desferido por eles próprios, há muito tempo, desde 1990, com a criação do Foro de São Paulo, organização esta, que reúne em seu bojo a "fina-flor" do comuno-narco-terrorismo Latino – Americano.

Recentemente, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, potente crítico do governo Chavista de Nicolas Maduro, foi detido e espancado pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin, a polícia política da Venezuela), sem ordem judicial e de forma arbitrária, por homens encapuzados; o homem está desaparecido e, segundo o ditador Nicolás Maduro, que determinou sua prisão sob a acusação patife de estar o prefeito de Caracas maquinando um golpe contra o Governo Chavista, ele será “processado’.  Leia-se “eliminado”. Ou seja, o simples fato de ter-lhe feito oposição o Prefeito de Caracas, foi o suficiente para desencadear na alma de Maduro aquele desonesto vitimismo característico da esquerda, utilizado como pretexto para calar a oposição.


O que faz com que a esquerda tenha por iminentes “golpistas”, aqueles que gritam por democracia, se não o fato de quererem eles mesmos acabar com a democracia, calando as vozes dissidentes sob a infame acusação de golpe? Como foi dito, historicamente, a esquerda não convive com oposições, e nada lhe faz tanta oposição como a democracia. Para eles, a verdadeira “golpista”, é justamente a democracia.

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