Quando a cantora Daniela Mercury publicou em uma rede social foto com
outra mulher dizendo que esta era sua marida, a repercussão na opinião pública
foi imediata. A ex-estrela do Axé percorreu todos os programas, pôs tom
político no discurso e se declarou lésbica, mesmo já tendo vários
relacionamentos héteros e filhos. Junto com o par homossexual chegou a escrever
um livro falando sobre o romance. Daniela Mercury foi ovacionada como heroína,
aclamada pela militância LGBT como referência de luta pela
bandeira.
Tratamento diferente – bem diferente, diga-se de passagem – foi
dado à atriz Cláudia Jimenez quando terminou o relacionamento de 10 anos com a
sua personal Trainner e sócia,Stella Torreão , e se declarou
ex-lésbica numa entrevista ao jornal Folha de São Paulo. “Não
tinha sensualidade, era muito mais gorda do que sou hoje. Não tinha forma nem
vaidade. Achava que não tinha cacife para seduzir um homem. Como tinha de ser
amada, me joguei nas mulheres”, disse.
As declarações da atriz, que não associa homossexualidade a algo inato
à pessoa e sim como comportamento que pode ser superado, deixou a
militância LGBT do país em polvorosa. O site Parada Lésbica classificou a
atitude de Claudia como um “desserviço homofóbico” e ainda chamou a atriz de
“medíocre”.
Em outra oportunidade Claudia contou outro trauma de infância que a fez
se afastar dos homens, um abuso que sofrera aos 7 anos. “Sofri abuso quando era
menina e morava na Tijuca. Um senhor me bolinava. Ele comprava muitos
chocolates e me convidava para entrar na casa dele. [Quando revelei essa
história aos 18 anos] foi um choque para todo mundo. O fato de esse cara ter
feito isso comigo atrasou muito o meu lado. Graças a Deus, ele já morreu”
contou ao UOL.
Depois do convívio de 10 anos com Stela, Claudia passou a se relacionar
com homens. Os veículos de comunicação que publicaram matéria sobre o assunto
foram contidos, não fizeram alardes e não manchetearam a decisão da
atriz de deixar o lesbianismo, justamente o contrário do que fizeram com a
cantora Daniela Mercury.
Claudia deixou claro que sua opção pelo lesbianismo se deveu a diversos
fatores externos como trauma de infância, rejeição e carência afetiva. Hanna
Korich, uma das sócias fundadoras da Editora Malagueta, editora dedicada à
literatura lésbica, também alfinetou Claudia rotulando as declarações da
comediante de “homofobia internalizada”.
Patrulha LGBT
A militância LGBT na busca pela liberdade acaba oprimindo muitas
das pessoas com comportamento homossexual. A tolerância se torna intolerância.
A cantora Adriana Calcanhoto desabafou à revista Época sobre a ação da patrulha
LGBT, logo quando Daniela Mercury se assumiu lésbica: “Se Daniela
ficou feliz de falar e, se falando, ajudou a causa, eu acho válido. Só não
gosto da patrulha para que você precise sair do armário, isso segmenta. Eu
não gosto de expor minha vida privada por temperamento”.
Walcyr Carrasco também criticou a atuação dos militantes dos movimentos
pró-homossexualismo. “Recentemente, declarei que sou bissexual. Fui apedrejado
por homossexuais, segundo os quais deveria ter me declarado gay. Respondi:
tive relacionamentos com várias mulheres na minha vida, a quem amei. Seria um
desrespeito a elas dizer que tudo foi uma mentira”, escreveu em artigo que
assina para a Revista Época.
Que outros sigam o exemplo de Claudia.
Há saída para o comportamento
homossexual.
Fonte: http://novaguia.org/atriz-global-claudia-jimenez-deixa-lesbianismo/
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