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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Propícia, porém com ressalvas!



Do Jornal O Globo, de 26/02/2014, interessante, porém, com algumas ressalvas minhas, as quais sou inteiramente responsável, entre parênteses...
"Desde a ascensão do coronel Hugo Chávez pelo voto, em 1999, na Venezuela — depois do golpe frustrado de 92 —, o país do “socialismo do século XXI” passou a ser laboratório para uma maquiavélica experiência autoritária: o manejo de instrumentos formalmente democráticos, como plebiscitos, para sufocar a democracia representativa. 


A manobra funcionou, foi exportada para outros países da região, como Bolívia e Equador (É exatamente isso que configura os planos do Foro de São Paulo!) , mas, morto Chávez, e no governo do discípulo Nicolás Maduro, aconteceu o previsto: anos a fio de políticas populistas, (como o Governo vigente no Brasil) o avanço do estado na produção e toda sorte de desmandos gerenciais impulsionaram a inflação para romper a barreira dos 50%, destroçaram a PDVSA, que repousa sobre uma das cinco reservas mundiais de petróleo sem poder explorá-la com eficiência, e empurraram o país para grave crise econômica, social e, por decorrência, política.


Maduro é presidente eleito pelo povo, e seu mandato precisa ser respeitado. (para saber como a eleição de Maduro foi realizada na mais aviltante marmelada, veja aqui!) Mas a comunidade internacional não pode voltar as costas para abusos que forças regulares e milícias armadas do chavismo, os “coletivos”, têm cometido contra a população. Até ontem pela manhã, contabilizavam-se 15 mortos ( há controvérsias! Algumas fontes falam em milhares...) Que fosse apenas um, chavista ou oposicionista. Além disso, há a prisão de um líder de oposição, Leopoldo López, (este sim, um verdadeiro prisioneiro político!) questionável do ponto de vista legal, e detenção de estudantes, com denúncia de torturas.


Até agora, também como esperado, a ação do Mercosul é pífia, (pois este, é formado por literalmente TODA  a corja do Foro de São Paulo!) como a nota liberada pelo grupo, escrita em estilo chavista. Na Europa, segunda-feira, a presidente Dilma declarou que Venezuela não é Ucrânia (Que perspicácia, não?!).  De fato, mas, em certa medida, chega a ser pior, pois, em Kiev, o Parlamento demonstrou independência, afastou o presidente e prepara novas eleições. 


Foi, pelo menos por enquanto, barrado o terrorismo de Estado, algo que pode crescer na Venezuela. A presidente brasileira expõe, ainda, uma miopia clássica da esquerda, ao tentar justificar o autoritarismo em nome de avanços sociais (E tem gente que acredita piamente nesses avanços sociais, como se eles não fossem a mais execrável forma de assistencialismo ao melhor estilo petista!). A História contabiliza barbaridades genocidas cometidas no século XX, sob esta justificativa, na China, na extinta União Soviética, em Cuba, na Coreia do Norte e no Camboja dos “campos da morte”. (Que delícia ler isso no O Globo!)


Houve mesmo avanços sociais na Venezuela, mas que são corroídos por uma inflação que se aproxima dos 60%, pelo desabastecimento galopante, todos os sintomas de uma grave implosão do sistema econômico. O país derrete.


O número de mortes e vítimas em geral deve aumentar, e a simpatia ideológica não pode tornar o Brasil cúmplice de crimes contra direitos humanos ( O Brasil é cúmplice de genocídios desde a tomada de poder pelo PT, meu amigo! Vide amizades profundas com Ahmadinejad, Muamar Kadafi, Irmãos Castro...). Não é esta a tradição do melhor da diplomacia do país. ( se é que a teve...) Não se apoia qualquer golpe na Venezuela, mas que Maduro deixe de radicalizar o regime, rota perigosa para si próprio. Para isso, é necessária pressão internacional, Brasil à frente."

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